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De volta à realidade



A onda de invencibilidade e de bons jogos foi boa enquanto durou. Nossa ilusória conquista da Taça Rio com categóricos três gols no Botafogo deixaram até o mais pessimista dos tricolores com esperança de conquistarmos o Campeonato Carioca. O fraco Vasco, desfalcado, jogaria contra nós precisando de vencer. Quis o destino que a vitória deles ocorresse da pior maneira possível.

É de praxe no futebol querermos apontar culpados pelas derrotas. No meu ver, entretanto, é difícil condenar o time pela eliminação aos 50 minutos do segundo tempo. Os erros que o time cometeu para tomarmos os gols não foram surpresa. Alguém achou estranho Richard tomar uma caneta? (Talvez o estranho tenha sido ele não ter cometido uma falta logo depois.) Algum torcedor se espantou ao ver Renato Chaves cortando a bola para o meio da área? Julio Cesar se jogando para um lado que só ele viu que a bola iria, foi novidade? Abel sem opção no banco, também pegou alguém desprevenido?

A questão é que não adianta ficarmos aqui lamentando uma inversão de lateral. Perder ontem já estava determinado desde o começo do ano quando a direção escolheu esses jogadores para disputarmos um campeonato. A contratação de atletas é de urgência vital. O problema é ver no noticiário do clube que um atacante da Cabofriense está sendo cogitado. É desanimador.

Nosso próximo jogo só acontece em 11 de abril contra o Nacional de Potosí, em casa. Não considero a eliminação uma chance de treinarmos mais, porque esse time já está jogando no seu limite. As partidas contra Flamengo, Botafogo e os 94 minutos contra o Vasco foram de um time que tem garra, vontade de ganhar e comprometimento. Não dá para cobrar mais deles.

A cobrança mais uma vez recai em quem comanda o clube. Quase uma década à frente do clube, o grupo político Flusócio continua sem resolver o problema do clube com as dívidas. Não existe nem mais a possibilidade de eles usarem a desculpa de herança maldita. O que o Fluminense passa hoje é de responsabilidade deles. Nosso provável rebaixamento esse ano, será culpa deles.

Qual a direção, Abel?
Foto: Lucas Merçon/FFC


Deixo por último uma ressalva com relação ao Pedro. Tão criticado por mim e pelo outro colunista tricolor, Wenceslau, ele foi um ponto lúcido no time ontem. Os volantes não acertavam passes, Sornoza só dava toque para o lado, mas Pedro se apresentou bem. Talvez meu amigo Caio, o colunista que completa o Triunvirato Tricolor nesse site, tenha razão em cravar que o nosso centroavante terá um ano igual ao do Ceifador no ano passado. Quem tiver coração para aguentar até dezembro, verá. Talvez eu não veja.

Saudações Tricolores

Matheus Garzon

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