Ao fim do sorteio que colocou
Suíça, Costa Rica e Sérvia no mesmo grupo que o Brasil para Copa do Mundo em
2018, nem o torcedor mais pessimista esperava que a seleção chegaria ao último
jogo com chances reais de eliminação e sem nenhuma atuação convincente até o
momento.
É fato, que Tite iniciou o
torneio sem poder contar com seu provável capitão, Daniel Alves (cortado por
lesão), além da sua principal referência técnica, Neymar, ter chego à Rússia em
processo final de recuperação após três meses longe dos gramados.
Entretanto, os primeiros 180
minutos de Copa mostram o time penso para o lado esquerdo, com dificuldades no
meio campo e algumas peças individuais com rendimento muito abaixo do esperado.
Contra a Sérvia, o time
ganhou, mas não encantou. Jogou bem em boa parte do jogo, abriu o placar com
Paulinho e sua marcante característica de infiltração mas chegou a ser sufocado
pelos sérvios minutos antes de encontrar o segundo gol com Thiago Silva.
Vitória sem lá grandes sustos, que além de alívio, mostra boas perspectivas ao
time para os próximos jogos.
TEREMOS MUDANÇAS?
Se não levarmos em conta a
entrada de Fagner no lugar de Danilo na segunda partida, Tite repetiu a mesma escalação
nos três jogos. Paulinho, William e Gabriel Jesus, foram de longe os mais criticados
pelo torcedor e de fato, não conseguiram render.
Adicionar legenda |
Se por um lado Paulinho não
teve atuações ruins, mas era grande candidato a deixar o time, na busca por mais
criatividade no meio de campo, por outro, William e Gabriel Jesus não atuaram
bem em nenhum dos três jogos e apesar do pragmatismo de Tite, podem perder lugar
na equipe titular.
William tem a meia sombra de
Douglas Costa. Essa aliás, foi a substituição que mudou o panorama do jogo
contra a Costa Rica, dando mais agressividade e velocidade ao time pelo lado
direito. Mas com a lesão de Douglas, não é possível cravar a mudança.
No comando de ataque, Gabriel
Jesus passou longe do seu melhor futebol. O camisa 9 sofreu para achar espaço,
teve pouca participação nos jogos e quando a bola caiu em seus pés, não foi
feliz. Firmino, que pedia passagem antes mesmo de começar a Copa, pode ser a “surpresa”
entre os titulares nas oitavas de final.
A BRUXA ESTÁ SOLTA
Se tem algo que preocupa
os torcedores, além do futebol praticado, são as lesões. Neymar, Fagner, Renato
Augusto e Fred iniciaram a competição em fase final de tratamento de suas
lesões e tirando o camisa 10, os outros três tiveram suas convocações muito
discutidas.
Durante a competição, Danilo,
Douglas Costa e Marcelo, apresentaram problemas clínicos e também preocupam. O
lateral esquerdo, inclusive, apresentou um espasmo na coluna em pouquíssimos
minutos de jogo contra a Sérvia e não se sabe ao certo o período de
recuperação.
Há alguns dias, a esposa de
Douglas Costa, inclusive, disse que a carga dos treinos tem sido muito pesada e
isso poderia estar prejudicando o rendimento físico dos jogadores. Apesar de
muitos interpretarem a declaração como “irrelevante”, a hipótese começa a ser
levada em consideração na medida em que as lesões acontecem com frequência em
outros jogadores.
A ÚNICA CERTEZA É QUE VAI SER DIFÍCIL
A expectativa, é que em tese, o
time continue evoluindo ao avançar de fase dentro da competição. Neymar, parece
cada vez mais leve dentro de campo, Coutinho tem dominado o meio campo, Thiago
Silva a defesa e as laterais até aqui, não apresentaram problemas com Fagner e
Filipe Luis. Se conseguiremos ver essa evolução na prática é outra história.
O que realmente se sabe, é que
a seleção brasileira pegou o lado mais difícil do chaveamento da Copa. Se
passar pelo México, muito possivelmente enfrentará a Bélgica e
consequentemente, terá França, Argentina, Uruguai ou Portugal numa eventual
semifinal.
Agora, o Brasil volta a campo
na próxima segunda feira (02\07), às 11h. O retrospecto contra os Mexicanos é
favorável, o time jamais conseguiu marcar um gol contra seleção brasileira em
Copas do Mundo, mas já mostraram muita força ao vencer a Alemanha na estreia.
Pedro
Ramos | @PeeRamos_
0 Comentários