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Qual o tamanho de um vice-campeonato?

O homem da temporada
Foto: Instagram @manchesterunited
Neste domingo (13/05), a temporada 2017/18 da Premier League chegou ao seu final. Embora os azuis de Manchester já tivessem conquistado o título há algum tempo, as últimas rodadas, além de definir as vagas europeias e os rebaixados, confirmaram o segundo lugar para United que, quer queira, quer não, é a melhor colocação do clube desde a temporada vitoriosa em 2012/13.

De lá pra cá, nas passagens de David Moyes, van Gaal, Ryan Giggs e José Mourinho no comando da equipe, foram amargurosos sétimo, quarto, quinto e sexto lugar respectivamente até o segundo lugar dessa temporada.

Em números, a equipe teve 25 vitórias, 6 empates e 7 derrotas na campanha que gerou 81 pontos. Pontos esses, que há três temporadas atrás seriam suficientes para igual o campeão Leicester, por exemplo, entretanto, mais importante que a análise fria dos resultados, é olhar para o desempenho do time de José Mourinho e ficar com a sensação de que "poderíamos ter ido além".

Obviamente, que quando se compete com um time que terminou o campeonato na casa dos 100 pontos, apenas duas derrotas e 106 gols marcados, é difícil imaginar uma disputa equivalente ou se cobrar algo além disso, mas os 19 pontos de diferença e a postura do United nos jogos cruciais durante a temporada, faz o torcedor pensar diferente.

Não foram poucos os jogos contra o Top-6 fora de casa, que Mourinho escalou o time de maneira defensiva e que o time pouco fez contra times da parte debaixo da tabela dentro de casa quando precisou propor e vencer jogos.

No fim das contas, apesar dos 38 gols pró a menos que o City, a equipe tomou apenas um gol a mais, consagrando De Gea com a Luva de Ouro da Premier League, tendo passado 18 jogos sem sofrer gol na competição. Além do prêmio "Sir Matt Busby" de melhor jogador da temporada do clube pela quarta vez consecutiva.

A decepção, fica por conta da sensação de que o time tem elenco suficiente para jogar tão bem quanto os comandados de Guardiola, ou se não, obter resultados tão expressivos quanto dentro de campo. Há elenco, investimento, estrutura, técnico qualificado e torcida mais do que suficiente para deixar de almejar e competir definitivamente pelo título nacional, para quem sabe após 6 anos, comemorar o título na próxima temporada.

Dia de despedida

Aplausos para o eterno capitão
Foto: Instagram @manchesterunited
Também neste domingo (13/05), Michael Carrick se despediu do futebol após 12 anos de Manchester United, com 463 jogos, 24 gols e dentre os inúmeros títulos, venceu a Premier League cinco vezes, quatro Copas da Liga, além de uma UCL e outra UEL.

Capitão da equipe por diversas vezes, Carrick se despediu na vitória contra o Watford, por 1-0 em Old Trafford, com gol de Marcus Rashford.

Um dos jogadores mais talentosos nas últimas décadas da seleção inglesa, costuma ser muito subestimado em algumas análises, mas teve papel tão importante quanto de Schooles na seleção e nos Red Devils.

Com isso, encerra-se o ciclo dos últimos campeões europeus que ainda estavam atuando pelo clube desde o título contra o Chelsea em 2008.

Apesar do clima de "fim de festa",  o United ainda joga sua última chance de título na temporada contra o Chelsea, pela Copa da Inglaterra. Obcecado por troféus, José Mourinho deve ir com força máxima para cima do ex clube, que vive péssima fase e sequer conseguiu classificação para próxima edição da Champions League.

A partida acontece no próximo sábado (19/05), às 13:15, horário de brasília.

Pedro Ramos  |  @PeeRamos_

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