O Crystal Palace há tempos estava de flerte com a
Championship (2ª divisão inglesa). Neste sábado (14), porém, parece que as Águias
de Croydon resolveram assumir de vez a saudade de jogar um campeonato distinto
à Premier League. Quem sabe uma disputa um pouco mais familiar e que desde
2012/13 não mantemos contato, a pujante e glamourosa Championship. O Palace já
até planeja conversar com a família da pretendente para reatar relacionamento.
Outra vez o Palace sucumbiu na reta final da partida e
outra vez se perdeu nos próprios erros, outra vez patinou na falta de
organização e previsibilidade de uma equipe que tinha tudo para fazer um salto
de patamar esta temporada. No verão Europeu de 2016, a expectativa era latente
e só crescia com as contratações, principalmente do 'homem-gol' Benteke. Com
mais da metade da temporada já tendo se esvaído, a realidade dura e crua é
totalmente oposta.
Situação do Palace se torna delicada na Premier League. Reprodução/Twitter Oficial do Crystal Palace.
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Pardew não resistiu ao mau momento, Big Sam chegou
após escândalo quando era técnico da seleção inglesa, o que lhe custou o cargo.
Na prática não melhorou nada. Nas últimas 15 partidas (11 sob o comando de
Pardew), portanto 45 pontos disputados, o Palace conseguiu apenas seis pontos
(1V - 3E - 11D). Big Sam elegeu
para entrar em campo no London Stadium: Hennessey, Tomkins, Dann, Delaney,
Ward, McArthur (Lee), Ledley (Schlupp), Townsend (Remy), Cabaye, Puncheon e
Benteke.
O confronto de londrinos teve uma primeira etapa que
não ofereceu muita emoção para os 56,984 presentes na nova casa dos Hammers.
Poucas chances criadas impediram alguma equipe de assumir a liderança no
encontro, Tomkins que enfrentara a sua última equipe teve talvez a melhor
chance de tirar o zero do marcador e, mesmo a queima-roupa, não foi capaz de
romper o gol de Randolph, 0-0 foi o saldo da etapa inicial.
No segundo tempo, os mandantes controlaram as ações da
partida e ganhavam escanteios em sequência, já merecendo abrir o placar. Aos poucos,
com paciência foram surgindo os espaços na defesa dos visitantes E, após o
primeiro gol marcado, aos 23 minutos por Feghouli com assistência de Antonio, o
Palace se lançou ao ataque e o contra-ataque do West Ham se transformou em um
desfecho cruel para as Águias de Croydon.
Gol de Carrol foi cereja do bolo melancólica para a noite do Palace. Reprodução/Twitter Oficial do West Ham.
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Saíram outros dois gols, ambos com assistências de
Antonio, aos 34 e 41 minutos com direito a uma obra prima de Andy Carroll numa
bicicleta quase de fora da área - o Palace tem se notabilizado por sofrer
golaços, vide o gol escorpião de Giroud. Mesmo sem Payet, o Palace não foi
páreo para a eficiência do West Ham, que com apenas 44,4 % de posse de bola e
três finalizações na direção do gol, fez 3-0 e decretou a história do embate.
O Crystal Palace agora entrou de vez na briga contra o
rebaixamento, e dos rivais que estão na mesma situação, é o que está no pior
momento. Em 21 jogos, são 16 pontos conquistados (4V - 4E - 13D), a mesma
pontuação do Hull City, primeiro na zona de rebaixamento, e apenas um ponto do
penúltimo e último colocados. O Crystal Palace estreou Remy e Schlupp e segue
sem uma vitória sequer sob o comando de Sam Allardyce.
Próxima partida do Crystal Palace pela Premier League:
21 de Janeiro - 13h (hora Brasília) - Selhurst Park.
Crystal Palace x Everton.
Por: @carlosjr92educa
Carlos Alberto de Sousa Júnior - Colunista do Crystal Palace
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