Foi sofrido. 120 minutos de pura emoĂ§Ă£o. Mas no domingo (23), depois de
um bom tempo, o torcedor do Arsenal voltou a sorrir. Vencemos, estamos na
final! Depois de tanto tempo, nĂ£o precisamos e nem devemos falar de crise,
afinal a vitĂ³ria foi nossa, a vaga Ă© nossa!
A semifinal foi contra o Manchester City, de palco, o colossal estĂ¡dio
de Wembley. Wenger começou o jogo com seu time armado mais uma vez em um 3-4-3,
com Cech no gol; Gabriel, Koscielny e Holding na linha de trĂªs defensiva;
Ox-Chamberlain, Ramsey, Xhaka e Monreal; mais na frente, Ozil, Alexis SĂ¡nchez e
Giroud centralizado.
O jogo começou com o City muito mais encima, com um volume de jogo bem
maior, enquanto o Arsenal, intencionalmente, se preocupava mais em se defender.
Era arriscado, mas funcionou. A pressĂ£o dos citzens nĂ£o era convertida em
tantas chances, mas sempre que era exigido, Cech se garantia. Ainda assim, por
pouco nĂ£o marcamos na primeira etapa, na verdade, o gol atĂ© saiu quando
Koscielny mandou para as redes uma bola levantada na Ă¡rea, mas a arbitragem, de
forma correta, assinalou impedimento, invalidando o gol. E nĂ£o foi sĂ³ do nosso
lado que teve gol invalidado, mas também do time de Manchester, quando Cech deu
rebote em chute de Aguero e Sterling somente empurrou a bola para o gol,
todavia, a arbitragem, dessa vez erroneamente, enxergou que a bola passou da
linha de fundo no cruzamento que originou a jogada e anulou o tento do time de
Manchester. Sorte a nossa, que descemos para intervalo com o placar zerado.
No segundo tempo, mesmo sem mudanças no time, o Arsenal voltou com uma
postura diferente, pressionando os adversĂ¡rios. Os dois meias abertos,
Chamberlain e Monreal, se apresentavam muito bem pro jogo. Contudo, justo no
momento que conseguimos emparelhar o jogo e até sermos superiores em
determinados momentos, ficamos atrĂ¡s no placar: Quando a pressĂ£o era constante
pelo lado do Arsenal, Yaya Touré roubou a bola de Ramsey e fez lindo lançamento
para Aguero, o atacante argentino conduziu a bola atĂ© prĂ³ximo da Ă¡rea e
aproveitou-se da indecisĂ£o de Cech sobre tentar ou nĂ£o fechar seu angulo de
chute para encobrir o goleiro tcheco e abrir o placar.
ApĂ³s o gol do City, o jogo se mostrou mais uma vez equilibrado, mas
dessa vez tĂnhamos tambĂ©m a infeliz desvantagem de jogar contra o relĂ³gio. O
destino, tantas vezes cruel com o Arsenal e seus milhões de torcedores, dessa
vez pareceu querer ajudar. Pouco depois de Aguero abrir o placar - mais
precisamente nove minutos depois - Monreal estava lĂ¡ para completar o
cruzamento de Chamberlain e empatar o jogo. EstĂ¡vamos vivos, o jogo estava em
aberto.
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Monreal comemora seu gol marcado. (Foto: Getty) |
Antes do fim do tempo regulamentar, ainda vimos Ă
bola bater duas vezes nas traves de Cech, a primeira com Touré e a segunda com Fernandinho, e
vimos também Welbeck, que veio à campo no lugar de Giroud, quase matar o jogo
nos minutos finais, mas o atacante inglĂªs finalizou pra fora. Os 90 minutos
acabaram, terĂamos prorrogaĂ§Ă£o; prorrogaĂ§Ă£o essa que a aquela altura do jogo
parecia um muito bom negocio, visto que nossos adversĂ¡rios estavam claramente
mais cansados. E foi mesmo.
Como esperado, a prorrogaĂ§Ă£o logo de inĂcio, proporcionava um jogo
aberto, com os dois times buscando o gol. Quando éramos pressionados, nossos
zagueiros se mostravam sempre seguros, especialmente Gabriel e Holding,
partidaça de ambos.
Certamente vocĂª jĂ¡ ouviu aquela mĂ¡xima futebolĂstica que diz que um
craque sĂ³ precisa de uma bola para mudar completamente o cenĂ¡rio de um jogo,
certo? E foi exatamente o que aconteceu. SĂ¡nchez, nosso camisa 7, nosso craque,
atĂ© entĂ£o apagado na partida, estava lĂ¡ para fazer o que sabe fazer de melhor:
decidir Ă nosso favor. VIRAMOS O JOGO! Alexis aproveitou a sobra de bola apĂ³s
cobrança de falta na Ă¡rea e fez explodir toda a torcida do Arsenal, nĂ£o somente
presente em Wembley, mas em todos os cantos do mundo. A vitĂ³ria nĂ£o poderia
escapar de maneira alguma; e nĂ£o escapou mesmo. Suportamos a pressĂ£o final dos
nossos adversĂ¡rios e saĂmos de campo com a vaga depois de um jogaço de bola.
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"craque sĂ³ precisa de uma bola" (Foto: Getty) |
Dentre os maiores destaques do jogo, certamente podemos citar o sucesso
do nosso trio de zaga, que em tĂ£o pouco tempo jogando juntos, parecem
entrosados jĂ¡ hĂ¡ anos, funcionando muito bem. Bola dentro de Wenger, que nĂ£o
teve medo de arriscar e obteve sucesso. TambĂ©m nĂ£o da pra deixar de citar o
excelente jogo feito por Ox-Chamberlain; sempre muito participativo, buscando o
jogo em todos os momentos, ainda foi coroado com uma assistĂªncia. Certamente o
homem do jogo.
Daqui a pouco mais de um mĂªs, no dia 27 de maio, teremos mais uma vez
compromisso marcado em Wembley, a grande final contra o Chelsea, num clĂ¡ssico
londrino que marcarĂ¡ nossa vigĂ©sima final de FA Cup. Vamos Ă busca do nosso
dĂ©cimo terceiro titulo na competiĂ§Ă£o.
We're the famous Arsenal and we're going to Wembley!!! COYG!
Por: Matheus Moraes -
Twitter: @mathmoraees
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