O primeiro terço do mês de abril acabou e junto com
ele o primeiro terço das decisões da Juventus neste mês tão importante. Duas
partidas contra o Napoli, passamos para a final da Copa da Itália e ainda
mantivemos boa distância para a Roma no campeonato. No último sábado (08) enfrentamos
o Chievo no Juventus Stadium, para manter o bom momento.
Allegri manteve as alterações no time, visando parte
técnica e tática. Entramos para enfrentar o time de Verona da seguinte forma:
Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Rugani, Alex Sandro; Khedira, Marchisio;
Cuadrado, Dybala, Sturaro; Higuain. Fiquei surpreso com as escalações de
Khedira e Higuain, que jogaram as três partidas seguidas deste mês.
Alguns dizem que Higuain não marca gols decisivos. Na
Juventus não é o que tem ocorrido. A maioria de seus gols têm sido importantes,
gols que representam vitórias/classificações para a Juve. Contra o Chievo, o
argentino foi responsável pelos dois gols que nos deram a vitória por 2x0. O
primeiro resultou de grande jogada de Dybala rente à Linha de Fundo ainda no
primeiro tempo. O segundo, já no final da partida, também em boa jogada de
Dybala, que passou para Lichsteiner, que assistiu Higuain para o gol.
Com a vitória em casa e a vitória da Roma, mantivemos
a distância de seis pontos para o time da capital, lembrando que ainda temos o
jogo contra eles na metade do mês que vem no Estádio Olímpico. Com o apito do
juiz, todos, sejam jogadores, torcedores, comissão técnica e diretoria podem
falar livremente e sem peso na consciência sobre a partida que está no
imaginário coletivo bianconero: Juventus x Barcelona, amanhã (11) pela ida das quartas
de final da UEFA Champions League.
Bonucci na divulgação "It's time" da Juventus para o duelo frente ao Barça. Foto: Juventus.com |
Nitidamente a Juventus amadureceu nesta temporada. No
início tivemos oscilações de desempenho, culminando na perda da Supercopa da
Itália para o Milan. A partir de então entrou um 4-2-3-1, com a base de Buffon,
Dani Alves (Lichsteiner) Bonucci, Chiellini, Alex Sandro; Khedira, Pjanic,
Cuadrado, Dybala, Mandzukic; Higuain.
Outros jogadores bem utilizados, seja vindo do banco, sejam
entrando no rodízio são: Barzagli, Benatia, Rugani, Asamoah, Marchisio e a
aquisição de Rincon.
Além disso, tivemos os episódios de desentendimentos
entre alguns jogadores pontuais e Allegri. Pela ordem: Dybala, Lichsteiner e
Bonucci. Este último causou o basta geral, punição para os envolvidos e um
acerto de contas de diretoria, comissão técnica e elenco. Ajustamos as direções
e voltamos para o foco central. Amadurecemos.
Se eu não fosse bianconero e tivesse que apostar no
classificado, este seria o Barcelona. É o time mais vitorioso dos últimos 15
anos, vem de classificação heroica e impensável sobre o PSG (um bom time com
bons jogadores), possui o melhor jogador dos últimos 10 anos (alguns dizem ser
o maior da história – não entrarei neste mérito), tem um atacante que se
ajustou perfeitamente ao estilo do jogo da equipe (Suarez), tem uma bandeira do
estilo do jogo da equipe (Iniesta) e, se não bastasse, tem aquele que é
apontado como o herdeiro do trono de melhor jogador do mundo após o monopólio
de CR7 e Messi (Neymar).
Como diria o poeta: Uma coisa é uma coisa, outra coisa
é outra coisa. Sou bianconero. Se eles têm tudo isso, nós temos a própria
história que serve de apoio. Temos um time que se identifica muito com essa
história vencedora da equipe. Time que por vezes encarna o pragmatismo
necessário para vencer que está no nosso DNA. Eu escolhi ser Juventus pela
minha história italiana, pela identificação de valores e pelo foco na vitória.
Espero que todos os jogadores estejam bem fisicamente,
tecnicamente e mentalmente. Estando todos dessa forma, espero que Allegri
repita a escalação mais utilizada até aqui no jogo de amanhã. Que joguemos o
nosso máximo, que todos os jogadores deixem o sangue em campo, que os
torcedores torçam como nunca (esquecendo divergências) e que o resultado
apareça.
Não temos o mesmo poder de fogo do Barcelona. Provável
que até o PSG tenha mais poder de fogo que a Juventus. Entretanto, somos muito,
mas muito mais competitivos que o time francês. O Barcelona sabe disso. Todos
sabem. O Barcelona entra na disputa como favorito, mas a Juventus venderá tudo
muito caro. Espero ver Buffon vibrando com a torcida (com aquela cara de que
saiu do hospício), Chiellini com a cabeça enfaixada todo malucão, Bonucci sendo
o delegado da defesa, Dybala driblando, Cuadrado e Mandzukic se matando de
ponta a ponta, Khedira tabelando e Higuain decidindo.
Se depois de tudo isso der Barcelona (como deu na
final entre os times) lamentaremos e seguiremos em frente. Se der Juventus...
Bem, se der Juventus (a sobrevivente italiana) eu nem sei o que pensar. Eu
escolhi o bianco e o nero pela identidade. É quem eu sou. Está na alma. Eu
estou pronto!
E vocês?
Fino alla fine, FORZA JUVENTUS!
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