Faça Parte

Costume de visitante

Como de costume, o Gigante da Colina perdeu como visitante neste Brasileirão. O sortudo da vez foi o alvinegro carioca, que mesmo com um time limitado tecnicamente, conseguiu ganhar do time treinado por Milton Mendes. E a propósito, grande parte da vitória da última quarta pode ser creditada ao técnico botafoguense, Jair Ventura, pois com este elenco que já não conta com seus principais jogadores (Jefferson, Camilo e Montillo) em seu melhor preparo físico e ritmo de jogo, conseguiu mais uma vitória e se manteve na zona de classificação para a Libertadores do ano que vem.

O primeiro gol do Botafogo foi muito rápido, como nas outras partidas. Roger subiu sozinho para cabecear a bola no fundo do gol defendido por Martin Silva, que nada pôde fazer. E como sempre, o Vasco teve que tentar propor o jogo, tendo um gol de desvantagem. A partir do gol, a tática vascaína era a mesma, entregar a bola para os dois jogadores mais inteligentes em campo, Nenê e Douglas, para que os mesmos propusessem o ritmo da partida. Contudo, o entrave do meio de campo botafoguense (que era muito marcador, e por vezes violento) truncou o jogo juntamente com o seu miolo de zaga composto pelo jovem Igor Rabello e o experiente Carli. 

Foto: Paulo Fernandes / Vasco.com.br
Apesar de estar flutuando nas pontas, Nenê teve que fazer o papel que o Mateus Vital, pois a jovem joia vascaína não consegue deslanchar, apesar da titularidade. A pressão que o elenco tem do atual mandatário vascaíno, Eurico Miranda, de estar "nas cabeças", por vezes, parece ser demais para ele. Talvez, segurá-lo um pouco e testar outras opções como: Nenê ao centro e Guilherme Costa, Manga, Paulo Vitor na ponta. Por vezes até testar outras formações, como um 4-4-2 com um segundo atacante mais recuado, que ajude na marcação. Mas, o menino precisa entender que não está conseguindo entregar em campo, nem 20% do que sabemos que ele é capaz de fazer; a pouca maturidade e inexperiência ajudam neste insucesso, mas não fracasso, pois sabemos do seu potencial.

Perto do fim do primeiro tempo, em uma cobrança de falta, o lateral alvinegro conseguiu acertar um chute que ultrapassou os 100km/h e marcou mais um gol para o clube de General Severiano. Com isso, o cruzmaltino carioca foi para o intervalo com uma desvantagem de dois gols. O segundo tempo veio com a mesma cara do primeiro, e por isso, o Vasco levou outro gol no começo do jogo; o centroavante botafoguense recebeu a sobra de uma cabeceada do zagueiro Breno, e a sua dupla de zaga não estava lá para tentar marcar o atacante alvinegro. Para quem ligasse a televisão e olhasse somente o placar pensaria que estava acontecendo um massacre, porém, um Botafogo cirúrgico esteve em campo, aproveitando cada deslize vascaíno. A entrada de jovens promessas vascaínas fez com o time ficasse mais rápido, porém, atabalhoado.

Em resumo, um pouco mais do mesmo. E com isso, a promessa do atual presidente fica cada vez mais longe e a sina do rebaixamento também está longe. A sina do meio de tabela, apesar de não condizer com a história do clube, pode ser a melhor opção.

Um grande abraço e Saudações Vascaínas,

J.P. Alves || @8_joaopedro
Linha de Fundo || @SiteLF

Postar um comentário

0 Comentários