Nem o mais otimista dos esmeraldinos apostava com algum
amigo/familiar vilanovense que o Goiás aplicaria um vistoso 3x0 no jogo de ida
da final do Goianão. Foi difícil de acreditar que ao apito final do juiz, o
Goiás saía de campo com uma das mãos na taça do estadual. Ponto positivo pra
equipe que ganhou moral com a torcida (e com este que aqui escreve) e que mesmo
com alguns defeitos que precisam ser corrigidos pra Série B o time conseguiu
fazer uma boa partida e bater novamente um rival em uma final que não acontecia
há 12 anos. Finalmente o Goiás colocou ordem na casa e ganhou quatro dos seis
clássicos disputados nesse ano e não perdeu pra nenhum de nossos rivais, ou
seja, está invicto. O que é bom visto que ano passado a palavra clássico era
sinônima de dor de cabeça.
Ontem o time conseguiu atuar bem no primeiro jogo da final. Foto: Goiás Esporte Clube |
Tenho que dar meus parabéns ao Carlos Eduardo, foi o
jogador da partida, e queimou a língua de muitos inclusive a minha (que critiquei fortemente em meu último texto). Espero fortemente que nosso atacante
desencante de vez e jogue coma frieza que jogou no segundo tempo, basta isso
pra que ele deslanche e faça as pazes com a torcida cravando sua vaga como
titular. Porém peço a você torcedor que não se empolgue muito com ele assim
como vários esmeraldinos que vi ontem após a partida, é um garoto que precisa
de muito trabalho na parte de finalização e também psicológica, já que quando
pressionado consegue piorar ainda mais seu desempenho nas partidas. Ontem ele
fez a primeira boa partida (onde fez a diferença em campo e no placar final)
dele em um ano e meio como titular e espero fortemente que mais atuações como
essa venham a aparecer.
Carlos Eduardo foi o destaque da final com participação em dois gols e marcando um tento contra o Vila Nova. Foto: Goiás Esporte Clube |
Sobre o jogo, o Goiás entrou em campo com três
atacantes na escalação inicial, mas o DNA ''retranqueiro" de Sílvio
Criciúma falou mais forte. Durante 70% do primeiro tempo foi o Vila quem teve a
bola no campo adversário, mas de forma
ineficaz pois com ela fazia só duas coisas:
- Alçava a bola na área, que de nada adiantava já que
Everton Sena foi implacável;
- Tocava a bola no meio de campo de um lado para outro,
o camisa 10 dos colorados pouco fazia e não conseguia criar boas jogadas, mesmo
mostrando ter um pouco de qualidade.
Já dizia
aquele velho ditado do futebol "quem
não faz leva", e foi isso que ocorreu. O ditado veio à tona e com
Carlos Eduardo, contamos com a sorte pra abrir o placar com uma engrossada
absurda do zagueiro adversário. 1x0 no placar e fim de um primeiro tempo semiapático
por parte do Goiás.
A torcida compareceu em peso para apoiar o time na final, e os jogadores retribuíram tanto em campo, como agradecendo nas redes sociais após a partida. Foto: Goiás Esporte Clube |
É um absurdo como nosso elenco é unido, ultimamente a
torcida não vem abraçando o time e tudo ficou ainda mais complicado após a
eliminação na Copa do Brasil. Mas a amizade e união de nossos jogadores é
visível, seja pelo grupo de oração de Marcelo Rangel (que é divulgado
semanalmente em seu instagram) ou pelos discursos motivadores de Léo Gamalho no
vestiário, ou até mesmo nas resenhas e risadas de Léo Sena que trazem outro
clima, o de união. Aposto muito nesse fator caso o acesso venha este ano, isso
faz muito a diferença, pois elenco não é a única coisa que faz de um time
campeão... E foi essa união ontem
que motivou o Carlos Eduardo (fato contado pelos próprios jogadores e técnicos
em entrevistas) a superar todos os obstáculos e chamar toda a responsabilidade pra
si no segundo tempo. Isso é um sinal extremamente positivo.
Caso tenha
curiosidade, veja todos os bastidores de vestiário na final do Goianão
acessando o canal do Goiás no youtube, basta clicar aqui e assistir.
A união de nosso elenco já superou diversas crises : Walter, saída de Kleina, e agora trouxe um bom resultado em uma final lotada de pressão. Foto: Goiás Esporte Clube |
Tivemos um segundo tempo muito melhor pra quem queria
emoção, pelos dois lados houveram várias chances, e novamente o Vila teve mais
posse de bola, mas o ditado que falei ali em cima se fez presente (de novo).
Nossos rivais pararam por inúmeras vezes em uma atuação nota 1000 de Marcelo
Rangel, que após dois anos de insegurança no gol seja com o Renan em 2015 ou
com o trio parada dura (de assistir) Márcio, Ivan e o próprio Renan em 2016.
Fez com que Rangel, mesmo chegando desconhecido, mas fazendo boas atuações,
trouxeram um status de goleiro titular pra ele com a torcida, e com o técnico.
Finalmente podemos dizer que temos um goleiro bom guardando nossas redes.
22 minutos de chances desperdiçadas pelo Vila, e o
Goiás precisou de uma roubada de bola, somada com a boa jogada de Carlos
entregando a bola para Tiago Luís para o camisa 11 achar o caminho entre a zaga
e fazer um golaço, chute indefensável para o goleiro e alegria nas
arquibancadas. Dois minutos após o gol Moisés perdeu mais uma chance esbarrando
em Rangel, e o Goiás esperava por um contra ataque para matar a partida.
Victor Bolt aos 46 minutos deu um chutão e foi aí que
brilhou a estrela de Carlos: O garoto roubou a bola dos pés do goleiro, driblou
de forma humilhante o lateral e só tocou a bola para o fundo do gol pra sair para
o abraço com direito a dancinha, um golaço para desmoralizar o rival, e mandar
a torcida adversária embora mais cedo fechando o placar por 3x0. Faço das
palavras do narrador César Rezende as minhas:
“Gol de Carlos
Eduardo em uma jogada que ninguém acredita!!! Um gol pra dar moral pra esse
garoto que estava marcado pela torcida".
Cesar de forma
resumida disse minha opinião sobre a fase de Carlos, e deu a lógica em Goiânia.
O Goiás soma mais uma vitória no "clássico" onde um time mais
predomina sobre o rival no Brasil, no futebol às vezes não vence quem tenta
mais, e sim quem espera e aproveita suas oportunidades. Resumindo, vence quem joga ''melhor".
Torcida e time em festa, 3x0 humilhante no rival e titulo praticamente garantido! Foto:Goiás Esporte Clube |
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