Como se começa um texto assim? NĂ£o tem muito que
enrolar. O sentimento Ă© difĂcil de explicar. As feridas velhas jĂ¡ “esquecidas”
voltaram a se abrir e ganhar mais uma companheira. Perdemos a final da
Champions para um time que foi melhor em todos os sentidos que a Juventus.
Desde o tĂ©cnico, o tĂ¡tico e, por fim, o mais importante: O mental.
Escutei durante o primeiro tempo que a Juventus foi
melhor que o Real Madrid. NĂ£o achei. O Real Madrid sofreu gols durante toda a
competiĂ§Ă£o, isto para eles nunca foi problema. O problema em tomar gols era da
Juventus, jĂ¡ que era exaltada por todos nĂ³s como a melhor defesa europeia. NĂ£o
Ă© pelo jogo de ontem que os resultados defensivos desta temporada tĂªm que ser
esquecidos. Mais palmas para o Madrid e menos criticas para a Juventus.
O Real foi magnĂfico nesta temporada. Era favorito
para a final. Com o tĂtulo de ontem, o Ăºnico melhor que a Juventus em toda a
Europa. Mereceram vencer a Champions League. Qualquer outra coisa que nĂ£o seja
isso serĂ¡ especular como os nossos adversĂ¡rios locais especulam. Ontem, vimos
um espanhol (Sergio Ramos) acabar com o mental de Juan Cuadrado (colombiano). A
Libertadores sorriu com a inocĂªncia de Cuadrado e a cena do experiente capitĂ£o
espanhol.
O peso das feridas de outrora recaĂram nos ombros dos
jogadores. Brilhantes por conseguirem dois tĂtulos e nos levar a Cardiff,
alguns deles nĂ£o conseguiram desenvolver aquilo que apresentaram durante os
jogos mais difĂceis. Faltou ser cascudo, faltou saber sofrer. Nem o Ă©pico gol
de Mandzukic nos trouxe o melhor da temporada. Ponto para os blancos, que
souberam sofrer-nos poucos momentos que talvez nĂ£o lhes fossem mais favorĂ¡veis,
mas com um sentimento de que incomodavam mais do que sofriam. JĂ¡ no segundo
tempo a dominaĂ§Ă£o foi completa.
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Com uma temporada quase perfeita, Allegri permanece para dar continuidade ao trabalho. Foto; Juventus.com |
Se eu fosse uma pessoa prĂ³xima de Buffon, nĂ£o saberia
ao certo escolher as palavras para consola-lo. Apenas o tempo lhe trarĂ¡ paz
para recomeçar. Gigi terĂ¡ nesta prĂ³xima temporada muita coisa na cabeça:
Juventus, Champions, Copa do Mundo e uma possibilidade de aposentadoria (bate
na madeira). É um verdadeiro campeĂ£o e, apĂ³s encontrar a paz que precisa,
tomarĂ¡ as melhores decisões. O maior de todos. Sempre!
NĂ£o Ă© necessĂ¡rio fazer uma caça as bruxas. Ao
contrĂ¡rio de 2015, a perspectiva Ă© que haja a manutenĂ§Ă£o dos principais
jogadores para a prĂ³xima temporada. Se a Juventus quer voltar ao topo mais alto
da Europa de forma rĂ¡pida, manter o que estĂ¡ dando certo Ă© fundamental. Para
jĂ¡, o correto Ă© observar e entender que o Real estĂ¡ no posto mais alto por
méritos.
InegĂ¡vel que Real Madrid e Barcelona estĂ£o, sozinhos,
em uma prateleira acima de todos os outros times europeus. Hoje, o primeiro
acima do segundo. Bayern e Juventus, os Ăºnicos que parecem terem forças para
vencer alguns jogos dos espanhĂ³is, se mostraram ineficientes contra um Real
Madrid que nunca foi tĂ£o forte em toda minha vida.
As hienas caseiras estĂ£o comendo bosta e dando risada.
EstĂ£o certas. Cabe a Juventus manter tudo o que fez nesta temporada, entender o
que pode melhorar e aplicar para 2017/2018. Aqui acaba 2016/2017 de forma triste,
mas brilhante pelo todo: Seis tĂtulos italianos consecutivos, trĂªs Copas da
ItĂ¡lia consecutivas. Feito jamais antes alcançado por qualquer clube italiano.
Isso nĂ£o se tira.
Triste pela perda, orgulhoso por ser bianconero.
Nossas bandeiras sĂ£o eternas e ressurgirĂ£o mais uma vez!
Fino alla fine, FORZA JUVENTUS!
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