Torcida espera muito mais do Liverpool (Foto: Liverpool FC) |
Vinha sendo uma semana catastrófica para o Liverpool.
O time perdeu uma invencibilidade de um ano jogando em casa para o lanterna do
campeonato, o Swansea, e também foi eliminado nas semifinais da Copa Liga,
perdendo para o Southampton, mais uma vez em seus domínios.
Depois de péssimos resultados como esses, o mínimo que
se esperava era de que o time pudesse se recompor vencendo o Wolverhampton,
pela FA Cup, jogando em Anfield no sábado (28). No entanto, os Reds
decepcionaram mais uma vez e foram derrotados pelo 18º colocado da
Championship, por 2x1.
Vendo a escalação de Klopp para o jogo, já podíamos
concluir que o alemão decidiu abordar a mesma estratégia que estava sendo usada
nas copas: colocar um time mais jovem e dar chance para eles se provarem. Os
Reds foram à campo com: Karius, Randall, Gomez, Klavan e Moreno; Lucas, Ejaria
e Wijnaldum; Woodburn, Firmino e Origi.
Stearman abriu o placar (Foto: AMA Sports Photo Agency) |
Particularmente, eu considero essa escalação capaz de
vencer o Wolverhampton, mas isso não se provou em campo. Depois de Moreno ter
feito uma falta, os Lobos abriram os placar em menos de um minuto com Stearman,
que marcou de cabeça e facilitou o trabalho dos Wolves.
Além disso, como todos já sabem, o Liverpool enfrenta
dificuldades quando o adversário "estaciona
o ônibus" e, especialmente com a seleção de Klopp, o time não tinha
nenhum jogador capaz de dar um passe que quebrasse a defesa dos Wolves. Por
conta disso, os Reds não acharam espaço durante o primeiro tempo.
Utilizando sua principal arma, o Wolverhampton abriu
dois gols de vantagem, após o português Helder Costa dar um passe fenomenal
para o ex-jogador do Aston Villa, Weimann, que aproveitou uma falha bisonha de
Joe Gomez, teve espaço para driblar Karius e colocar a bola no fundo da rede.
Após ter sofrido o segundo gol, Klopp decidiu dar
chances para Coutinho e Sturridge, que proporcionaram o que havia faltado no
primeiro tempo: Criatividade. Coutinho arriscava mais do que todos os jogadores
do meio campo do Liverpool e Sturridge sempre é um perigo quando está com a
bola, pois é muito rápido e habilidoso.
Mesmo batendo na porta do Wolverhampton por muito
tempo, o gol do Liverpool só aconteceu aos 86', quando Origi conseguiu
aproveitar um erro de marcação da zaga dos Wolves e dar uma esperança para os
Reds. No entanto, já era muito tarde e os comandados de Klopp foram elimindados
de duas copas em menos de quatro dias, fazendo com que o mês do Liverpool
ficasse ainda pior.
Origi deu esperanças ao Liverpool, mas não foi o suficiente (Foto: Liverpool FC) |
Muitos estão colocando toda a culpa em Klopp pelo
horroroso mês do Liverpool, mas eu discordo disso. Obviamente, ele poderia ter
colocado um elenco mais forte para enfrentar o Wolverhampton, mas não tem culpa
dos erros que os jogadores cometem dentro de campo. O alemão seleciona os
jogadores de acordo com o que eles apresentam no treino, e se colocou a dupla
de zaga que enfrentou os Wolves, é porque ele confia neles.
Com certeza, o clube poderia ter aproveitado a janela
de transferências e ter reforçado o elenco, que em muitos aspectos é fraco
comparado aos times que brigam pelo top-4 da Premier League. Com a ausência de
Mané e a fragilidade defensiva, deveria ter tentado investir. O Liverpool foi
ligado a jogadores como Brandt, Promes e Tah, mas nenhum deles veio à
realidade. Eu considero que a questão não se trata apenas de não querer
contratar, mas sim, de contratar os jogadores certos, como o próprio alemão
mencionou.
Com Mané retornando da Copa Africana de Nações e com
jogadores que estavam lesionados pegando ritmo, a tendência é de que o
Liverpool cresça de produção nos próximos meses. Na terça-feira (31),
enfrentamos o Chelsea pela Premier League, jogando em Anfield. Levando em conta
o recorde contra times do top-6, não podemos ser subestimados para o próximo
confronto, pois há não muito tempo atrás, os Blues foram vencidos pelos Reds
jogando em casa.
Vou me despedindo, YNWA.
Autor: Gabriel Coelho (@gabrielcoelhof_)
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