Foto: Lucas Merçon/FFC
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Todos os jogadores que critiquei no texto antes do
jogo contra o Goiás foram bem na partida. Digo que não compraria um carro usado
da dupla de zaga e além dos dois fazerem gol, executaram uma partida sólida.
Pedro, que estava em baixa coincidentemente após a torcida se empolgar demais e
esquecer que Dourado tem o triplo de gols e sabe bater pênalti, fez gol
aproveitando um passe horrível de Wellington que acabou funcionando. A torcida
compareceu, mesmo sendo o jogo da TV. Os bons tempos aparentemente voltaram de
tal forma que ofuscam o fato de que Sornoza não pode bater pênalti de novo, ele
é pior nisso que o Scarpa. A bronca do Abel faz milagres.
Corta para o Maracanã de novo. Sábado à noite.
Fluminense x Vasco. As desculpas que os vascaínos dão para aquele 3 x 0 da
primeira rodada são várias: "Cristóvão
ainda estava treinando", "O
time era bem diferente, tinha Julio dos Santos e Escudero" e "Primeiro jogo da temporada". Pois
bem, dessa vez o pessoal da Cruz de Malta vinha de seis partidas invicto, com
algo parecido com um time de futebol e confiante depois de vencer os reservas
dos reservas de um time da Série A após terem um jogador expulso. Um jogo onde
a coisa mais vistosa foi o terno de Milton Mendes.
Com tudo isso, não surpreende que o primeiro lance do
clássico tenha sido uma cotovelada de Luis Fabiano em Henrique. Seria injusto
falar que não houve esforço, mas nem parecia que eram eles que precisavam
evitar o empate. Fizeram Cavalieri trabalhar algumas vezes, mas nada tão apavorante.
Assombroso por sua vez é ver que o Fluminense tem tantas peças boas que falta
espaço. Wendel desbancando Douglas justo no ano em que ele jogava melhor. O
time jogando tão bem, ou melhor, sem o Scarpa. Richarlison sendo uma realidade.
Wellington jogando tudo em clássicos ou decisões, compensando alguns momentos
displicentes. Um time que faz minha postagem passada ser ridícula.
Mas ontem quem passou vergonha foi o adversário. O
respeito, tal qual o Vasco, estava entrando de férias. Ainda que o jogo
estivesse brigado até o primeiro gol, já no segundo tempo. A partir daí o
Fluminense foi o Renato Aragão com o extintor de incêndio e o Vasco era o
Sargento Pincel. Diversão garantida e gargalhadas de quem vos escreve. Lucas dá
um chapéu na grande área e Wellington Silva faz de letra entre as pernas de
Martin Silva. Eu sempre rio quando revejo o lance. Com tudo perdido, os
cruzmaltinos perdem a linha. Wellington corta, para, dribla, volta, dribla de
novo, dribla o juiz caído sem conseguir acompanhar tudo aquilo e finalmente
apanha. Consegue a expulsão do vascaíno logo após o time colocar dois atacantes
no desespero.
Mas o extintor que ia na cara do Vasco ia também na da
própria torcida. Pra completar o placar, Léo Pelé, que vinha recebendo críticas
da torcida, cabeceia tal qual um centroavante e fecha o placar. Um time tão
fascinante que consegue se superar em pouco tempo, dá até pra ter esperanças
com o resto do ano. No entanto, aquilo que falei dos reforços continua sendo
válido, não vamos empolgar, achar que tudo está perfeito e bradar que o
respeito voltou, um dia poderemos estar de férias já em abril e só ter o
Brasileiro pra jogar pelo resto do ano. Esse seria o momento de citar Macaé ou
Volta Redonda, que jogarão a Série C, mas até eles disputarão duas competições
no segundo semestre.
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