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Olha o Z-4 aí!

Em seu último jogo da sequência de 4 partidas decisivas que o Fluminense tinha pela frente, talvez este fosse aquele que o tricolor encarasse maior dificuldade. Além do ótimo início de trabalho de Paulo César Carpegiani, o time baiano vinha de vitória sobre seu maior rival na última rodada e numa sequência de boas apresentações.

No outro lado, o Fluminense vinha de duas derrotas e precisava de uma reabilitação para respirar na tabela. Além desses fatores, o flu fazia a estréia de sua nova terceira camisa com seu mais novo patrocinador master. A expectativa era de um grande jogo, porém os quase 13000 torcedores que acompanharam a partida no Maracanã se decepcionaram, de novo.

No primeiro tempo, qualquer planejamento tático feito pelo técnico Abel Braga foi completamente desconstruído pelo gol marcado pelo time baiano logo aos 3 minutos de jogo.


Em seu primeiro ataque na partida, o Bahia, puxado por Zé Rafael, armava o contra-ataque e, após um belo drible do meio-campista baiano, o campo estava completamente aberto, desprotegido, com a linha de zaga adiantada, livre para o excelente meia do Bahia tocar para Edigar Junio que empurrou a bola, sem dificuldade, para o fundo da rede.

A partir daí, o Fluminense entrou num processo de ansiedade misturado com nervosismo, não apresentava sequer uma jogada bem trabalhada, desperdiçava bolas por pura displicência. As decisões erradas somadas às precipitações por parte de todos os jogadores do ataque tricolor tornaram os arremessos de lateral as chances mais perigosas "criadas" pelo flu.
Com a vantagem nas mãos, o time comandado por Carpegiani se retrancou e dava espaços para o Fluminense que forçava as bolas em direção a Henrique Dourado que vivia uma péssima tarde e não era capaz de dominar uma bola muito menos acertar um passe. Além disso, o outro atacante tricolor, Marcos Jr. era o símbolo de intranquilidade da equipe dentro de campo, ou seja, o tricolor carioca sofria com a falta de peças para ameaçar o gol defendido por Jean.

Em um ataque mais consciente do tricolor, Marlon, em uma das poucas oportunidades que teve para cruzar, lançou a bola na área e contou com uma trapalhada dos zagueiros do Bahia para que a bola chegasse até Gustavo Scarpa, que cortou o defensor e bateu cruzado sem chances para Jean, empatando a partida aos 33 minutos.
Após o gol de empate, o flu esboçava uma pressão para conseguir o gol da virada no primeiro tempo, contudo ainda apresentava aquela mesma postura nervosa e impaciente, livrando-se da bola seja finalizando sem a mínima chance de acertar o gol, seja forçando lançamentos inapeláveis.
No segundo tempo, o roteiro da partida já estava claro: ataque contra defesa. E assim foi. Desde o primeiro instante, o flu tomava a iniciativa das jogadas. Wellington Silva (que entrou no lugar de Marcos Jr.) deu mais mobilidade à equipe e ajudou na criação de jogadas. Apesar do melhor rendimento do time em comparação aos primeiros 45 minutos de jogo, o Bahia ainda conseguia se fechar e afastar as bolas sem muitas dificuldades. O tempo ia passando e o time baiano seguia com sua retranca bem postada, sem dar brechas ao flu. A paciência tanto da torcida quanto de Abel Braga se esvaía a cada passe errado, bola perdida ou uma mínima passividade.
Praticamente no último lance da partida, Wellington Silva recebeu a bola pela esquerda na ponta da área, rabiscou para dentro e chutou forte, mas sem direção, desperdiçando o gol que daria a vitória ao time tricolor e daria mais tranquilidade para o seguimento do campeonato.
Com o empate, o Fluminense cai mais uma posição na tabela. Agora em 14º a 4 pontos da zona de rebaixamento, o flu tem pela frente mais dois confrontos decisivos: o clássico contra o Botafogo e depois o famoso jogo de 6 pontos contra o Coritiba. Tudo isso sem esquecer do próximo jogo no meio da semana contra o Flamengo, válido pela Copa Sul-Americana que, aparentemente, continua sendo prioridade por mais que sua conquista seja totalmente inviável.
Foto retirada do Fluminense - GloboEsporte
ST,
Caio Ramos

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