“Foi apenas o
segundo jogo da temporada!”, “É
início de trabalho, tem que dar prazo para o técnico implantar a filosofia de
trabalho!”, “Falta entrosamento de
alguns jogadores ainda!”. São vários argumentos, mas nós Atleticanos
exigimos mais, principalmente em um Atlético e Cruzeiro. Ok a Primeira Liga,
não valia/não vale nada, mas era jogo de torcida dividida depois de anos, os
caras tinham que dar um sanguinho a mais. Não existem argumentos, números,
planilhas, fluxogramas em um jogo desse e sim, raça, vontade, dedicação da
parte dos jogadores. O time pode até jogar mal, mas não pode faltar vontade. É
a camisa do Atlético que estava lá.
Fonte: Globoesporte.com |
Terminamos o ano de 2016 ouvindo grande parte da
torcida e os jogadores alegando que havia uma falta de organização tática no
Galo, críticas ao trabalho de Marcelo Oliveira que acabou demitido após derrota
para o Grêmio, e realmente precisava mudar, mas alguns jogadores também
precisam mudar, e é de atitude, comportamento.
Alguns argumentos são aceitáveis, afinal, o Roger tem
pouco mais de três semanas de trabalho à frente do Galo, está sendo muito
elogiado pela imprensa e inclusive pelos jogadores, que estão gostando do novo
modelo de trabalho que está sendo implantado, denominado por alguns como
“estilo europeu”, que à vista, realmente parece ser um trabalho muito bem
feito, e que requer certa paciência para ver resultados, já que é algo novo,
principalmente em um clube onde os jogadores se queixavam de não haver tal
consistência com o ultimo treinador.
No primeiro clássico de 2017, alguns poucos pontos
positivos e muitos outros negativos. A expectativa era muito grande por parte
da imprensa e até mesmo da torcida. Novamente bato na tecla, vendo na
pré-temporada os jogadores trabalhando pesado e elogiando a qualidade do
trabalho implantado pelo novo comandante alvinegro, e pelas entrevistas dos
jogadores dizendo que será um grande ano, de conquistas, era de se esperar
mais, muito mais no clássico de quarta-feira de um time que tem capacidade de
demonstrar muito mais.
O Atlético foi novamente escalado no 4-2-3-1 com
Giovanni, Marcos Rocha, F.Santana (meu Deus me ajuda), Gabriel, Fábio Santos,
Yago, Carioca, Maicossuel (novidade no lugar de Clayton), Cazares, Otero e
Pratto, que substituiu Fred que cumpria suspensão. O Cruzeiro por sua vez
entrou com sua árvore de natal montada, o 4-3-2-1 móvel de Mano Menezes, com
Rafael, Ezequiel, Manuel, Leo e Diogo Barbosa, Henrique centralizado, Cabral
executando a saída pela esquerda e Robinho mais a direita. Alisson e Arrascaeta
fazendo o flanco com mais liberdade e Rafael Sóbis como uma espécie de Falso
9. A movimentação do time rival fez com
que tanto no momento defensivo quanto no momento ofensivo fossem vistas mais
camisas azuis do que alvinegras. Enfim...
O jogo começou com as duas equipes se estudando, mas
com o Galo mais recuado, ainda sem criatividade, sem levar perigo ao
adversário. Quando chegava ao ataque,
era pelas laterais do campo, inclusive, através das cobranças de lateral do
Marcos Rocha, mas sem finalizar ao gol. O meio campo parecia meio perdido, sem
conseguir criar jogadas. Contudo, defensivamente a equipe novamente estava bem
postada, esteve melhor, ou “menos pior” que em 2016, depende do ponto de vista.
Fonte: Globoesporte |
Até os 20 minutos do primeiro tempo, o jogo ficou um
pouco travado no meio do campo, sem muitas oportunidades, mas com nossa defesa
levando alguns sustos. Até que aos 28 minutos, em um chutão, Felipe Santana,
ainda sem ritmo de jogo, tentou cortar a bola, mas acabou ajeitando para
Arrascaeta, que estava livre de marcação (incrivelmente livre, cerca de dois a três
metros de distancia da linha defensiva sem ninguém na cobertura).
Após tomar o gol, o Galo esboçou uma reação, mas sem
levar sustos ao adversário. O meio campo seguiu sem criar jogadas que
oferecessem risco à meta adversária. Os jogadores pareciam estar sem vontade,
sem demonstrar qualquer esboço de raça, tradicional característica do Galo. A
culpa foi do pessoal da cozinha que certamente alimentou os caras com uma
feijoada daqueles, pois a preguiça de alguns ali não tinha o mínimo cabimento.
Destaques negativos, Felipe Santana, talvez ainda pela
falta de ritmo de jogo, por ter ficado cerca de seis meses sem jogar. O volante
prata da casa, Yago, até entrou bem, mas depois o nervosismo tomou conta do
jogador que aos 20 minutos do primeiro tempo, já estava com cartão amarelo.
Rafael Carioca, jogador que tem qualidade para sair jogando, bons passes, mas
que estava numa preguiça que se estivesse ficado numa rede à beira da praia
tomando água de coco faria mais sentido, o jogador parecia até aquele garoto
dono da bola, numa peladinha, que só grita com todo mundo, mas não faz
absolutamente nada! E pela expectativa criada, esperávamos mais de Cazares e
Otero, mas não que tenham jogado mal, mas esperávamos que criassem mais
jogadas, o que não foi possível devido a boa marcação aplicada em cima de dois
jogadores que também tem uma parcela de culpa, pois ficaram muito estáticos na
canha, principalmente o equatoriano.
Fonte: Globoesporte |
No segundo tempo o Galo voltou mais ligado, Roger adiantou
suas linhas, mas com o resultado adverso, talvez certo nervosismo tenha
crescido, propiciando inclusive lances perigosos ao time celeste nos
contra-ataques. A criação também deixou muito a desejar para um time que
necessitava do empate, o time quase não chutou a gol, e as bolas que chegaram
foram extremamente fáceis para o goleiro Rafael. Falando em goleiro, Giovanni que transmitiu
segurança e inclusive salvou o Galo de não sofrer mais gols – ponto positivo..
Enquanto no campo o time foi apático na arquibancada à
massa não decepcionou. Com números totais de público presente, o Galo levou
20.792, contra 18.648 pagantes dos rivais. Ou seja, mais de dois mil torcedores
alvinegros a mais, e me desculpem os puritanos, arautos do politicamente
correto mantendo a tradição do icônico: “empurra
as bichas”.
Mas dos males o menor, é início de temporada ainda, há
tempo para corrigir os erros. O jogo serviu também como um pré-teste, um treino
de pré-temporada, visto que nosso campeonato, a Libertadores começa só daqui a
um mês. E como diria Ronaldinho Gaúcho: “Quando
ta valendo tá valendo”.
Por: @tardelly88 e @Mhfernandes89 - Equipe Vingadores LF
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