No primeiro dia do ano, noite na Inglaterra e início
de tarde no Brasil, enquanto muitos ainda se recuperavam das festas de
Réveillon, o Liverpool FC ia até Burnley enfrentar a equipe da casa, no Turf
Moor, pela 22ª rodada da Premier League. Com um time alternativo, devido a
lesões e o rodízio que Klopp vem fazendo por conta da maratona de jogos do fim
de ano, os Reds não contavam com algumas de suas principais peças, como Roberto
Firmino, que começou no banco, Phillippe Coutinho e Mohamed Salah, ambos machucados.
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(Foto: Getty Images) |
Com isso, o trio de ataque foi formado por Mané,
Solanke e Chamberlain, enquanto Lallana, Emre Can e Wijnaldum atuaram no meio
de campo. Na primeira etapa, a impressão era a de que assim como quem amanheceu
na praia celebrando o início de um novo ano, os jogadores não estavam tão
dispostos a jogar uma partida profissional de futebol. Muitos passes errados e
falta de criatividade ofensiva resultaram em 45 minutos sonolentos, com poucas
chances de gol, tendo o time da casa inclusive levado mais perigo do que o
Liverpool.
Na segunda etapa, o Liverpool finalmente conseguiu ser
perigoso. Alexander-Arnold apoiava bastante e pela direita surgiam as melhores
chances dos Reds. Aos 15’, Chamberlain tocou para o jovem lateral-direito, que
cruzou pra área, desviada, a bola sobrou para Mané, que dominou e girou
chutando pra marcar um golaço, 1 a 0 Liverpool. O próprio Alexander-Arnold,
cada vez mais confiante, quase fez um golaço pra ampliar, mas parou em defesa
do excelente goleiro Nick Pope. Nesse momento o jogo ficou aberto, com o
Burnley se lançando ao ataque e deixando espaço para a resposta do Liverpool.
Aos 42’, após cruzamento para área, a zaga do
Liverpool, como de costume, perdeu no alto no primeiro momento e a bola
escorada encontrou Gudmundsson no segundo pau, que tocou de cabeça pra empatar.
Quando tudo parecia perdido e já se lamentava mais um resultado cedido pelo
Liverpool, eis que o inesperado, o desconhecido, talvez o sobrenatural, agiu
para mudar aquela partida. Praticamente no último lance do jogo, Chamberlain
cobrou falta em direção à área, lá estava Lovren, que tocou para, nada mais,
nada menos que Ragnar Klavan castigar a torcida local e dar a vitória aos Reds
e, além de tudo, entrar pra história como o primeiro jogador estoniano a marcar
um gol pela Premier League. Gol da vitória marcado por Klavan com assistência
de Lovren, quem diria, não? Que seja um sinal e que 2018 traga muitas surpresas
positivas para a torcida do Liverpool.
Caio Semblano | @caiosemblano
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