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Segue o tabu

Já eram 8 jogos de invencibilidade, uma sina que se iniciou em 2013 e que se perpetua até este ano. Um retrospecto de 3 empates e 5 derrotas, com direito a goleada em pleno Maracanã de 1x4.

Ontem, depois de duas vitórias seguidas sobre concorrentes diretos na luta para permanecer na primeira divisão do campeonato brasileiro, o Fluminense foi a Chapecó para enfrentar seu maior algoz dos últimos anos, em busca do definitivo
afastamento da zona da degola. Ou pelo menos deveria.

No primeiro tempo, qualquer tipo de instrução tática dada pelo técnico Abel Braga foi por água abaixo logo aos 3 minutos de jogo quando Arthur Caique abriu o placar ao cabecear uma bola levantada pelo Lateral Reinaldo dentro da pequena área.

Após o gol sofrido, o Fluminense se viu obrigado a tomar a iniciativa do jogo e obteve maior posse de bola durante os primeiros 45 minutos, porém sem nenhuma objetividade.

A escalação com três volantes e a noite apagadíssima de Gustavo Scarpa impediram o princípio de reação que se formava. Num ataque mais lúcido criado por Wendel em jogada individual, Pedro (que substituiu Henrique Dourado que fora  poupado) perdeu uma chance cara a cara com o goleiro Jandrei ao deixar escapar a bola de seu domínio.

A ilusória percepção de controle de jogo era sempre posta à prova nas bolas levantadas na área tricolor as quais sempre encontravam jogadores alviverdes que sempre obtinham vantagem dando perigo à meta defendida por Diego Cavalieri.

Na segunda etapa, a manutenção do mesmo time que começara a partida parecia um indício de que a postura do time seria diferente. No entanto, a realidade se mostrou uma réplica do que havia ocorrido na primeira parte do jogo.

Logo no primeiro minuto, após mais uma falha da zaga tricolor Welligton Paulista (jogador emprestado pelo próprio Fluminense à equipe de Chapecó) com um toque de calcanhar definiu o resultado da partida e manteve um tabu que já dura 5 anos.

O restante do jogo foi indigno de qualquer comentário, os dois times já tinham a noção de que o jogo estava decidido e não proporcionaram mais momentos relevantes à partida.

Faltando ainda mais um jogo para o encerramento da 30ª rodada, o Fluminense cai para 13º lugar a 5 pontos do Vitória (primeiro time do Z-4) e se distancia ainda mais da tão sonhada vaga na libertadores.

A expectativa é de que a estratégia de Abel Braga ao poupar os jogadores para a partida decisiva na quarta-feira pela Sul-Americana contra o Flamengo seja recompensada e que a derrota no jogo de hoje não passe de um "tropeço calculado".

Contudo, resta o questionamento: em um ano de crise financeira, de gafes administrativos, falta de elenco, patrocinador master, etc. Será que a prioridade realmente deve ser a Copa Sul-Americana? A permanência na Série A do campeonato brasileiro está assegurada a ponto de jogarmos pontos fora?

ST
Caio Ramos

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