Mas bom, tudo muda. Hoje nem elenco titular temos. Por mais que o presidente tenha feito coisas que fizeram com que o orgulho, a hegemonia fossem estabelecidos de forma permanente, este ano foi decepção total. Era de se esperar que após um campeonato onde a equipe terminou praticamente invicta, perdendo apenas um único jogo, o presidente aprendesse com os erros, os jogadores entendessem o motivo maior da torcida, mas não. Isso foi ilusão.
Hoje estamos perto de jogar uma década fora, uma hegemonia fora. Cinco estaduais em seis anos, é algo surpreendente. Mas não houve sequer uma evolução. Quartas de final de Copa do Nordeste? Conseguimos chegar na final em 1994. Série B? Poupe-nos, as melhores campanhas foram em 1997 e 2001. Copa do Brasil? O máximo que conseguimos chegar foi em uma 2ª fase.
Pedimos muito mais que um estadual, queremos expandir nossa marca. Ficar ganhando estadual e se contentando por isso não vai fazer do CRB um clube que atraia patrocínios maiores, jogadores mais renomados e que querem crescer futebolisticamente, ou até mesmo, em um futuro próximo, receber jogadores de seleção ou até aqueles com carreira vencedora e que querem jogar uns cinco ou seis anos no clube para encerrar carreira.
Nos contentamos com Zé Carlos, Chulapa e outros que retornaram, fizeram uma graça, mas nunca conquistaram algo que ninguém conquistou.
Sabe o motivo de fazermos Olívio um ídolo? Ele aceitou, ele insistiu, ele se entregou pelo clube. E como ele conseguiu isso? Sendo apenas regular, isso mesmo. Não sendo um craque, não sendo um jogador decisivo.
O jogo
A parte chata é saber que a equipe vai entrar em campo para perder. Não foi diferente diante do Vila Nova. Hoje em Goiânia, os atletas do CRB fizeram uma partida catastrófica no Serra Dourada. Um, dois, três a zero. Alípio, Alemão e Alan Mineiro. É até engraçado ver o nome dos jogadores que fizeram os gols.
O clube esteve perto da Série A em três oportunidades, ano passado o Vila ajudou a tirar um acesso quase certo. Hoje não deu pro CRB fazer igual. Olhando o nome dos três jogadores, a inicial é algo que o Regatas jamais busca como obsessão. A, A, A. Isto mesmo, três vezes chegamos perto, três vezes não conseguimos.
Audálio, Gabriel, Marcos Martins. Outro trio que sinceramente, não merecem nem voltar para Maceió. É uma pena realmente, fica até chato para o jogador em não admitir publicamente que erra, que deve mudar, que precisa jogar diferente, precisa se entregar em campo.
Foto: Globo |
Presidente, é o melhor emprego do mundo. Treinar perto da praia, receber em dia, não haver cobrança por parte da diretoria. Eles querem isso. No final do ano acaba o contrato, assinam com um clube paulista, como de preferência da maioria, e vão jogar buscando contrato com um clube da Série B.
Na partida de hoje, Alan Mineiro foi destaque do Vila Nova. Este mesmo foi especulado antes do início da Série B, mas por pouca diferença no salário proposto por diretoria e pedido por atleta, a diretoria não quis. Esta que paga uma quantia enorme para jogadores que nem são relacionados. Contra o Londrina é esperar uma atitude melhor, não dá, realmente, não dá. Hoje contra o Vila Nova precisa parar por hoje. Não tem como ter sequência.
Ficha técnica
Vila Nova 3 x 0 CRB
Data: 26/09/2017
Horário: 20h30 (de Brasília)
Estádio: Serra Dourada
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo (SP)
Assistentes: Hermam Brumel Vani (SP) e Vitor Carmona Metestaine (SP)
4ª árbitro: Breno Vieira Souza (GO)
VILA NOVA: Luís Carlos; Maguinho, Alemão, Wesley Matos e Gastón; PH, Geovane e Alan Mineiro; Alípio (Claudinei), Lourency (Tiago Adan) e Mateus Anderson (Léo Rodrigues). Técnico: Hemerson Maria.
CRB: Edson Kollin; Marcos Martins, Audálio, Gabriel e Diego; Adriano, Tinga (Pablo), Tony e Chico (Rodolfo); Danilo e Neto Baiano (Marion). Técnico: Mazola Júnior.
Próximo jogo
Boaventura volta ao time titular. Não se sabe a situação do jogador Adalberto. O próximo jogo será contra o Londrina na sexta-feira (29) no Estádio do Café em Londrina, Paraná. Ambas as equipes lutam contra o descenso.
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