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Atuação horrenda e derrota para o nosso maior freguês – Já temos um rival?

Quando o hino do Tupi diz "carijó não tem rivais...", não há nenhuma dúvida quanto a veracidade desta afirmação, prevista há algumas décadas atrás. Sabe-se lá se Carlos Odilon, Messias da Rocha e o falecido Geraldo Santana, os compositores da letra, eram videntes ou algo do tipo, mas o fato é que eles acertaram a profecia. Até nos tempos atuais Juiz de Fora, e até a região, segue tendo soberania única...

O Tupynambás acabou de subir para o Módulo II do estadual; o Sport Club Juiz de Fora nem time profissional tem. Na ausência de um clássico juiz-forano, a única alternativa é "adotar um rival" em Tombos, que está há apenas 223 km de Juiz de Fora. O Tombense chegou à elite mineira em 2013 e é quem mais tem ameaçado a nossa soberania na Zona da Mata nos últimos anos.

Ou não, já que essa "ameaça" pode ter fundamento apenas por serem os únicos representantes da região na elite, terem conquistado a Série D também e estarem na mesma divisão nacional atualmente, devido ao investimento do forte empresário do futebol brasileiro, Eduardo Uram – algo que não contamos. Dentro de campo, porém, não há dúvidas quem é que manda.

Desde que disputou a elite pela primeira vez, o Gavião-Carcará não havia vencido o Galo Carijó em nenhuma das oportunidades, nem nos jogos como mandante. Os números nos confrontos são o bastante para ser considerado o nosso maior freguês: Três vitórias (2013, 2015, 2016) e um empate (2014). Nem em 2015, quando houve mais duas oportunidades (empate e vitória alvinegra) pela Série C, conseguiu mudar este cenário.

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O Tupi não conseguiu manter o tabu contra o Tombense (Foto: Leonardo Costa/tupifc.esp.br)
A nossa estreia nesta temporada foi justamente contra este adversário. Tudo favorável para iniciarmos 2017 com um resultado positivo, certo? Pelo menos até a bola rolar, o histórico favorável nos levava a crer que começaríamos o Campeonato Mineiro com uma vitória, ou na pior das hipóteses somando um misero ponto em casa. Sabíamos, porém, que retrospecto não entra em campo. E de fato não entrou...

Desta vez, o Tupi não esteve perto da vitória em nenhum momento, tampouco do empate. Para àqueles que acreditam nessas superstições do futebol, assim como este colunista que vos escreve, houve um consolo neste jogo: A famigerada "lei do ex" prevaleceu no confronto. Logo aos 6 minutos, o ex-carijó Jonathan marcou, abrindo o placar. Aliás, será que a diretoria fez algum esforço para mantê-lo? Apesar da irregularidade apresentada, não faltou vontade na Série B, foi útil em vários momentos e serviria para esta temporada, já que disputaremos uma divisão inferior.

Há de se fazer duas ressalvas sobre o jogo: O aspecto físico e o entrosamento favoreciam o adversário que manteve a base da boa campanha na Série C. Contudo, nada justifica tamanha falta de despreparo, já que a equipe falhou até nos fundamentos mais básicos. A substituição feita ainda na primeira etapa demonstrou que Éder Bastos não teve as suas expectativas correspondidas: Thiago André – que também foi substituído no segundo tempo – entrou no lugar de Emerson.

Com a entrada de mais um atacante, o técnico pôs em prática um 4-2-4, o que teoricamente deixaria o time mais ofensivo. Na prática, não funcionou. Pelo contrário, a alteração só deixou o empate mais distante, matando o meio de campo da equipe. As péssimas atuações individuais e os inúmeros erros de passe também contribuíram para a falta de criação. Mas nada justifica o comandante "queimar" os atletas na entrevista pôs-jogo ao invés de assumir a maior parte da responsabilidade.

Caça-Rato teve atuação discreta e foi substituído por Sávio (Foto: Raphael Lemos) 
No intervalo, Caça-Rato deu lugar a Sávio, que mais uma vez demonstrou mais vontade que os companheiros. Porém, assim como os demais, o garoto não teve um dia bom. Com isso, só conseguimos incomodar o adversário nos lances de bola parada, todas muito mal aproveitadas por Juninho. Aliás, o meia ex-Baeta foi o pior em campo – ao lado do lateral Yago, diga-se –, algo que não surpreende por ter vindo do rival que disputava a segunda divisão do estadual.

O Tombense, por sua vez, optou pelo estilo de jogo reativo. Sem fazer muita questão de "matar" o jogo, se fechou no campo de defesa, ofereceu poucos espaços e também não aproveitou o contra-ataque, apenas administrando a vantagem. A meu ver, o adversário nos respeitou além da conta, já que poderia ter matado o jogo mais cedo. Porém, o placar de 1 a 0 prevaleceu até fim, quebrando um tabu histórico.

De positivo, podemos destacar a homenagem ao Sr. Augusto – que de fato é um torcedor elogiável –, além dos valores dos ingressos, que fizeram jus ao futebol apresentado. Por mais que eu já queira questionar a qualidade do elenco, não irei correr o risco de fazer criticas de maneira precipitada, sendo mais um mero "torcedor corneta" – Por enquanto! 

Entretanto, a derrota em casa, a atuação horrenda e nenhuma chance clara ao longo dos 90 minutos, nos deixaram preocupados. O próximo compromisso será em Teófilo Otoni, onde o Tupi visitará o América, no próximo domingo (05), às 10h. Espero que seja apenas uma impressão ruim de estreia e o time se recupere contra um dos candidatos ao rebaixamento...

Por: Marcelo Júnior || Twitter: @marcelinjrr

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