Ao marcar o primeiro gol do jogo e correr para abraçar
o novo treinador, Eduardo Pereira (o nosso Dudu) fez sua melhor jogada na
partida diante do São Bernardo. Não foi a única de uma boa atuação – sobretudo
no segundo tempo -, mas valeu muito como resposta para a ridícula atitude de
certa torcida organizada que começou a protestar contra o outro Eduardo ainda
no primeiro tempo.
Dudu abraça Eduardo Baptista após marcar o primeiro gol da partida. (Foto: Gazeta Press) |
A cantoria não só é absurda, considerando que esse era
apenas o terceiro jogo da temporada, como também é negativa na medida em que
adiciona uma pressão que não ajuda de nenhuma maneira na evolução da equipe,
independente de quem esteja comandando o elenco.
Evolução que, diga-se, já começa a aparecer mesmo em
um cenário de constantes mudanças: Tchê Tchê lesionou, Guerra e Moisés passaram
a poder jogar. E ainda fazendo seus acertos, Eduardo Baptista já conseguiu
linhas mais próximas (embora ainda com buracos normais de um início de
temporada) e bom uso das laterais de campo.
Não que tenha sido um grande primeiro tempo. Abusando
um pouco da bola longa e quase sempre a direcionando para Roger Guedes (que é
muito melhor na velocidade do que na disputa física), o Verdão passou a errar
muitos passes diante de um organizado São Bernardo. O Bernô chegou a assustar
duas vezes, exigindo boa participação de Prass.
No segundo tempo, o injustamente cobrando Eduardo
Baptista conseguiu acertar o time em relação aos lançamentos. O Palmeiras
passou a tocar mais a bola e controlou o jogo praticamente inteiro – exceção
feita a uma bobagem de Prass que quase resultou no gol dos visitantes. Se essa
bola entra, a culpa realmente seria do treinador?
Eduardo também foi muito feliz nas suas alterações.
Raphael Veiga e Michel Bastos entraram bem e deram um novo fôlego ofensivo que
logo foi convertido em gols de Dudu e Jean, este segundo de pênalti. Com a vantagem
no placar, o Verdão teve mais tranquilidade e as jogadas passaram a sair com
maior naturalidade. Talvez até um indicativo do que podemos esperar nas
próximas rodadas.
Com paciência, tudo tende a se acertar e o time ficar
cada vez mais entrosado. Erros ainda precisam ser corrigidos, porém não há
motivo para desespero. Alguns precisam também entender que não é videogame e as
coisas não acontecem da noite para o dia. Afinal, não estamos mais juntos rumo
aos títulos?
Por hora, façamos igual nosso capitão: Vamos abraçar o
Eduardo Baptista.
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