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Pela 35ª vez os campeões da Itália somos nós

Tem que respeitar! Tem que respeitar e muito. Tem que lembrar e valorizar: Gianluigi Buffon, Mauro German Camoranesi, Pavel Nedved, David Trezeguet e Alessandro Del Piero. No dia de ontem, 22, a Juventus enfileirou mais 19 times na temporada 2016/2017, quebrou recordes e sagrou-se pela 35ª vez campeã da Itália, com um hexacampeonato inédito e praticamente impossível de ser alcançado.

Não se ganha seis títulos consecutivos do torneio nacional com mais elementos históricos do mundo de maneira fácil. A Série A é a casa do nacional da Itália, onde surgiram jogadores que venceram por quatro vezes a Copa do Mundo de Seleções. Não é fácil vencer seis vezes o único campeonato onde há três times no pelotão maior do futebol europeu. E, principalmente, o acaso não seria tão gentil com um time que há dez anos acabava de subir da segunda divisão.

Após a farsa do Calciopoli que resultou na queda da Juventus para a Série B do futebol italiano, Buffon, Camoranesi, Nedved, Trezeguet e Del Piero tinham mercado para jogar na maioria dos grandes times europeus e continuar buscando títulos. Esses jogadores não fizeram isso, resolveram jogar em campos mais modestos e cravar seus nomes na eternidade da Juventus. O meu muito obrigado a esses ídolos que, durante minha adolescência, forjaram o meu jeito de torcer pela Juventus.

Lichsteiner, Barzagli, Bonucci, Marchisio, Chiellini e Buffon. Esses são os seis homens que conquistaram seis títulos consecutivos da Série A Italiana. Fizeram história que nenhum outro jamais conseguiu. Apesar das críticas ao suíço, sou fã. Gosto muito do jeito que Stephan joga, talvez o tempo esteja sendo cruel. Se falarmos o valor que a Juventus pagou em Barzagli vão pensar que foi uma piada (para os valores inflacionados e retardados de hoje em dia). Já Leo é um monstro! Bonucci é o melhor zagueiro do mundo. A evolução do ex-Bari é algo impressionante. Já é passado, presente e futuro.

O Capitão Buffon ergue o troféu do Campeonato Italiano. Foto: Juventus.com 
O que falar de Claudio Marchisio? Talvez de todos os jogadores do elenco seja o único que entenda, realmente, o que pensa o torcedor bianconero. Formado na primavera, viu o time ser uma máquina, cair pra Série B, se tornar titular e conquistar tudo. Chiellini é a bandeira do juventismo em campo. Um louco, um desvairado, um facínora da zaga, um mestre economista, um GIGANTE! Você merece tudo isso, Giorgio, il nostro King Kong, Chiellini. Serei eternamente seu fã! É meu espelho.

Por fim, temos ele: Gianluigi Buffon, maior goleiro da história do futebol. Quando estava no Parma teve opção de não ir para a Juventus. Mas ele quis. Quando o time caiu, tinha acabado de ser campeão da Copa de 2006, tinha o mundo nas mãos e poderia ir para qualquer lugar. Não quis. Comeu o pão que o diabo amassou com times medianos após o retorno. Esperou. Foi recompensado. São seis títulos italianos em sequencia, dez no total. Copas e supercopas. Está na espera da cereja em Cardiff e, assim, ser eleito (com atraso) o maior jogador da temporada. O Super-Homem do gol bianconero não cansa de levantar taças.

Além desses seis, temos todos os outros que fizeram parte dessa Juventus vencedora da Série A temporada 2016/2017. Foram todos devidamente homenageados em campo após a partida de ontem. Deixo meus agradecimentos a: Neto, Rugani, Benatia, Asamoah, Rincon, Lemina, Sturaro e Pjaca. Já Dani, Alex, Khedira, Cuadrado, Dybala e Mandzukic (um louco que se reinventou em campo) foram peças chave, junto com os seis hexa para que este título se tornasse realidade.

Por fim, encerro os comentários sobre os jogadores com Pjanic e Higuain, como não poderia ser diferente. Veja, torcedor bianconero, ganhamos o título com muito suor, a duas rodadas do término do campeonato. Foi difícil. Tem que ser valorizado. O bósnio e o argentino foram seduzidos pela Juventus não apenas pelas cifras (que poderiam conseguir igual ou mais em outros lugares), mas também pela gana que o time tem de vencer coisas. Foram duas peças fundamentais durante toda a temporada. Aquisições sepulcrais para Roma e Napoli, os outros aspirantes. Valeu, Pjanic! Valeu, Gonzalo! Agora vocês sabem o que é ser campeão pela Juventus.

JStadium foi palco de uma linda festa em comemoração ao 35º título italiano, sendo seis em sequencia. Foto: Juventus.com
Angelli, Marotta, Nedved e Paratici. As quatro cabeças que estruturam a Juventus no dia a dia para que esta máquina vencedora voltasse aos dias de glória após a conturbada década passada. Os adversários cegos afirmam que a Juventus só ganha o que ganha por todos os motivos do mundo, menos aqueles que realmente existem. O trabalho e a capacidade. Esses quatro gerem a Juventus de forma única na Itália. Sem eles, sem hexacampeonato.

Os agradecimentos encerram na figura que é o elo entre diretoria, comissão técnica e jogadores. Massimiliano Allegri chegou com desconfiança (inclusive por este que vos fala). A sombra de Conte era implacável. Max conseguiu manter o que havia de bom e acrescentar a sua filosofia de futebol. Conte foi o responsável por iniciar o processo de forma notável. Allegri continuou de forma brilhante. São 3 Campeonatos, 3 copas e 2 supercopas em 3 anos. Uma final de UCL perdida e outra que saberemos a resposta em breve. Genial!

Os jogos marcantes desse campeonato são derrotas e vitórias: as derrotas para Inter e Milan no começo nos mostraram que um acerto no percurso era devido. As vitórias contra Napoli (em casa), Torino (fora de casa) e Roma (em casa) deram o fôlego necessário. As revanches contra Inter e Milan e os episódios com Lichsteiner, Dybala e Bonucci cravaram a maturidade e a imposição pelo título.

Aproveite torcedor bianconero. Não é fácil fazer o que a Juventus está fazendo. Não ganharemos tudo para sempre e no futuro olharemos com saudades para esse esquadrão. O futebol é cíclico, mas o DNA vencedor é eterno. Por ora, sinta-se feliz e orgulhoso em saber que a Juventus é, pela sexta vez seguida, a dona da Itália!

A nossa temporada não acabou.

2/3 #Le6end

Fino alla fine, FORZA JUVENTUS!

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