“Abrem-se as cortinas e
começa o espetáculo”. A célebre frase eternizada por um dos maiores narradores
da história do rádio brasileiro, Fiori Gigliotti, é o início dos meus textos
sobre a Juventus nesta temporada de 2017-2018. Uma temporada com muitas
perguntas a serem respondidas e muitas metas a serem atingidas.
“Asensio 4-1, é finita”. A
frase do narrador que ficou famosa com os torcedores adversários marcou o
término da temporada passada. Não que precise de tradução, mas explicando no
bom e velho português, foi o término da final disputada em Cardiff entre Real
Madrid e Juventus, com o gol do espanhol. Melancólico, não? Se pensarmos em toda temporada realizada
então, fica um buraco na alma. Motivos para entrar em crise existencial
realmente não faltam.
A melhor forma para extirpar
o passado é o enfrentando. Em uma excelente temporada o que faltou foi a cereja
do bolo. Hexacampeonato italiano e tricampeonato da Copa da Itália. Um domínio
interno jamais antes visto. Nas duas últimas finais de UCL acabamos por
enfrentar equipes que, sem dúvidas, eram melhores que a gente (uma tinha,
apenas, Messi, Neymar e Suarez e a outra uma equipe letal, liderada por Cristiano Ronaldo e Zidane). Paciência. Acabou. Vire a
página.
Cada clube com suas
características e individualidades. A Juventus não é como as outras equipes.
Vocês não verão a Juventus gastar toneladas de dinheiro porque Dani Alves foi
embora. Tão menos encontrarão uma Juventus desesperada em repor o zagueiro que
tinha o melhor físico e mais 'futuro' do trio BBC (aos que não estavam neste mundo, Bonucci foi
para o Milan por € 42M). Esta não é a Juventus.
Dybala é o herdeiro de Sivori, Platini e Del Piero com a camisa n.º 10. Foto: Juventus.com |
Após todas essas temporadas
vitoriosas, domínio absoluto, a Juventus chega nesta temporada com os louros
das vitórias e as cicatrizes. Uma Juventus que possui uma simbiose com a
vitória, com a objetividade, com a frieza e com o maior goleiro da história do
futebol que, provavelmente, fará sua última temporada (a não ser que sejamos
campeões da UCL, fato que fará Buffon disputar o Mundial de Clubes da FIFA).
Não contamos mais com
Bonucci, Dani Alves, Neto e Lemina. Obrigado pelos serviços prestados e como
diz o ditado: “a porta da rua é serventia da casa”. Agora somos a Juventus de Douglas Costa, Wojciech
Szczęsny, Mattia De Sciglio e Federico Bernardeschi. A janela de transferências
não acabou, outros podem ir e outros podem chegar, mas junto a estes,
continuamos a ser a Juventus de Buffon, Chiellini, Barzagli, Pjanic, Marchisio,
Dybala (agora com a camisa 10 e benção de Alessandro Del Piero), Mandzukic e
Higuain.
Nosso primeiro desafio do
ano é enfrentar a Lazio pela Supercopa da Itália, no próximo domingo, 13, no
Estádio Olímpico da capital italiana. Lazio que é velha conhecida, batemos na
final da Copa da Itália, possui um bom time comandado por Simone Inzaghi e
tem um trio que a Juventus observa muito de perto: o zagueiro holandês Stefan
de Vrij (com contrato que expira em julho de 2018), o sérvio Sergej
Milinković-Savić (ótimo meio-campo, seria minha opção n.º 01 para próxima
contratação, que só sairá com bom investimento) e o ponta
hispano-senegalês Keita Balde Diao (jogador muito comentado para uma saída não
apenas para a Juventus, mas que vê Torino como seu lugar preferido).
Se iniciei com uma frase de
Fiori Gigliotti, encerro com uma frase do eterno presidente Avvocato Agnelli: “Vincere
non è importante, ma è l’unica cosa che conta”.
Fino alla fine, FORZA
JUVENTUS!
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