O ano de 2017 foi reservado para a glória do Ceará,
estamos falando de uma temporada bem diferente da anterior onde tudo deu certo
e o Vovô carregou mais um tÍtulo estadual e conquistou o seu tão sonhado
acesso. Mesmo com um poder financeiro reduzido (sem cota de Copa do Nordeste) o
planejamento da diretoria foi perfeito, o elenco montado correspondeu dentro de
campo e conseguiu satisfazer à expectativa da torcida. A verdade é que deixamos
de lado a desconfiança que pairava sobre a diretoria e atletas e tivemos como
resultado a recuperação da hegemonia estadual, a vaga na copa do nordeste e o
retorno à elite do futebol brasileiro.
O ano de 2017 foi reservado para as vitórias. FOTO: Davi Maia |
AS COMPETIÇÕES
COPA DA PRIMEIRA LIGA: Não perdeu, mas não ganhou
Sem a Copa do Nordeste no calendário a diretoria
alvinegra conseguiu encontrar uma vaga na Primeira Liga, formando o Grupo B
juntamente com América/MG, Flamengo/RJ e Grêmio/RS a missão do Ceará seria
ficar entre os dois primeiros colocados do grupo e avançar de fase (além de
lucrar algo em torno de R$ 500.000,00). Em campo o time não perdeu, mas não
ganhou, foram três empates e apenas um gol marcado, assim o Vovô acabou a
competição na terceira posição em seu grupo e ficou de fora das quartas de
finais. Vale ressaltar que Flamengo e Grêmio atuaram com time reservas (no caso
do Grêmio até o Sub20) e mesmo assim o alvinegro não logrou êxodo na competição.
1º FASE – Grupo B
América/MG 0 x 0 Ceará – Independência
Ceará 0 x 0 Flamengo – Arena Castelão
Grêmio 1 x 1 Ceará – Arena Grêmio
Ceará não venceu na primeira liga e acabou eliminado na 1ª fase. FOTO: Christian Aleckson/CearáSc |
COPA DO BRASIL: Eliminação e Tensão
O novo formato da Copa do Brasil não favoreceu muitos
times tradicionais, entre eles o Ceará. Em jogo único diante o Boa Vista/RJ na
casa do adversário o alvinegro foi batido com gol no ultimo minuto de pênalti
(mal marcado) que acarretou a eliminação precoce da competição. Somando-se o
futebol altamente defensivo, a insistência com algumas peças como Sandro e
Douglas Baggio a queda na Copa do Brasil foi à gota d’água para Gilmar Dal
Pozzo, demitido após o fatídico episodio do aeroporto.
1º FASE
Boa Vista 1 x 0 Ceará – Elcyr Rezende
Eliminado precocemente na Copa do Brasil, Gilmar Dal Pozzo acabou perdendo o emprego no Ceará. FOTO: Mateus Dantas/OPOVO |
CAMPEONATO CEARENSE: A Redenção
A missão do Ceará no campeonato estadual era apagar a
mancha de 2016 voltando para a Copa do Nordeste e levar a 44ª taça para
Porangabussu, com um novo regulamento o confuso certame iniciou-se para o vovô
no dia 18/01 na vitoria por 2 a 0 diante o Maranguape no Estádio Domingão. A
desconfiança do torcedor que já era grande aumentou após a derrota (e única) no
clássico rei, mesmo com resultados positivos a produção ofensiva do time de
Gilmar Dal Pozzo era bastante questionada, o treinador não aguentou e caiu
antes mesmo do final da primeira fase. Sai Gilmar, vem Givanildo Oliveira e seu
estilo peculiar que deu resultado, em oito partidas no estadual (sendo sete na
fase decisiva) nenhuma derrota e a conquista da taça. Os destaques do time no
campeonato ficaram por conta da dupla de zaga Rafael Pereira e Luis Otávio, do
volante Raul e do artilheiro Magno Alves que alcançou a marca de 100 gols
marcados com a camisa alvinegra.
POSIÇÃO: 1º
JOGOS: 16
VITÓRIAS: 12
EMPATES: 3
DERROTAS: 1
GP: 25
GC: 7
SALDO: 18
APROVEITAMENTO (%): 81,3%
1º FASE
Maranguape 0 x 2 Ceará – Estádio Domingão
Fortaleza 1 x 0 Ceará – Arena Castelão
Ceará 2 x 1 Guarany de Sobral – Arena Castelão
Ceará 1 x 0 Tiradentes – Arena Castelão
Ceará 1 x 0 Ferroviário – Arena Castelão
Ceará 2 x 0 Horizonte – Arena Castelão
Itapipoca 1 x 1 Ceará – Perilo Teixeira
Guarani de Juazeiro 0 x 1 Ceará – Romeirão
Uniclinic 2 x 2 Ceará – Arena Castelão
QUARTAS DE FINAIS
Uniclinic 1 x 3 Ceará – Arena Castelão
Ceará 4 x 1 Uniclinic – Arena Castelão
SEMIFINAIS
Guarani de Juazeiro 0 x 0 Ceará – Romeirão
Ceará 2 x 0 Guarani de Juazeiro – Arena Castelão
Ceará 1 x 0 Guarani de Juazeiro – Arena Castelão
FINAIS
Ferroviário 0 x 1 Ceará – Arena Castelão
Ceará 2 x 0 Ferroviário – Arena Castelão
Jovem Raul foi um dos destaques do time campeão cearense. FOTO: Bruno Aragão/CearáSc |
CAMPEONATO BRASILEIRO
SÉRIE B: A Glória
No inicio da Série B o Ceará ficou bem aquém do esperado, afinal não
encaixávamos uma boa sequencia de resultados. A soma de problemas ofensivos que
se arrastava desde o estadual e as mudanças de Givanildo não surtirem efeito
fez o treinador ser demitido logo após o empate frustrante com a Luverdense na
Arena Castelão. Já na metade do primeiro turno a diretoria aposta às fichas em
Marcelo Chamusca vindo escorraçado do Paysandu, logo na sua estreia uma vitoria
animadora, mas nada da tão sonhada sequencia de bons resultados. O trabalho de
Chamusca começou a aparecer e quatro vitorias em sequencia também, isso na
equilibrada segundona fez o Ceará sair do meio da tabela ao G4 da competição.
Começava o segundo turno e o torcedor que já sofreu até demais em campeonatos
anteriores temia o pior, o inicio foi aos trancos e barrancos, nos cinco
primeiros jogos do returno foram duas vitórias, duas derrotas e um empate.
A partir desse momento tudo mudou, o grupo ficou unido de uma forma
espetacular e engatou nove partidas sem saber o que é derrota, venceu todos os
confrontos diretos contra a turma do G4 (Até do todo poderoso Internacional no
Beira Rio) e o torcedor finalmente entendeu que esse ano a história seria
diferente. A glória que bateu na nossa porta por três vezes e foi embora
finalmente chegou para ficar, após a vitória diante o Paysandu o acesso era
questão de tempo e esse foi sacramentado antes mesmo do inicio da partida
contra o Criciúma.
POSIÇÃO: 3º
JOGOS: 38
VITÓRIAS: 19
EMPATES: 10
DERROTAS: 9
GP: 46
GC: 32
SALDO: 14
APROVEITAMENTO (%): 58,8%
1º TURNO
CRB 1 x 0 Ceará – Rei Pelé
Ceará 0 x 0 Boa – Presidente Vargas
Náutico 0 x 2 Ceará – Arena Pernambuco
Ceará 1 x 0 Londrina – Arena Castelão
América/MG 1 x 0 Ceará – Independência
Brasil 2 x 3 Ceará – Bento Freitas
Ceará 1 x 3 Santa Cruz – Arena Castelão
Ceará 1 x 1 Luverdense – Arena Castelão
Vila Nova 1 x 1 Ceará – Serra Dourada
Ceará 3 x 0 Oeste – Presidente Vargas
Paraná 1 x 0 Ceará – Vila Capanema
Figueirense 0 x 2 Ceará – Orlando Scarpelli
Ceará 0 x 2 Internacional – Arena Castelão
Ceará 2 x 0 Juventude – Arena Castelão
Guarani 2 x 2 Ceará – Brinco de Ouro
Ceará 0 x 1 Goiás – Arena Castelão
Paysandu 1 x 2 Ceará – Mangueirão
Ceará 3 x 1 Criciúma – Arena Castelão
Abc 0 x 1 Ceará - Frasqueirão
2º TURNO
Ceará 1 x 0 CRB – Arena Castelão
Boa 4 x 1 Ceará – Dilzon Melo
Ceará 1 x 0 Náutico – Presidente Vargas
Londrina 3 x 2 Ceará – Estádio do Café
Ceará 1 x 1 América/MG – Arena Castelão
Ceará 2 x 1 Brasil – Arena Castelão
Santa Cruz 0 x 0 Ceará – Arruda
Luverdense 0 x 1 Ceará – Passo das Emas
Ceará 2 x 0 Vila Nova – Arena Castelão
Oeste 0 x 1 Ceará – Arena Barueri
Ceará 1 x 0 Paraná – Arena Castelão
Ceará 2 x 2 Figueirense – Arena Castelão
Internacional 0 x 1 Ceará – Beira Rio
Juventude 1 x 0 Ceará – Alfredo Jaconi
Ceará 2 x 2 Guarani – Arena Castelão
Goiás 0 x 0 Ceará – Serra Dourada
Ceará 2 x 0 Paysandu – Arena Castelão
Criciúma 1 x 1 Ceará – Heriberto Hulse
Ceará 1 x 0 Abc – Arena Castelão
Depois de tentativas frustadas o Ceará conseguiu o acesso a primeira divisão. FOTO: Diario do Nordeste |
TAÇA FARES LOPES: Reservas para que te quero
A diretoria e comissão técnica viram na Taça Fares
Lopes a oportunidade de alguns jogadores reservas ganharem ritmo de jogo, bem
como utilizar as pratas da casa. Comandados pelos treinadores interinos Daniel
Azambuja e Erisson Matias na primeira fase foram quatro partidas com duas
vitórias, um empate e uma derrota. Esse desempenho garantiu o alvinegro na
próxima fase, o adversário seria o maior rival e o empate no primeiro jogo e a
derrota no segundo eliminaram o Ceará da competição.
JOGOS: 6
VITÓRIAS: 2
EMPATES: 2
DERROTAS: 2
GP: 5
GC: 3
SALDO: 2
APROVEITAMENTO (%): 53,3%
Utilizando o time reserva, Ceará acabou caindo nas quartas de finais da Taça Fares Lopes. FOTO: Bruno Moraes/CearáSc |
1º FASE
Ceará 2 x 0 Tiradentes – Presidente Vargas
Caucaia 0 x 0 Ceará – Presidente Vargas
Ceará 2 x 0 Horizonte – Arena Castelão
Icasa 2 x 0 Ceará – Romeirão
QUARTAS DE FINAIS
Fortaleza 1 x 1 Ceará – Arena Castelão
Ceará 1 x 2 Fortaleza – Arena Castelão
OS TREINADORES
Três treinadores com perfis bem diferentes, mas que ajudaram a equipe na temporada. FOTO: Davi Maia |
Gilmar Dal Pozzo
Foi o escolhido para iniciar a temporada, com um
estilo de jogo bastante defensivo teve seu trabalho contestado tanto pela
apatia do ataque alvinegro e pela insistência com jogadores que não mereciam
está entre os titulares. O treinador perdeu apenas dois jogos em sua passagem
pelo Ceará, mas foram duas derrotas desgastantes, um clássico rei e para o Boa
Vista/Rj pela Copa do Brasil. Sua demissão ocorreu após a lamentável cena do
aeroporto, onde alguns “torcedores’’ ameaçaram o então treinador alvinegro.
JOGOS: 9 (7 pelo estadual, 1 pela Primeira Liga e 1
pela Copa do Brasil)
VITÓRIAS: 5 (Pelo estadual)
EMPATES: 2 (1 pelo Estadual e 1 pela Primeira Liga)
DERROTAS: 2 (1 pelo Estadual e 1 pela Copa do Brasil)
GP: 9
GC: 4
SALDO: 5
APROVEITAMENTO (%): 63%
Givanildo Oliveira
O famoso “Rei do acesso” chegou com a missão de fazer
o time alvinegro vencer e convencer, durante o restante do estadual com o seu
comando o Vovô não soube o que foi perder e garantiu mais titulo para o vasto
currículo do treinador. Na Série B o time oscilou bastante e as mudanças não
surtiram o efeito esperado, resultado disso foi a demissão de Givanildo após
uma sequencia de maus resultados em casa (Derrota para Santa Cruz e empate
contra a Luverdense).
JOGOS: 18 (8 pelo Estadual, 2 pela Primeira Liga e 8
pelo Brasileiro)
VITORIAS: 9 (6 pelo Estadual e 3 pelo Brasileiro)
EMPATES: 6 (2 pelo Estadual, 2 pela Primeira Liga e 2
pelo Brasileiro)
DERROTAS: 3 (Pelo Brasileiro)
GP: 24
GC: 13
SALDO: 11
APROVEITAMENTO (%): 61,1%
Marcelo Chamusca
Em um momento instável na competição a diretoria
apostou em Marcelo Chamusca para assumir o comando técnico do Ceará, mesmo com
a desconfiança de boa parte do torcedor aos poucos o trabalho do treinador foi
aparecendo e o time conseguiu terminar o primeiro turno no G-4 do campeonato.
No returno os seus comandados conseguiram vencer seus confrontos diretos e
consolidar na briga pelo acesso, a desconfiança em seu nome deu lugar ao
respeito ao único treinador que alcançou acessos em todas as séries do futebol
brasileiro.
JOGOS: 29 (Pelo Brasileiro)
VITÓRIAS: 16
EMPATES: 7
DERROTAS: 6
GP: 37
GC: 23
SALDO: 14
APROVEITAMENTO (%): 63,2%
OS INTERINOS
Os interinos foram bastante utilizados na temporada, principalmente na Fares Lopes. FOTO: Davi Maia |
O Ceará utilizou dois treinadores interinos na
temporada, Daniel Azambuja que comandou o alvinegro na Taça Fares Lopes e em
duas partidas pós-demissões de Dal Pozzo e Givanildo respectivamente, além de
Erisson Matias que treinou o alvinegro em apenas um jogo.
Daniel Azambuja
JOGOS: 7 (1 pelo Estadual, 1 pelo Brasileiro e 5 pela
Taça Fares Lopes)
VITORIAS: 3 (1 pelo Estadual e 2 pela Fares Lopes)
EMPATES: 2 (1 pelo Brasileiro e 1 pela Fares Lopes)
DERROTAS: 2 (Pela Fares Lopes)
GP: 8
GC: 6
SALDO: 2
APROVEITAMENTO (%): 52,4%
Erisson Matias
JOGOS: 1 (Pela Fares Lopes)
VITORIAS: 0
EMPATES: 1
DERROTAS: 0
GP: 0
GC: 0
SALDO: 0
APROVEITAMENTO (%): 33,3%
OS JOGADORES
Em 2017 o Ceará conseguiu montar um grupo de jogadores
qualificados e uma base que conseguiu o acesso no Campeonato Brasileiro, a
chegada de Marcelo Segurado foi um dos grandes fatores para esse elevado numero
de acertos em aquisições de jogadores. Segue a lista dos atletas que vestiram o
manto alvinegro na temporada:
GOLEIROS (4): Everson, Fernando Henrique, Lauro e
Diego;
LAT. DIREITOS (3): Tiago Cametá, Everton Silva e Pio*;
LAT. ESQUERDOS (4): Romário, Rafael Carioca, Lucas
Siqueira** e Felipe Jonatan (base);
ZAGUEIROS (8): Rafael Pereira, Luiz Otávio, Tiago
Alves, Valdo, Túlio, Sandro, Alan Uchoa e Rômulo (os 2 últimos são da base);
VOLANTES (9): Raul, Richardson, João Marcos, Jackson
Caucaia, Diones, Matheus Trinidade, Piauí, Fernando Silva e Mateus Lira (os 2
últimos são da base);
MEIAS (7): Ricardinho, Pedro Ken, Lima, Felipe
Tontini, Felipe Menezes, Wallace Pernambucano e Maxi Biancucchi;
ATACANTES (19): Magno Alves, Douglas Baggio, Arthur,
Rafinha, Nathan Cachorrão, Victor Rangel, Cafu, Robinho, Maikon Leite, Leandro
Carvalho, Roberto, Elton, Alex Amado, Lele, Rafael Costa, Clemer, Brunão, Tiago
Cunha e Eduardo (os 4 últimos são da base).
* Pio joga como lateral direito e volante;
** Lucas foi contratado como lateral esquerdo, mas
também joga de volante.
Maxi Bianccuchi foi tão apagado como seu irmão em 2016, produziu bem aquém do esperado. FOTO: Evilasio Bezerra/Opovo |
OPINIÃO DA GALERA
Convidei alguns amigos para mostrarem seus
pontos de vistas sobre a temporada do alvinegro, para isso cada um respondeu
dez perguntas sobre o ano do Ceará, vamos a eles:
Os entrevistados:
Cearamilgrau – Pagina do Facebook sobre o clube;
João Paulo – Portal Alvinegro;
Mario Henriques – Twitteiros alvinegro e estatístico;
Rafaela Brasileiro – Meu Sangue é Alvinegro;
Rodrigo Cavalcante – Repórter
Thales Girão – Twitteiros Alvinegros.
1. Quem foi o melhor jogador (o cara) da temporada 2017?
Cearamilgrau: Se contar pela Série B, que foi o objetivo principal do ano, o Lima
sem dúvidas foi "o cara". Mas pra mim, na temporada, o Richardson foi
a peça fundamental desse elenco. O jogador mais regular durante a temporada;
João Paulo: Se fosse contabilizar apenas a Série B, certamente teríamos uma
disputa mais acirrada. Mas como é sobre a temporada inteira, acredito que
nenhum jogador tenha se destacado tanto quanto o Richardson;
Mario Henriques: Acho que “o cara” do ano não foi um jogador. Diria
que Robinson merece todos os louros por esse ano vitorioso. Sempre muito
criticado, deu a volta por cima e fez o que todos achavam impossível. Teve
também Chamusca, outro que chegou em meio a dúvidas e colocou seu nome na
história. Para eleger um jogador, escolho o Éverson. Em 2015, nos salvou de um
rebaixamento. 2016 fez uma temporada excelente. Diria que 2017 fez uma
temporada mágica. E seu choro no pré-jogo contra o Criciúma mostra o quanto
esse atleta tem um enorme potencial para ídolo;
Rafaela Brasileiro: Richardson;
Rodrigo Cavalcante: Pedro Ken, ele é um jogador diferenciado e que tem
muitos acessos na carreira, além de ter dado outro patamar ao meio campo do
Ceará;
Thales Girão: Lima (só conquistamos nosso principal objetivo por causa dele).
2. Quem foi o pior jogador
(decepção) alvinegro na temporada 2017?
Cearamilgrau: Acho que o Maxi Biancucchi foi uma das maiores decepções da temporada,
se não for a maior. Botei muita fé, assim como boa parte da torcida alvinegra,
ele já tinha feito temporadas muito boas por Vitória e Bahia, mas aqui no Vozão
o argentino conseguiu desempenhar um futebol digno de pena. Acho que o
argentino não durou nem três meses por aqui;
João Paulo: Tiago Cametá. Não que seja um grande jogador, há defeitos e todos nos
conhecemos. Mas fez uma temporada muito aquém, dentro e fora de campo;
Mario Henriques: Em decepção do ano não há como não escolher Tiago
Cametá. Com um início muito bom no cearense e até mesmo na Série B, ele dava a
entender que finalmente conseguiria deixar de ser aquele lateral que só faz
correr para se tornar uma peça importante. Com a queda do rendimento dentro de
campo veio a fora dele (ou ao contrário?) e o que vimos foi um descompromisso
que poderia ter prejudicado o objetivo principal do time;
Rafaela Brasileiro: Maxi Biancucchi. Chegou como um “astro” e não jogou
o esperado;
Rodrigo Cavalcante: Alguns jogadores poderiam ter rendido mais, pra mim
foi o Rafael Carioca. No Paraná foi um dos melhores laterais da Série B do ano
passado (2016), sempre foi muito ofensivo e com muita capacidade técnica, muito
drible, muitos passes certos e aqui ele errou demais. Teve algumas boas
atuações, fez gols importantíssimos como o da vitoria contra o Brasil/RS, mas
creio que ele poderia ter sido mais ativo e titular;
Thales Girão: Cametá (pelo papelão que fez).
Com futebol questionável e problemas extracampo, lateral Tiago Cametá não agradou na temporada 2017. FOTO: Julio Caesar/Opovo |
3. Para você(s) qual é a melhor
formação do Ceará na temporada 2017?
Cearamilgrau: Everson, Pio, Rafael Pereira, Luiz Otávio e Romário, Richardson, Ken e
Ricardinho, Lima, Maikon Leite e Elton. Acredito até que o Maikon deveria ter
ganhado mais oportunidades, mas vida que segue, deu tudo certo;
João Paulo: Everson, Richardson, Rafael Pereira, Luiz Otávio, Romário, Raul, Pedro
Ken, Ricardinho, Lima, Leandro Carvalho e Elton;
Mario Henriques: Chamusca fez com que tivéssemos 12 titulares na reta
final, mas optar por não escalar o trio de volantes seria uma tremenda
injustiça. Portanto, melhor onze vai no 4-3-3 com Richardson na
lateral.Everson, Richardson, Rafael Pereira, Luiz Otávio, Romário, Raul, Pedro
Ken, Ricardinho, Lima, Leandro Carvalho e Elton;
Rafaela Brasileiro: Éverson, Richardson, Rafael Pereira, Luiz Otávio e
Romário; Raul, Pedro Ken e Ricardinho; Lima, Leandro Carvalho e Elton;
Rodrigo Cavalcante: Marcelo Chamusca achou muito bem essa formação e
também repetiria muito ela se fosse o treinador: Everson, Tiago Cametá, Rafael
Pereira, Luiz Otávio, Romário, Richardson, Pedro Ken, Ricardinho, Lima, Leandro
Carvalho e Elton;
Thales Girão: Everson; Richardson, RP, LO e Romário; Raul, Ken, Ricardinho e Lima;
Carvalho e Elton.
4. Qual foi o melhor momento do Ceará em 2017? E o pior?
Cearamilgrau: O melhor momento foi na Série B, mas precisamente na época em que o
Lima chegou e com ele o time cresceu. Mas vale ressaltar o momento final do
campeonato, com vitórias importantes sobre Oeste, Inter e Paysandu. O pior foi
ainda em Janeiro, 2ª rodada do Cearense, na derrota para o rival. Perder para o
rival não é bom e logo no começo da temporada, gerou uma desconfiança do elenco
e principalmente do treinador (Dal Pozzo), que logo depois foi demitido;
João Paulo: O melhor, sem duvidas, foi o final da temporada com a coroação do
acesso. O pior certamente foi a eliminação na Copa do Brasil, que gerou um
enorme mal estar e culminou na saída do técnico Gilmar Dal Pozzo;
Mario Henriques: Melhor momento sem dúvida foi o acesso, engasgado na
garganta do torcedor desde 2013, quando por poucos não subimos. Continuamos no
perrengue em 2014 e 2016, e em 2015 por pouco não amargamos o inferno. O pior
momento se deu na eliminação da Copa do Brasil da forma vexatória que foi,
seguido daquela agressão ao Gilmar. Pareceu que tudo degringolaria ali mesmo;
Rafaela Brasileiro: Melhor foi o acesso e pior a eliminação na Copa do
Brasil;
Rodrigo Cavalcante: O melhor foi a reta final da Série B, importante
aquele momento que o time passou vários jogos vencendo e com vitorias
consistentes fora de casa. Já o pior foi a saída do Dal Pozzo, foi muito feio o
que aconteceu, o treinador fazia um péssimo trabalho, mas não deveria ter saído
da forma que saiu, traumática para ambas as partes;
Thales Girão: Aquela sequência invicta do Ceará na Série B; Desclassificação contra
o Boavista.
5. Qual foi o gol mais bonito da
temporada?
Cearamilgrau: O do Pio contra o Paysandu foi espetacular, um dos gols mais bonitos
que já presenciei na Arena;
João Paulo: É difícil lembrar-se de cabeça, tivemos alguns gols bonitos. Eu
citaria o gol do Ricardinho diante o Brasil/RS, pela plástica e importância, o
contexto foi espetacular;
Mario Henriques: Tanto pela plástica, quanto pelo seu autor, além do
momento em que ocorreu. Gol do Ricardinho contra o Brasil de Pelotas foi uma
pintura e bastante emblemático;
Rafaela Brasileiro: Pio contra o Figueirense. Gol muito bonito e muito
importante;
Rodrigo Cavalcante: Até pela importância foi o gol contra o
Internacional, o corte que o Lima deu no zagueiro ele tá procurando o Lima até
agora no Beira Rio e o Elton complementou em um belo gol;
Thales Girão: Pio, contra o Paysandu.
6. Qual foi a aquela partida inesquecível desse
ano?
Cearamilgrau: Ceará 2x2 Figueirense. Jogo que
ficará marcada na memória de muitos alvinegros;
João Paulo: Tivemos jogos marcantes,
vitorias imponentes e gols bacanas, mas ao meu ver a vitoria contra o
Internacional em Porto Alegre foi a mais inesquecível;
Mario Henriques: A partida que
funcionou como um divisor de águas foi a já citada contra o Brasil de Pelotas,
no Castelão. Porém, a vitória contra o Inter em pleno Beira-Rio vai ser
inesquecível. Que jogo, que jogadaça do Lima, que defesas do Éverson. Tudo
sensacional;
Rafaela Brasileiro: A partida contra o
Figueirense;
Rodrigo Cavalcante: O jogo contra o
Oeste, dentro da arrancada e na situação do campeonato, pois o resultado deixou
o Ceará com uma situação bem encaminhada, ali vi que o time estava no caminho
certo está sendo bem trilhado e muito provavelmente o Ceará irá subir esse ano,
pois venceu e deixou um concorrente direto para trás;
Thales Girão: Ceará 2 x 2 Figueirense.
7. Em qual momento você(s) acreditaram no acesso
para a 1º Divisão?
Cearamilgrau: Eu sempre fui otimista em
relação ao acesso, desde o começo do campeonato achei que iríamos beliscar uma
das vagas. Mesmo com os tropeços durante a competição, sempre fiquei
esperançoso que uma hora iria dar certo e o time iria engrenar e subir;
João Paulo: Vitorias diante Paraná e Vila
Nova, pela dificuldade do confronto, a sinergia time/torcida e a postura do
time nos dois jogos, foram os dois momentos que tive a certeza que iríamos
subir;
Mario Henriques: O acesso começou a ficar claro quando vencemos o Brasil
de Pelotas de virada (única no ano, diga-se de passagem) no Castelão. A partir
dali Ricardinho virou titular e “o resto é história”;
Rafaela Brasileiro: Com a chegada do
Chamusca e a evolução do time;
Rodrigo Cavalcante: Na vitória diante o
Criciúma, o time encaixou, deu liga, jogou demais e se o Ceará repetisse esse
rendimento em metade do campeonato ele sobe, foi uma grande partida que o
alvinegro fez;
Thales Girão: Depois da vitória contra o
Internacional.
8. Qual é o melhor time: Ceará de 2009 ou Ceará
de 2017?
Cearamilgrau: Difícil dizer, acho que a briga
entre os dois são muito iguais, mas eu fico com o de 2017. Acho um time mais
técnico e com um elenco mais recheado de boas opções;
João Paulo: O de 2009 era encaixe tático e
raça. Esse ano tínhamos a mescla desse time de 2009 alinhada á uma maior
qualidade técnica. Por isso acredito que o deste ano seja melhor;
Mario Henriques: Tecnicamente 2017. Jogadores como
Éverson, Rafael Pereira, Luiz Otávio, Romario, Pedro Ken, Ricardinho, Lima e
Elton são bastante acima da média. Jogam o fino da bola. O time de 2009,
deixando todo o saudosismo de lado, era muito forte taticamente, porém não
tinha um futebol que fizesse frente ao de 2017;
Rafaela Brasileiro: O de 2017;
Rodrigo Cavalcante: Sem sombra de
duvidas o de 2017;
Thales Girão: Ceará de 2017.
9. Qual a sua opinião sobre a diretoria
alvinegra nessa temporada?
Cearamilgrau: Olha, administrativamente
sempre achei o Robinson muito bom. Ele é um gestor, um homem experiente, não é
qualquer um. Mas no quesito futebol, sempre o achei leigo. Com a chegada do
Marcelo Segurado, o Ceará melhorou muito, principalmente na montagem do elenco.
Acho que a diretoria se redimiu dos fracassos dos anos anteriores e esse ano
fez uma temporada perfeita;
João Paulo: Cometeram muitos erros,
principalmente em 2016, mas teve serenidade e frieza para lidar com as criticas
e superar o mau momento com conquistas. Foi um excelente ano;
Mario Henriques: Mesmo com todas as
pancadas que recebeu, focou no objetivo e teve como mantra o trabalho, e nada
mais além disso. Totalmente merecedora do que conseguiu. Merece todos os louros
o Robinson de Castro, segurou a barra, aguentou a pressão, e colocou um time de
massa no seu devido lugar. Todos os parabéns e todas as desculpas do mundo não
seriam suficientes;
Rafaela Brasileiro: Fez uma boa
temporada, trazendo bons jogadores e apostando em jogadores que deram certo. A
aposta no Chamusca foi essencial;
Rodrigo Cavalcante: Presidente Robinson
acertou muito e foi muito merecido esses acertos dele, pois ele já vinha tendo
outros acertos só que a bola resume-se a gol e a rede não estava balançando.
Mas ele soube corrigir, foi bastante correto ai a bola entrou e as
consequências vieram juntas, merecido o trabalho do Robinson de Castro;
Thales Girão: Foram bem sucedidos. Cearense e
acesso
Capitaneados por Robinson de Castro diretoria alvinegra acumulou acertos na temporada. FOTO: Christian Aleckson/CearáSc |
10. Qual o seu pensamento sobre o vovô para o
próximo ano?
Cearamilgrau: Meu pensamento é positivo.
Espero que o Ceará possa se estruturar ainda mais em alguns setores, manter uma
boa base do time que subiu, fazer contratações pontuais e de fato, focar no
Brasileiro e tentar se manter a todo custo. Competições como a Copa do Brasil,
acho que o Ceará deveria deixar para os próximos anos, é uma competição que
desvia muito o foco;
João Paulo: Pés no chão, planejamento e
união. Série A irá requerer ainda mais do clube, torcida, comissão e jogadores.
Temos que ser cirúrgicos nas escolhas, pois o próximo ano tende a ser difícil
pelo nível do brasileirão;
Mario Henriques: Manteria o foco do
primeiro semestre na copa do nordeste, avançaria até onde desse na Copa do
Brasil e é claro que um título do estadual é sempre bem-vindo. O segundo
semestre tem que ser de muita luta na briga pela permanência na Série A.
Qualquer pensamento, além disso, é mero oba-oba ou até delírio;
Rafaela Brasileiro: O Ceará vai ter um
ano muito mais difícil, até porque vamos competir com times com cotas bem
maiores que a nossa, mas que tem tudo pra dar certo fazendo um bom trabalho e
contando com o apoio da torcida em estádio e se associando, que é de imensa
importância;
Rodrigo Cavalcante: O ano mais difícil
da história do clube em uma Série A que os times terão um patamar financeiro
bem maior, onde o time terá uma serie de desafios de campeonatos importantes.
Será um ano vital para o Ceará, porque a permanência na primeira divisão dará
um bom auxilio financeiro (cota do esporte interativo caso o alvinegro esteja
na elite em 2019), assim será o ano mais importante da vida do Ceará. Acredito
que o clube esteja fazendo um bom planejamento, precisa rever algumas situações
em relação a contratações, os atletas que permaneceram são de qualidade, mas
agora é preciso vir jogadores ainda mais qualificados com perfil de Série A,
pois para ficar nela tem que ter esse perfil, tem que pensar como Série A e
trabalhar como ela;
Thales Girão: Um ano vitorioso. Campeão Cearense,
boas campanhas na Copa do Brasil e Copa do Nordeste e permanência na primeira
divisão.
NO GERAL
JOGOS: 64
VITÓRIAS: 33
EMPATES: 18
DERROTAS: 13
GP: 78
GC: 46
SALDO: 32
APROVEITAMENTO (%): 60,9%
COMO MANDANTE
JOGOS: 31
VITÓRIAS: 21
EMPATES: 6
DERROTAS: 4
GP: 46
GC: 18
SALDO: 28
APROVEITAMENTO (%): 74,2%
COMO VISITANTE
JOGOS: 33
VITÓRIAS: 12
EMPATES: 12
DERROTAS: 9
GP: 32
GC: 28
SALDO: 4
APROVEITAMENTO (%): 48,5%
MAIORES GOLEADAS
Aplicada – Ceará 4 x 1 Uniclinic – Campeonato Cearense
Sofrida – Boa 4 x 1 Ceará – Campeonato Brasileiro Série B
QUEM MAIS JOGOU
1º - Everson (Goleiro) 55 partidas;
2º - Rafael Pereira (Zagueiro) 48 partidas;
3º - Raul (Volante) 48 partidas.
Assim como em 2016, Everson foi quem mais atuou pelo Ceará. FOTO: Lucas Moraes/CearáSc |
ARTILHEIROS
1º - Magno Alves (Atacante) 10 Gols;
2º - Elton (Atacante) 9 Gols;
3º - Arthur (Atacante) e Lima (Meia) – 5 gols cada.
ARTILHEIROS POR POSIÇÃO
Lateral Direito: Pio - 3 Gols;
Lateral Esquerdo: Rafael Carioca – 3 Gols;
Zagueiros: Rafael Pereira e Luiz Otávio – 3 gols cada;
Volantes: Richardson – 2 Gols;
Meias: Lima – 5 gols;
Atacantes: Magno Alves – 10 Gols.
Lima um dos destaques do acesso alvinegro foi o meio campo artilheiro da temporada. FOTO: Julio Caesar/Opovo |
LÍDERES EM ASSISTENCIAS
1º - Romário (Lateral Esquerdo) 8 Assistências;
2º - Felipe Menezes (Meia) 5 Assistências
3º - Lima (Meia) 5 Assistências
PÚBLICOS E RENDAS EM 2017
A torcida alvinegra deu um show na arquibancada em
2017, ficamos entre as dez maiores médias de públicos do Brasil e com a segunda
maior da Série B, foi no campeonato nacional que a gandaia foi detentora de
quatro dos cinco maiores públicos da competição.
MAIORES PÚBLICOS
1º - Ceará 1 x 0 Abc – 56.005 pagantes / 56.999 total;
2º - Ceará 2 x 0 Paysandu – 44.172 pagantes / 45.197
total;
3º - Ceará 1 x 0 Londrina – 40.280 pagantes / 41.111
total;
4º - Ceará 2 x 2 Figueirense – 37.347 pagantes /
38.271 total;
5º - Ceará 1 x 0 Paraná – 35.992 pagantes / 36.720
total.
Ceará 1 x 0 Abc foi o maior publico do Ceará e da Série B 2017. FOTO: Portal Arruda Bastos |
Mesmo com o campeonato estadual sendo quase todo
deficitário, o Ceará conseguiu arrecadar de forma liquida com bilheteria nessa
temporada R$ 4.509.144,43. Esse valor foi de suma importância principalmente na
reta final da Série B, onde era necessário ter dinheiro em caixa para pagamento
de folha, premiações e o custeio do clube.
MAIORES RENDAS LIQUIDAS
1º - Ceará 1 x 0 Abc – R$ 1.028.842,82;
2º - Ceará 2 x 0 Paysandu – R$ 707.960,29;
3º - Ceará 2 x 2 Guarani – R$ 462.313,79;
4º - Ceará 2 x 2 Figueirense – R$ 460.044,24;
5º - Ceará 1 x 0 Paraná – R$ 436.689,23
Por Davi Maia / @davims
Colaboração: Cearamilgrau @cearamilgrau / João Paulo
@JPaulo_96 @portalvinegro / Mario Henriques @mariohenriques_ / Rafaela
Brasileiro @rafafalando @msalvinegro / Rodrigo Cavalcante @rcf1994 / Thales
Girão @thalesgirao
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