Na noite desta terça-feira (06), o Figueirense recebeu
no estádio Orlando Scarpelli, a equipe do Internacional, num dos grandes jogos
desta atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro. O Figueira tentou,
tentou, e tentou novamente vencer, porém não foi tão eficiente como o Colorado,
que acabou vencendo pelo placar de 2x1.
Ter preciosismo excessivo causa perda de pontos importantes |
No texto da última partida contra o Boa Esporte, no
último dia 30, trouxe aqui aquela velha máxima de que o futebol é uma caixinha
de surpresas. Já no texto de hoje, eu descrevo o time do Figueira em outra
velha máxima do nosso futebol. O time do Figueirense é a personificação do
"quem não faz, leva".
Na partida contra o Internacional, o alvinegro começou
muito mal. Desde o momento da escalação divulgada, onde Márcio Goiano promoveu
a titularidade do jovem zagueiro Pereira jogando como volante. Os primeiros
minutos foram quase totalmente do Colorado. Chegando perigosamente, e abrindo
bons espaços na defesa catarinense, o Inter já dava nuances de que abriria o
placar. E o gol chegou aos 15 minutos, quando após cobrança de escanteio, o
argentino Víctor Cuesta, completamente sozinho, nem precisou pular muito para cabecear
e abrir o placar.
O gol colorado acordou o Figueirense, que finalmente
pôs a bola no chão e trabalhou buscando o empate. Agressivo pelo lado direito
de ataque, o alvinegro do Estreito chegou ao empate aos 21 minutos com
triangulação pela direita. O ótimo Dudu Vieira foi no fundo e cruzou para Henan
que só chegou empurrando para as redes.
Camisa 9 Henan tratou de empatar a partida para o alvinegro (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC) |
Querendo um Figueirense ainda mais agressivo na
segunda etapa, Márcio Goiano viu o seu erro de pôr três volantes, e promoveu a
entrada do atacante Luidy no lugar de Pereira. Com isso, e mais estreia de
Marco Antônio, o Figueirense dominou completamente o Internacional. Envolvendo
novamente o adversário – o que fez nas rodadas iniciais – o Figueira teve
inúmeras chances de virar o jogo e até obter uma vantagem no placar.
Mas como futebol é uma caixa de cerveja: Quem não faz,
toma, o Figueirense foi lá e tomou. Quando eram decorridos 30 minutos da
segunda etapa, Figueira errou jogada de ataque que a zaga colorada afastou. O
afastamento tornou-se um bom passe para Juan, que se livrou de três marcadores
e lançou o ex-Figueira William Pottker que foi ao fundo para cruzar na medida
para Diego recolocar o Inter a frente do placar.
Seguindo a tentar o segundo gol – só que desta vez
teria de ser o de empate – o Figueirense continuou na mesma toada de agredir a
defesa colorada. Jorge Henrique, em cobrança de falta, por pouco não marcou.
Henan, que recebeu, girou, e bateu rasteiro, também não conseguiu mudar o
marcador. Robinho teve a grande oportunidade quando fez belíssima jogada e
bateu por cima de Danilo Fernandes. Porém Junio evitou providencialmente o gol
de empate alvinegro.
O time montado pelo Figueirense não é de todo ruim,
muito pelo contrário. A forma de jogar encanta e deixa o torcedor um tanto
quanto satisfeito. O que falta para este time é coragem de finalizar em gol. O
excesso de preciosismo é absurdo por parte do Figueirense. Os jogadores querem
sempre dar um passe a mais. E este passe a mais que é dado, poderia ser uma
finalização acertada e que mudaria o resultado de uma partida como a de terça.
O que também deve ser dito, são alguns erros de Márcio
Goiano, e até mesmo dos jogadores dentro das quatro linhas. Nesta partida, por
exemplo, os dois gols tiveram falhas primordiais da equipe alvinegra. No
primeiro tento colorado, a zaga ficou totalmente inerte e apenas viu Víctor
Cuesta cabecear livre, leve e solto. No segundo gol, Juan passou sem problemas
por três marcadores. Uma falta providencial para matar a jogada não seria de
todo mal e talvez garantisse um empate.
Da parte de Márcio Goiano, vejo que errou em sua
escalação ao vir com três volantes, mostrando ter certo medo da equipe gaúcha.
Tanto que na segunda etapa, o treinador alvinegro corrigiu tirando Pereira para
pôr um atacante a mais. Porém viria a cometer mais um erro que foi tirar Dudu
Vieira que é um dos principais jogadores da equipe e que faz boa parceria na
direita com Dudu. São erros que podem custar pontos preciosos que poderão lá na
frente tirar o Figueirense de disputa.
Dudu Vieira fazia boa partida porém foi sacado pelo treinador alvinegro (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC) |
Precisando retomar o caminho das vitórias, e já
ocupando a 14ª posição na tabela, o Figueirense na rodada seguinte irá até o
estádio do Frasqueirão, em Natal-RN, enfrentar a equipe do ABC. A partida será
neste sábado (10), às 19h.
Ficha Técnica - Figueirense 1x2 Internacional
Data: Terça-feira,
06 de junho de 2017
Horário: 20h30
(horário de Brasília)
Local: Estádio
Orlando Scarpelli, Florianópolis, SC
Público: 5.913
presentes
Arbitragem: Flavio
Rodrigues de Souza (SP); Daniel Luís Marques (SP), Ricardo Pavanelli Lanutto
(SP)
Cartões amarelos: Leandro Almeida (FIG); Carlos, Carlinhos e Diego (INT)
Cartão vermelho: Leandro Almeida (FIG)
Gols: Henan (FIG);
Víctor Cuesta e Diego (INT)
Figueirense: Thiago
Rodrigues; Dudu, Bruno Alves, Leandro Almeida, Iago; Pereira (Luidy), Juliano
(Marco Antônio), Dudu Vieira (Joãozinho), Jorge Henrique; Robinho, Henan | Técnico: Márcio Goiano
Internacional: Danilo Fernandes; Junio, Danilo Silva, Víctor Cuesta, Carlinhos;
Fabinho, Charles, Roberson (Valdemir); Carlos (Diego), William Pottker, Brenner
(Juan) | Técnico: Guto Ferreira
Patrick Silva | @figueiradepre
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