ApĂ³s a dĂ©cima quarta rodada
da Série A e cinco rodadas da fase de grupos da UEFA Champions League, nos
aproximamos da metade da temporada, com ela uma série de questionamentos sobre
um time que domina o territĂ³rio italiano hĂ¡ 6 anos e, agora, vive seu momento
mais instĂ¡vel desde o inĂcio deste domĂnio.
Os Ăºltimos jogos da Juventus
demonstram as instabilidades tĂ©cnicas e tĂ¡ticas pelas quais a equipe passa. Em 19
de novembro uma derrota por 3x2 para a SampdĂ³ria, no Luigi Ferraris, vĂ¡lida
pela 13ª rodada da SĂ©rie A. Em 22 de novembro de 2017 um empate em 0x0 frente
ao Barcelona em casa, pela quinta rodada da UCL e ontem, 26, uma vitĂ³ria por 3x0
em casa, sobre o Crotone, pela 14ª rodada da SĂ©rie A. Muita instabilidade para
um time que almeja tanta coisa.
Desde a Ăºltima temporada o
técnico Massimiliano Allegri muda muito as escalações de um jogo para o outro.
Tais mudanças foram muitas vezes elogiadas por mim aqui no Linha de Fundo, sob
o argumento de que realmente Ă© necessĂ¡rio dar descanso para alguns titulares e
rodagem para alguns reservas.
Entretanto, nesta temporada
nĂ£o Ă© possĂvel escalar os onze jogadores titulares da equipe. Ă“bvio que
qualquer bianconero que acompanha o time saberia dizer onze jogadores titulares
e se aproximaria muito da escalaĂ§Ă£o final, mas existem dĂºvidas em setores chave
para o sucesso da equipe e, dentro de campo, o time parece sentir tais
imprecisões que tĂªm origem no tĂ©cnico e nas lesões (nĂ£o necessariamente nesta
ordem).
A derrota para a SampdĂ³ria
escancarou um nĂºmero alarmante: sĂ£o 14 gols sofridos na SĂ©rie A e cinco gols
sofridos na UCL. Muito para um time que historicamente e em um passado recente
vitorioso, se apoia em uma defesa forte para atingir seus objetivos.
O empate melancĂ³lico para o
Barcelona sacramentou que, no mĂ¡ximo, atingiremos a segunda posiĂ§Ă£o no grupo.
Estava na cara desde a derrota para os catalĂ£es na primeira rodada e se
escancarou no empate com o Sporting, em Lisboa.
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ApĂ³s longa espera, Höwedes conseguiu fazer sua estreia com a camisa da Juventus. Foto: juventus.com |
Outro dado precisa ser acrescentado para amenizar a responsabilidade de Allegri: Alex Sandro e Dybala nĂ£o sĂ£o, de longe, os mesmos jogadores da temporada passada. O brasileiro nĂ£o consegue repetir a constĂ¢ncia da temporada passada que o levou, a meu ver, ser um dos trĂªs melhores jogadores da equipe. Dybala, apĂ³s bom inĂcio de temporada, viu seu futebol desaparecer apĂ³s ida para a seleĂ§Ă£o da Argentina e ter entrado em polĂªmica com declaraĂ§Ă£o sobre como seria atuar ao lado de Lionel Messi.
A vitĂ³ria por 3x0 frente ao
Crotone pouco acrescentou. Novamente atuamos com trĂªs zagueiros, sendo que
Howedes foi a boa novidade do dia. SĂ³. Voltamos a atuar em um esquema que,
salvo uma mudança radical, nĂ£o nos levarĂ¡ a lugar algum, pois todo o
planejamento feito (principalmente com as contratações) foi para atuarmos com
pontas.
De hoje até o dia 23 de
dezembro teremos as seguintes partidas pela frente: Napoli (fora), Olympiacos-GRE
(fora), Inter (casa), Bologna (fora) e Roma (casa).
Essa sequencia de partidas
serĂ¡ fundamental para as ambições da Juventus na sequencia da temporada. O pior
cenĂ¡rio serĂ¡ de poder atĂ© ficar fora da UCL e se afastar de Napoli e Inter pela
briga do tĂtulo e o melhor cenĂ¡rio serĂ¡ confirmar a classificaĂ§Ă£o europeia e se
manter forte na briga pelo tĂtulo italiano (quem sabe atĂ© com a liderança).
Para que esse melhor cenĂ¡rio
aconteça, Allegri deverĂ¡ demonstrar, mais uma vez, sua capacidade de vitĂ³rias e
de montar um time ideal com as peças que estĂ£o disponĂveis. Nesta temporada, atĂ© agora, nĂ£o conseguiu.
Fino alla fine, FORZA
JUVENTUS!
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