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Uma derrota que abriu os olhos: O que está errado?

O começo de temporada do Clube de Regatas Brasil parecia ser diferente dos outros que se passaram. A eliminação precoce na Copa do Brasil deixou dúvidas no ar, mas a equipe do Altos que nos eliminou, mostrou na Copa do Nordeste diante do Fortaleza que sabe jogar e mereceu se classificar. Até o último jogo, as coisas pareciam estar bem, o elenco estava forte e era notável que alguns atletas não demonstravam e ainda não conseguem demonstrar o real significado de receberem um salário tão bom.

A lista de jogadores que foram contratados para brigar pela titularidade é ampla, mas os que merecem ser dos onze iniciais são poucos. Dos remanescentes da temporada passada, a defesa se mostra sólida em certos pontos. Juliano está conseguindo conquistar a confiança de alguns, mas nem todos. Gabriel e Flávio Boaventura estão fazendo boas partidas, mas este último continua a pecar em momentos e acaba sendo expulso não por dois cartões amarelos ou uma falta perigosa, e sim por agressão ao jogador adversário.

Diego e Marcos Martins continuam na titularidade do clube. Mas o primeiro é discutível de sua posição, podendo ser colocado em um setor mais próximo ao ataque pela qualidade que tem de conduzir a bola e sempre tentar chegar ao gol.

(João Marcelo Cruz / Portal TNH1)
Foto: João Marcelo Cruz
Léo Condé, mesmo com um time financeiramente superior a todos seus adversários na temporada está mostrando dificuldades em quase tudo dentro de campo. Para começar, será que o salário dado a todos os jogadores é justo? Há um grupo de jogadores que mostra compromisso com a equipe e fazem partidas boas sempre que estão dentro de campo, caso de: Adriano, Gabriel e Diego. Outros jogadores não conseguem ter uma boa sequência e falham em momentos cruciais. Neto Baiano que já soma 57 partidas com a camisa do CRB não mostra eficiência em outro número que deveria por obrigação agradar os torcedores. Destas mais de cinquenta partidas, são apenas 14 gols marcados.

Há outros jogadores que não tem boa fase também, caso de Sérgio Mota que foi contratado para ser o "camisa 10" do clube ao menos no primeiro semestre. Maílson que tanto mostra habilidade nas partidas não consegue soltar a bola em momentos que pode definir a partida, sempre tenta individualizar demais e não consegue terminar a jogada por ter mais de dois marcadores para roubar a bola.

A hora agora é de consertar as falhas e trabalhar. O elenco é o mais rico do grupo da Copa do Nordeste, mais rico do Campeonato Estadual e não se deve haver perigo por conta de uma partida mal jogada, posicionamento falho ou jogada individual que atrapalha os jogadores de frente.

O Presidente Marcos Barbosa deve se pronunciar sobre os resultados da equipe. Certo que os números são bons, mas não são tão bons assim. Dispensar jogadores descompromissados é dever do presidente. Se não fosse a equipe do Miguelense no caminho do CRB, os números não estariam da forma que estão. O dinheiro tem de sair do bolso agora, a equipe está crescendo e não deve utilizar argumentos do tipo: "Ano passado foi do mesmo jeito, conseguiremos da mesma forma".

O ano passa, o time evolui, o futebol em si de outras equipes também. Não dá pra ficar chutando com o mesmo pé toda vez, nem sempre vai dar certo.

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