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Análise técnico-tática; Juventus estuda mas reprova no teste Sampdoria

Bernardeschi deu bons passes, porém teste não rendeu devidos frutos (foto: Juventus.com)
Com a data FIFA pra lá de dramática para a azzurra, o retorno da Serie A foi um alento para o coração dos apaixonados por futebol no e pelo território italiano. No domingo, a Juve ia colocar a prova o que foi estudado ao longo da semana para enfrentar a Sampdoria que vinha de quatro vitórias e um empate, que havia vencido todas as partidas feitas em seus domínios pelo torneio até então. A squadra comandada por Max Allegri fez o dever de casa, caprichou nas anotações e nos estudos, mas na hora da prova... o blackout se repetiu e a derrota foi dura. Mas como foi esse processo? Ponto a ponto a correção dessa prova.

A Sampdoria é uma equipe que joga e deixa jogar em pontos importantes. Marca centralmente com defesa e pressão alta, porém como o cobertor não se estica, as bolas nas costas e contra ataques que passam pela linha intermediária tendem a gerar chances de gol muito nítidas. O 4-2-3-1 de Allegri contra o 4-3-1-2 de Giampaolo se viram frente a frente com Pjanic marcado em grande parte por Ramírez e um dos três do meio (Praet, Barreto e Torreira) sempre flutuando entre bósnio e Khedira que tinha a marcação natural dos restantes do setor enquanto Quagliarella e Zapata ficavam mais na zona central da intermediária defensiva da Juve sobre Rugani e Chiellini, com espaço dos lados para Lichtsteiner e Asamoah que não são criadores de jogadas, mas a Juve se saia bem com a qualidade que sempre deve coexistir, isso fez com que Mandzukic e Cuadrado transitassem com espaço sobretudo no lado de Strinic que viu o colombiano criar e correr muito nas suas costas, com a Velha Senhora tendo ocasiões claras de gol com Higuain (desviada por Silvestre) e Cuadrado (defendido por Viviano com as costas), além de outras oportunidades criadas mais uma vez não finalizadas como se devesse, enquanto os locais não fizeram nada, marcados e não conseguindo ficar em superioridade numérica no setor ofensivo já que o jogo estava sob controle dos bianconeri (defensivamente a Juve jogava no já firme 4-4-1-1 com Higuain e Bernardeschi [desta vez] marcando a saída dos zagueiros adversários enquanto os alas não liberavam os laterais, porém o meio estava menos compacto e permitiu troca de passes dos blucherchiati mesmo na metade de campo do adversário).

Na segunda etapa com os mesmos 22 em campo a coisa mudou depois de cinco minutos e a Sampdoria conseguiu desfrutar de uma bola não rifada pela defesa da Juventus e um 1 contra 1 na bola aérea de Lichtsteiner que foi facilmente batido pelo colombiano Zapata, os visitantes fizeram logo o gol que rumou pro andamento do seguinte fato: A Velha Senhora não soube aumentar a intensidade e errou muito enquanto forçava jogadas individuais e bolas longas pra evitar a forte defesa compacta e centralizada da Sampdoria mas não era efetiva sobretudo na finalização dos lances quando conseguia acertar o passe. A falta de compactação e equilíbrio fez com que o time de Turim perdesse outra grande chance de gol (3 contra 1) e em seguida tomasse o segundo tento: Torreira tendo espaço para fazer o segundo chutando de fora da área e Ferrari o terceiro antes do pênalti sofrido por Douglas Costas (convertido por Higuain) e o chute cruzado de Dybala descontassem no placar no finzinho mas que não impediram a derrota por 3 a 2.

Ainda em busca da intensidade justa, a Juve fica a - 4 do Napoli na tabela de classificação e agora pensa no Barcelona pela UEFA Champions League, mas a falta de concentração e relaxamento defensivo, sobretudo do meio pra frente tem gerado debates entre torcedores da atual hexa campeã italiana. Afinal, o que está acontecendo? E a reação dos jogadores? Allegri mais uma vez viu bem as falhas dos adversários mas a execução de novo não foi boa na prática os três pontos não vieram...

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