GRUPO 7: Nacional (
), Chapecoense (
), Lanús (
) e
Zúlia (
)




Por: Gabriel da Cruz, Marcelo Weber (Twitter: @acfmarcelo) e Stéfano
Bozza (Twitter: @stebozza) e Marcos Paulo (Twitter: @Makavista)
Club Nacional de Football
Fundação: 14 de maio
de 1899
Cidade: Montevideo 

Estádio: Gran Parque
Central
Melhor campanha: Tricampeão (1971, 1980 e
1988)
Última participação: 2016
O Nacional-URU é um gigante do continente e não a toa
entra como cabeça de chave do Grupo 7. Após mostrar um bom futebol em 2016,
voltou a ter um papel de protagonismo na Libertadores, mas a vaga foi garantida
através do Campeonato Uruguaio. Em 2017, completará vinte e uma participações
seguidas nesta competição, um grande recorde.
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O Nacional foi algoz de Palmeiras e Corinthians na Libertadores 2016 (Foto: AFP Photo/Nelson Almeida) |
O tricampeão da América, porém, não faz boa campanha
no torneio há muito tempo. Em 2009, foi às semifinais pela única vez nos
últimos 28 anos. Na edição passada, conseguiu avançar para o mata-mata num
grupo onde era considerada a terceira força, onde Palmeiras, Rosário Central e
o modesto River Plate, também do Uruguai. Nas oitavas, surpreendeu novamente
empatando em casa e vencendo em plena Arena Corinthians. Após eliminar o até
então campeão brasileiro, o sonho do tetra parou nas mãos de Augustin Orion,
goleiro do Boca Juniors, em uma disputa de pênaltis emocionante, na Bombonera
lotada.
Depois da eliminação, o elenco tricolor sofreu uma
baixa muita sensível, o seu principal jogador: Nicolas Lopez. Também chegou
Martin Lasarte para ocupar a vaga de Gustavo Munua, que deixou a instituição
após o fim do campeonato local, por não se sentir respaldado pela diretoria.
Além de manter a sua base, a equipe se reforçou com jogadores de qualidade, como
Tabaré Viudez e o promissor Brian Lozano.
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Kavin Ramirez é figura importante do Nacional atualmente (Foto: Divulgação/Nacional-URU) |
Com a saída de Nicolas Lopez, Kevin Ramirez se tornou
a grande figura da equipe com grandes atuações no meio doméstico, as quais o
postularam a ser convocado pela celeste olímpica. O capitão e zagueiro Diego
Polenta é uma figura fundamental, atleta que cultiva uma grande identificação
com a instituição, rejeitou propostas vantajosas para o atleta, como a do River
Plate e Flamengo, com cifras econômicas inviáveis de serem pagas no Uruguai.
Após sete anos, Álvaro González voltou ao clube, podendo agregar muita
experiência e liderança, fatores que contam muito na competição continental.
O tradicional clube uruguaio chega nesta edição com
uma expectativa que não se via há muito anos no futebol local. Além de contar
com uma fanática torcida que empurra os 90 minutos quando atua em casa. O
Nacional atua em seu estádio, o Parque Central, com capacidade para 35,5 mil
espectadores, que ficam próximos ao gramado, principalmente atrás dos gols. A
pressão é grande – mesmo quando joga no Centenário, onde disputa seus jogos
mais importantes –.
Porém, o maior trunfo da equipe “Bolsilluda”, é contar
com um elenco com muitas peças de alto nível. Sem sombras de dúvidas, é a
equipe mais qualificada da última década, na qual a torcida deposita muita
confiança. Em um grupo de adversários com pouca experiência nesta competição, a
chance de classificação é bastante viável, além de ser o favorito a classificar
em primeiro.
Fundação: 10 de maio
de 1973
Cidade: Chapecó 

Estádio: Arena Condá
Melhor campanha: Estreia em 2017
Última participação: Nunca participou
A Associação Chapecoense de Futebol faz sua primeira
participação na Taça Libertadores da América, vaga conquistada da forma mais
triste da história da competição, após o acidente com o avião que levava a
delegação do Verdão para a Colômbia, aonde enfrentaria o Atlético Nacional na
primeira final da Copa Sul-Americana. Ao total, 71 vítimas, sendo jogadores,
comissão técnica, diretores, convidados e repórteres, quatro sobreviventes
resistiram ao acidente e ainda se recuperam. O acidente fez os colombianos se
solidarizarem com o povo Chapecoense, abrindo mão e entregando o título da
competição para o clube catarinense.
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A Chapecoense iniciará a sua caminhada na competição mais importante da sua história (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress) |
Já se passaram três meses, e a Chapecoense ainda em
meio sua reconstrução, inicia a caminhada na competição mais importante da sua
história. Com 24 contratações, 11 jogadores promovidos das categorias de base,
e cinco jogadores que não viajaram a Colômbia e permaneceram. O zagueiro Douglas
Grolli, revelado nas categorias de base do próprio clube, foi quem marcou o
primeiro gol após o ocorrido, contra o Palmeiras.
Com Vagner Mancini no comando da equipe, aos poucos
vai se desenhando sua equipe titular, entre os principais destaques, os
atacantes Rossi e Niltinho, com muita velocidade, ambos são as armas do técnico
para a criação de boas jogadas ofensivas. Destaque também para a volta do
lateral direito Apodi, que se passou pela equipe em 2015. Neste início de
temporada, a Chapecoense terminou o turno do Campeonato Catarinense na vice-colocação,
três pontos atrás do Avaí, que ficou com o título.
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Os torcedores da Chape serão fundamentais para o time (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo) |
A principal força do Verdão na competição deverá ser a
Arena Condá, com capacidade de 22 mil torcedores, o templo aonde gigantes do
futebol brasileiro e Sul-Americanos caíram, com as arquibancadas muito próximas
ao gramado, transforma a Arena em um caldeirão. O Verdão entra na Libertadores
com objetivo de avançar na fase de grupos, e novamente surpreender a América.
Fundação: 03 de
janeiro de 1915
Cidade: Lanús 

Estádio: Néstor Díaz
Pérez
Melhor campanha: 2014 (Quartas)
Última participação: 2014
Longe dos grandes holofotes entre os times do seu
país, o Lanús conquistou apenas o seu segundo título do Campeonato Argentino na
história em 2016, com direito a uma sonora goleada por 4 a 0 sobre o San
Lorenzo na decisão. Assim, garantiu a sua participação nesta edição da Copa
Libertadores de 2017, onde promete surpreender e dar muito trabalho. Não por
acaso, também bateu o gigante River Plate na Supercopa Argentina mais
recentemente.
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O Lanús é o atual campeão argentino (Foto: AP) |
Não que seja uma equipe com grandes nomes,
especialmente para o público brasileiro. São bons valores, sem estrelas, mas
com muita organização e dedicação dentro de campo. O grande destaque é o meia
Martínez, grande cérebro do time e capaz de criar boas oportunidades de gol
para os atacantes Acosta e Pepe Sand.
O treinador Jorge Almirón conseguiu formar uma equipe
muito sólida e competitiva, especialmente em jogos mata-mata como fez na
Supercopa Argentina. Os jogadores entram com a faca nos dentes e jogam com
muita intensidade, como se fosse a última partida do ano. A ideia de sufocar os
adversários nos primeiros minutos costuma funcionar.
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O clube argentino também foi campeão sul-americano recentemente (Foto: Victor R. Caivano/AP) |
Um fato que pode pesar contra é o histórico: Esta será
apenas a sexta participação dos argentinos que ignoram esse fato e acreditam na
possibilidade de surpreender e brigar pelo título. Porém, já conquistou a
segunda competição mais importante do continente recentemente, a Copa Sul-Americana
de 2013 – Batendo a Ponte Preta na decisão. A ideia é fazer da Libertadores 2017, o principal torneio do ano, deixando o
campeonato nacional como segunda opção.
Em ascensão nos últimos anos, o Lanús tenta superar a sua melhor campanha no ano de 2014, quando só foi eliminado para o Bolivar nas quartas. Pelo menos a classificação para a segunda fase é algo bastante
viável. O clube argentino terá a companhia do modesto Zúlia, do tradicional Nacional-URU
e uma Chapecoense em processo de reconstrução. Mesmo sem um grande time tecnicamente, tem boas chances de avançar.
Fundação: 30 de junho
de 2005
Cidade: Maracaibo 

Estádio: José
Encarnación Romero
Melhor campanha: Estreia em 2017
Última participação: Nunca participou
O Zúlia foi fundado em 2005 e fará sua primeira
participação na principal competição continental. Sua entrada no torneio se deu
após o emocionante título do Clausura, vencido contra o tradicional Deportivo
Tachira, nos pênaltis em San Cristóbal. Após este duelo, a equipe fez a
finalíssima contra o Zamora, onde se se sagrou vice-campeã, perdendo os dois
jogos pelo mesmo placar de 2X1. Também no ano de 2016, a equipe “negriazules” foi
campeã da Copa da Venezuela, vencendo a equipe do Estudiantes de Caracas pelo
placar de 2X0 no agregado.
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Equipe que disputou a final da Copa da Venezuela 2016 (Foto: El Informador) |
Para esta edição do torneio, o time de Maracaibo
decidiu apostar em nomes experientes e de passagem pela seleção venezuelana,
como o arqueiro Rene Vega (37 anos), o volante jovem e promissor Yohandry
Orozco (que jogou pelo Wolfsburg-ALE) e o consagrado meia Juan Arango (36 anos)
de belíssimas passagem pelo futebol da Espanha e da Alemanha, talvez seja um
dos maiores jogadores da história da Venezuela.
Mesmo com a chegada de jogadores experientes, um
jogador em especial chama a atenção neste elenco. Trata-se do meia atacante e
camisa 10 da equipe, Jefferson Savarino. O atleta de 20 anos foi o grande
destaque da equipe em 2016 e o principal nome das conquistas do Zúlia. Jogador
de boa velocidade, bom passe e de muito bom arremate, Savarino foi o artilheiro
da temporada anterior e já começou muito bem o ano de 2017. É um jogador de
enorme potencial e que pode em breve figurar em alguma liga mais competitiva,
tanto na América do Sul quanto no próprio futebol europeu.
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Jefferson Savarino é o grande destaque da equipe Petrolera (Foto: Vision Noventa) |
Neste ano, a equipe tem feito uma dos melhores
campanhas entre todos os participantes do apertura venezuelano. Atualmente
ocupa a 4ª colocação com 10 pontos em cinco jogos, mas com um jogo a menos em relação
ao líder Deportivo Lara e ao vice-líder Zamora e com um saldo menor que o
Deportivo La Guaira. O ataque ainda continua funcionando, já foram 12 gols na
temporada, mas a defesa tem sofrido bastante e já teve nove bolas que balançaram a
sua meta.
Pouco se pode esperar da equipe “petrolera”, devido a
sua inexperiência no torneio, mas o que sabe do time do Zúlia é de que joga o
autentico futebol do país, onde prima pela técnica, velocidade e habilidade de
seus atletas. Por conta disso, não conta com um forte sistema defensivo, o que
poderá fazer com que os seus jogos na Libertadores seja sinônimo de gols.
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