[Foto: Nelson Perez/FFC]
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Um time que não inspira a menor confiança defensivamente, em especial no
gol. Um meio de campo que depende de lampejos ou de uma pessoa carregando o
time nas costas. Um ataque fulminante nos bons dias, mas em vias de desmonte.
O Fluminense atualmente torna questionável ter esperança e quando a
abandonamos, o Pensamento Mágico age, proporcionando momentos dignos de contar
pros filhos. Como foi o jogo no Couto Pereira no domingo. O time já era um
remendo pior que a roupa do Chaves, com zaga semireserva, três volantes e um
centroavante que se tivesse de futebol o que tem de queixo, seria o novo Pelé.
O que me lembra de que Léo, o que não quer ser chamado de Pelé, estava em campo
mesmo depois dessa história da venda pro Genoa.
Começamos bem, com Marlon Freitas já fazendo pênalti e levemente
tornando questionável a existência do Flu Samorin. Felizmente, quem bateu foi
Henrique Almeida, que apesar de ter sido um fracasso retumbante no Botafogo, se
acha o Zidane porque foi o melhor jogador de um Mundial Sub20. O Coritiba ficou
tonto com esse pênalti perdido, deu a brecha pra que Richarlison comprovasse
mais uma vez que os 10 milhões gastos nele estão valendo a pena e que não será
por meros 11 milhões de euros pra um Celso Barros de saias que venderemos nosso
camisa 70. Porque quando se é novo, tem que mostrar serviço, melhor que ser
vendido por 150 milhões e não fazer nada. Será que tem Procon na Espanha?
Então Léo, querendo que sintamos falta dele, invadiu a área minutos
depois, chutou uma bola que fez uma trajetória de pinball, batendo em tudo até
fazer um desvio para o gol. Deus estava agindo hoje e até ateus poderiam
confirmar isso. Só que dois minutos depois, a fé se abalou. Reginaldo se
machucou, saiu para a entrada de Frazan, que conseguiu consagrar Igor Rabello
no estadual não pulando pra disputar a bola. Temerário, até por só ter jogado
dois jogos no ano. Eu digo isso, mas ele não teve culpa no gol que levamos. No
intervalo Nogueira sente e a opção é botar Orejuela na zaga. Que vidinha
ingrata a dele esse ano, foi goleiro no Fla x Flu e agora zagueiro contra um
time enjoado.
Até vendo que o caminho do empate era ali, Pachequinho colocou um
jogador que é a personificação do pesadelo: Alecsandro. Aquele que poderia
estar inconsciente e ainda assim faria gol no Fluminense. Que já marcava ainda
da barriga da mãe no primeiro chute. O nome da ponte de safena de vários
tricolores. Então alçaram a bola na área, Alecsandro fez tudo certo e só restou
esperar o pior. Mas não aconteceu. Júlio Cesar por milagre lembrou que é
goleiro e fez uma defesa absurda. Deu pra brigar valentemente até o fim e
segurar uma vitória absurda. O problema é que Abel chegou a botar o Scarpa de
falso 9, e isso é pra fazer qualquer fé ser questionável e concordar com
Neitszche que Deus está morto. Jogo bom pra testar o tal Peu da Eslováquia, se
livrar do Pedro e entrou Marcos Junior, que teve como grande qualidade não
levar seu cartão habitual.
O que vem a seguir? Nosso querido freguês Cruzeiro, dessa vez com um bom
time e Thiago Neves doido pra fazer gol pela lei do ex. Mas treinado por Mano
Menezes, dá pra arrancar algo. E aí domingo pegaremos o Campeão Brasileiro que
era a Quarta Força até outro dia. O Vasco fez dois gols nessa zaga, então dá
pra tentar. O negócio é não levar cinco.
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