Em sua 2ª edição, a Copa da Primeira Liga volta a ser disputada após um período de paralisação em sua fase de quartas-de-finais. Um campeonato subvalorizado que surgiu ano passado com a pretensão de substituir os estaduais e tornar o início de temporada mais emocionante, criando um espécie de campeonato brasileiro de mata-mata, como nos velhos tempos.
A baixa adesão por parte dos clubes, contribuiu para a má fama da competição, dando um aspecto de irrelevância para os torcedores. Entretanto, na edição deste ano, a liga cresceu, ganhou visibilidade e garantiu um prêmio de 6 milhões de reais ao grande campeão (12x maior ao do ano anterior de 500 mil reais). Quantia esta que seria muito bem-vinda para os todos os clubes participantes da liga, principalmente àquele que não vive um momento financeiro desejado.
Ontem, 30 de agosto, o Fluminense foi à Londrina enfrentar o time da casa para disputar uma das vagas nas semi-finais da Primeira Liga. Porém, a sensação de quem assistiu o jogo foi de um time completamente desinteressado, desmedido, desbotado, sem as três cores que traduzem a sua tradição.
Com cinco titulares e Sornoza, que voltava após mais de 3 meses fora do time, imaginava-se que o tricolor não tivesse trabalho para derrotar o time do Londrina (atualmente na Série B do campeonato brasileiro). Contudo, o flu adotou uma postura apática durante toda a partida. Sornoza sem ritmo de jogo e criatividade, não foi capaz de alimentar o ataque tricolor o qual teve muita dificuldade para furar a retranca adversária.
O time paranaense se fechava o máximo que podia e saía nos contra-ataques em velocidade. Em uma jogada avulsa do time londrinense, Celsinho, meia atacante, proporcionou um belo lance individual e passou a bola para Carlos Henrique que dividiu com o goleiro Júlio César, ganhou a disputa e estufou a rede tricolor, abrindo o placar para o time da casa, aos 41 minutos do primeiro tempo.
No segundo tempo, como se já não bastasse a carência na criação de jogadas na primeira etapa o técnico Abel Braga substituiu Sornoza e iniciou o processo de desorganização tática da equipe. Com tentativas falhas a cada substituição, Abel só conseguiu aumentar o desentrosamento entre os jogadores que pareciam não saber o que fazer com a bola.
O Londrina acumulava chances perdidas e estava bem perto de ampliar o placar para cima do Fluminense, até que Carlos Henrique, após rebote do goleiro, marcou seu segundo gol na partida e decretou a eliminação do flu na Primeira Liga.
Vexame, essa é a palavra que paira nos ares do CT do Fluminense nessa semana. Uma eliminação inconcebível tendo em vista a grande crise financeira pela qual passa o clube e a total abdicação da conquista de um bicampeonato que poderia dar um retorno de 6 milhões de reais à instituição.
ST
Caio Ramos
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