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No empate memorável entre Espanha e Portugal, Cristiano Ronaldo saiu vencedor

Comemoração de Cristiano faz alusão ao bode, que em inglês é chamado por Goat, sigla para Greatest of All Time (Foto: Captura de tela)

Antes do início da partida, havíamos assistido uma estreia surpreendente da anfitriã Rússia um dia antes e dois jogos se não lá muito bons tecnicamente, decididos nos acréscimos com vitórias de Uruguai e Irã. Mas para muitos, a Copa do Mundo só começou de verdade, em seu quarto jogo, após o empate antológico entre Espanha e Portugal.


O jogo por si só prometia muito. De um lado a seleção espanhola, que havia perdido o técnico 48 horas antes da estreia no mundial, mas ainda assim, uma das favoritas ao título, com talento de sobra em seu elenco para dar uma resposta a crise instaurada. Do outro, os atuais campeões europeus, que embora não tenham lá um grande time, tem o melhor jogador do mundo ao seu favor.


Portugal: Cristiano Ronaldo, sempre ele!

A Seleção Portuguesa chegou para a Copa da Rússia com uma moral pouco vista nas últimas edições. Agora, além de contar com o melhor jogador do mundo, Portugal também carrega nas costas o título de campeão da última Eurocopa, enchendo os portugueses de expectativas.

Os lusos começaram a partida de forma meteórica e com apenas um minuto de partida, viram Cristiano Ronaldo ser derrubado na área e pouco depois marcar de pênalti. Era o começo que Portugal precisava para embalar para cima de uma Espanha com pouco brio. Mas não foi o que se viu. Logo o jogo ficou equilibrado, com as duas seleções tendo boas chances, levando o telespectador a loucura. 

O empate dos espanhóis saiu de um Diego Costa devastador, que conseguiu desestabilizar a defesa portuguesa, deixando três marcadores para trás. Foi o momento ideal para La Roja ditar o ritmo de jogo e comandar a partida. Garantiu 65% da posse de bola e quase virou em várias oportunidades. Porém, Cristiano estava iluminado e num chute certeiro, viu De Gea falhar e aceitar Portugal na frente.

A etapa final começou com os lusos recuados, tentando impedir o ataque espanhol de chegar na frente e garantir a vitória parcial. Entretanto, a fragilidade da defesa apareceu mais uma vez e novamente apareceu graças ao brasileiro naturalizado, que aos 9' acabou por desestabilizar os portugueses. Logo depois, Nacho apareceu para deixar todo mundo desconcertado e virar o jogo com um golaço.

A vitória espanhola parecia certa, mas o português iluminado resolveu botar o time inteiro nas costas e não deixar isso acontecer. Numa falta aos 41', Cristiano escreveu mais um capítulo na sua história, marcou um golaço e ganhou o direito de anotar mais um recorde na partida, agora é o segundo maior artilheiro de todas as seleções, com 84 bolas na rede (empatado com Puskás), além de ser o quarto jogador a marcar em quatro edições diferentes de Copa do Mundo (ao lado de Pelé, Uwe Seeler e Miroslav Klose).


Espanha: Do padrão tático ao ponto fora da curva


Após todo o murmurinho criado pela saída Lopetegui para o Real Madrid, uma onda de incerteza rondava a seleção espanhola, que viu seu novo comandante, Fernando Hierro, promover duas mudanças na equipe: A entrada de Nacho na lateral direita e Koke no lugar de Thiago no meio de campo.


Entretanto, mudanças pontuais a parte, o que se viu da Espanha foi uma boa estreia. Mesmo sofrendo o primeiro gol aos 4 minutos, o time aos poucos tomou conta do meio campo, dominou a posse de bola – como de costume – e envolveu os portugueses com troca de passes rápidas. 

A aposta em Diego Costa como centroavante ao invés de Rodrigo funcionou, o brasileiro não só deu trabalho para os defensores, como anotou dois gols ao seu melhor estilo brigador\finalizador. O destaque negativo, fica por conta de David Gea.

Considerado um dos melhores goleiros do mundo e, para muitos, até o melhor, o arqueiro do Manchester United tomou o primeiro “frango” da Copa do Mundo, justamente num momento em que o time espanhol havia empatado o jogo e controlava totalmente a partida.

Erros a parte e gol de empate sofrido no finalzinho, a Espanha emplacou a terceira estreia de Copa seguida sem vitória (perdeu para Suíça em 2010 e para Holanda em 2014), mas nada disso deve atrapalhar o caminho da Fúria. Vencendo Irã e Marrocos nas próximas rodadas, possivelmente irá brigar pela primeira colocação do grupo com os portugueses e consagrar a classificação. 

Seguindo o calendário do grupo, as próximas partidas acontecem no próximo dia 20/06 (quarta feira). Portugal enfrenta Marrocos, às 9h e a Espanha, joga contra o Irã um pouco mais tarde, às 15h (horário de brasília).

Cássia Gouvêa | @_cassiagouvea
Pedro Ramos  |  @PeeRamos_

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