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Chatíssimo e apagado

Everton Ribeiro é marcado por Saracchi na partida entre River Plate e Flamengo

(AP Photo/Natacha Pisarenko/ UOL)

Chatíssimo.

Essa é a palavra que define o Flamengo x River dessa quarta feira. Um jogo com duas das maiores camisas da América do Sul, em um estádio que foi palco de final de Copa do Mundo, custou a passar e foi ter alguma graça só em seus momentos finais. E mesmo assim, muito mais pelas falhas do que pela vontade de um dos dois times em ganhar. Um placar mais justo que 0x0 seria impossível.

Foi um jogo de altos e baixos para cada lado. Se o Flamengo começou parecendo querer tomar a iniciativa, com alguns bons lances de Vinicius Jr., o River rapidamente tomou o controle do jogo. Não de forma agressiva, nem de maneira efetiva. Mas teve mais a posse da bola e rondou mais a área do Flamengo. Por outro lado, a melhor chance da etapa inicial veio em bola espirrada para Rodinei quase na pequena área, que cruzou muito forte para quem vinha de trás.

A verdade é que nenhum dos times se esforçou muito para vencer. O segundo tempo seguiu a mesma tônica, porém um pouco mais incisivo por parte do River. Só um pouco. Não teve nenhum grande jogada trabalhada de grande perigo, tirando chute de Scocco da entrada da área. Os lances de maior ameaça dos argentinos aconteceram em saídas de bola esquisitas de Diego Alves, que em uma delas se arriscou até demais. A maior delas foi também em falha do goleiro, mas em uma espalmada esquisita de um disputa de bola simples, que resultou em uma bicicleta no travessão aos 45 do segundo tempo. 

Os destaques do jogo vieram mais das lições do que propriamente do jogo em si. As primeiras delas envolvem Paquetá. É um jovem, não se esqueçam disso. Finalmente, como todo jovem, Paquetá entrou em um período de oscilação. De quebra, cometeu falta boba e foi suspenso do primeiro jogo das oitavas da Libertadores. Aliás, sua escalação poderia ter sido evitada por Barbieri.

Enquanto isso, alguns jogadores confirmam algumas das impressões de jornalistas e torcedores. Rodolfho volta e se mostra talvez o melhor zagueiro do time nesse ano, se não na técnica pelo menos no quesito seriedade. Por outro lado, Léo Duarte mostrou mais uma vez ser um jogador fraco, que já teve oportunidades o suficiente para que a diretoria já tenha ligado o alerta de que precisa de novos zagueiros. Principalmente levando em consideração a idade de Juan. 

Na frente, o mesmo dito para Paquetá vale para Vinícius Jr, porém com um grau muito maior de oscilação e decisões equivocadas, afinal é um menino de 17 anos. Já seu companheiro de frente, Dourado, joga tão mal e empata tanto a sequência das jogadas que faz muitos dos torcedores torcerem para que levasse cartão e fosse suspenso. Que saudades de Guerrero.

No final, um jogo apagadíssimo, quase irrelevante, e uma atuação ruim do conjunto. Na saída de campo, sem Diego, as declarações de Cuellar e Rodholfo demonstraram um grau de autocrítica muito poucas vezes visto no clube. Tomara que essa postura continue, e que a postura dos dois em campo e fora dele seja exemplo para os demais nas rodadas seguintes do brasileiro e na oitavas da Libertadores depois da Copa. Como é bom passar três meses sem estar preocupado em ser eliminado na primeira fase da Libertadores!

No mais,
Saudações Rubro-negras

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