O maior clássico entre os pequenos de Santa Catarina
teve seu 39º capítulo nesse domingo (05/02). Com apenas uma vitória de vantagem
no confronto, o Brusque ostentava três jogos de invencibilidade e pouco mais de
três anos sem perder para o arquirrival. A última vitória blumenauense foi em
2013, em confronto válido pela Copa Santa Catarina.
As duas equipes viram no clássico a chance de se
recuperarem dos péssimos resultados da rodada passada. O Metrô, que perdeu por
2x1 para o Avaí no meio da semana, vinha pressionado em busca da 1ª vitória no
estadual. O Brusque tinha que deixar para trás o atropelo que levou do Criciúma
em casa, por 4x0. Para o jogo, o técnico César Paulista mudou o esquema do
Metrô, deixando o time mais ofensivo. Tirou o volante Max Carrasco para colocar
o meia-atacante Mazinho.
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Metrô preparado para enfrentar o Brusque (Foto: Assessoria Metropolitano)
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Logo no começo do jogo, as equipes demonstraram que
iam em busca da vitória. Os doislados perderam boas chances de abrir o placar.
Mas não demorou muito pro lance crucial da partida acontecer. Aos 8 minutos, o
zagueiro improvisado na lateral Alexandre Carvalho acertou uma cotovelada no
rosto do atacante do Metrô, Sabiá, e foi expulso de forma direta pelo árbitro
Célio Amorim. Com um a mais, e embalado pelo incentivo da torcida, o Metrô
partia pra cima do Brusque. Uma sequência de bons lances, mas nenhum
aproveitado, quase fez o verdão abrir o placar. Preocupado com a pressão que a
equipe vinha sofrendo, Ovelha tirou o atacante Jonatas para a entrada do meia
Boquita, para tentar equilibrar as ações no meio de campo. Já no lado do
verdão, o técnico César Paulista, com receio que o árbitro pudesse compensar a
expulsão, e vendo que o time tava dominando, sacou o amarelado Élber para
colocar mais um atacante: Charles. Mas mesmo com toda a pressão do Metrô, o
Brusque que pouco levou perigo, conseguiu segurar o 0x0 até o intervalo.
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Uma das chances perdidas pelo Metrô no 1º tempo. Mesmo com 2 companheiros livres, Thiago Cristian(Ao fundo, de branco) não passou a bola e perdeu o gol. Foto: Reprodução Youtube
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No 2º tempo, o time da casa foi com tudo pra buscar a
vitória. E de tanto tentar, enfim conseguiu marcar. Aos 9 minutos, em belo
lançamento do zagueiro Élton, o jovem atacante Jean Moser cabeceou para abrir o
placar para o Metropolitano. Na frente no placar, o Metrô tirou o pé do
acelerador, e começou a controlar o resultado. O Brusque, que só levava perigo
na bola parada, quase marcou em duas oportunidades. Melhor na partida, o Metrô
conseguiu ampliar o marcador com Paulo Victor, que havia acabado de entrar. Em
sua 1ª participação, o atacante deu um grande chute de fora da área, para
marcar um golaço. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. Final de jogo,
2x0 Metropolitano, e o Metrusque voltou ao empate: 15 vitórias para cada lado.
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Comemoração do 1º gol do jogo. Jean Moser abriu o placar. Foto: Reprodução Youtube
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O que importa é óbvio são os três pontos. Nada é mais
importante que isso. Ainda mais quando se trata de um clássico. Mas, quem foi
ao SESI, percebeu que o time ainda tá longe do ideal. Evoluiu um pouco sim, em
relação aos dois primeiros jogos. Foi um time mais solto, mais ofensivo. Mas
ainda temos um sério problema no ataque. Chances são criadas, mas está faltando
àquele atacante. Aquele atacante que faz o básico, que é empurrar a bola para o
gol.
Contra o Tubarão e o Avaí várias chances foram
criadas. Mas foram desperdiçadas por nossos atacantes. Falta de experiência, falta
de técnica ou falta de confiança, não sei. Só sei que a ausência do nosso homem
gol Trípodi está fazendo falta. E que a diretoria não pense que nossos problemas
foram resolvidos por causa da vitória contra o Brusque. Muito da vitória de
hoje, foi do fato de jogarmos o jogo inteiro (90%) com um jogador a mais. E
ainda assim demoramos 45 minutos pra conseguir colocar a bola na rede.
Na defesa, a preocupação voltou no goleiro. Após uma
partida muito boa e segura contra o Tubarão, Vilar foi muito mal contra o Avaí
e hoje não mostrou confiança, quase entregando gol de bandeja em duas
oportunidades. Enfim, o que vale é os 3 pontos. Jogando bem, jogando mal, o que
importa é os três pontos. E 4ª feira, o compromisso é lá em Joinville, contra o
JEC. Tá na hora de vencer novamente lá. E a hora é essa. Que jogue mal. Mas que
traga os três pontos.
VOU COM ELE ATÉ O FIM
Frederico Kuhnen | @Fred_Metro2002
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