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Crescendo e ensinando: Croácia se recupera e é finalista

Sabe quando uma geração de jogadores pode te colocar no lugar mais alto da história da seleção nos últimos anos? Os croatas, que após 20 anos chegavam na fase semifinal novamente tinham o sonho de quebrar um recorde, e de agora poder chegar em sua primeira final de Copa. Já os ingleses, após 28 anos também chegavam na semifinal, mas queriam repetir um feito de 1966, quando foram campeões numa única vez.
A decisão para os dois deixava de ser um sonho, e hoje era uma batalha única para este desejo se tornar real. O estádio de Luzhniki era o palco ideal, o confronto de europeus de histórias tão distintas estava pronto para começar.

Croácia: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pivaric); Brozovic, Rebic (Kramaric), Modric (Badelj), Rakitic e Perisic; Mandzukic (Corluka).


Inglaterra: Pickford; Walker (Vardy), Stones e Maguire; Henderson (Dier), Trippier, Lingard, Alli e Young (Rose); Sterling (Rashford) e Kane;






















Antes da Copa, o mundo viu o Liverpool de Jurgen Klopp em ação. Mesmo com um elenco que de longe era apontado como favorito a chegar em uma final de Champions, o time foi além. Com organização, intensidade física e controlando bem a bola.
Na Copa, muitas seleções pequenas aderiram essa forma de jogar, começando a termos equilíbrios entre equipes mais fortes e outras mais fracas. A Seleção Croata na primeira fase foi um exemplo, se organizou, usufruiu perfeitamente da qualidade de seus jogadores de meio-campo, e foi líder de um grupo complicado.
Na fase final, foi a duas disputas de pênalti contra Dinamarca e Rússia, em ambas as ocasiões saiu atrás do placar, mas no decorrer do jogo conseguiu conquistar o resultado necessário, sem nenhuma afobação. Na partida contra os dinamarqueses, Modric teve chance em pênalti de terminar o jogo na prorrogação, mas perdeu. E contra os russos, os croatas venciam até o fim do segundo tempo da prorrogação.
Ficou claro que com calma, de forma organizada e com jogadores experientes sabendo seu papel, sabendo defender e atacar, os croatas nas duas partidas tiveram chance de vencer, mesmo saindo atrás do placar.
Hoje contra os ingleses, um gol prematuro de Trippier após cobrança de falta poderia abalar as emoções de uma equipe que já vinha sofrendo disto. Mas não, o gol aos 5' não machucou e nem impossibilitou um crescimento croata no jogo.
Tentando chegar ao ataque controlando a bola e errando o mínimo de passes, os croatas chegavam pelo lado e pelo meio. Pickford durante o jogo fez cinco defesas, já Subasic não fez nenhuma. Os ingleses pouco agrediam na primeira etapa, tentavam chegar com Sterling, mas sem efeito algum.



No segundo tempo, agressão total. O time croata foi para cima, e aos 68' conseguiu empatar. Vrsaljko cruzou, e Perisic se antecipou ao zagueiro e finalizou para o gol.
Depois disto, Perisic ainda colocou uma bola na trave. Não há o que duvidar, a Croácia merecia empatar e até mais que isso. Os britânicos só deram um chute no gol, que foi justamente na cobrança de falta de Trippier. 
O jogo foi para a prorrogação. Desgastados por estarem na terceira decisão em prorrogação seguida, os croatas se acuaram, deixaram os ingleses segurar mais a bola. Mas eles pouco agrediam, em dois chutes, um foi bloqueado e o outro para fora. Já no segundo tempo, a Croácia chegou mais, e aos 109' em um vacilo tosco da defesa inglesa, Mandzukic recebeu a bola na área e finalizou com o pé esquerdo para colocar a Croácia na final. 2 a 1 para os croatas. Há quem duvide, mas no segundo tempo os ingleses não finalizaram uma única vez. Foi merecido, foi sofrido. Agora o desafio será enorme, na final os Vatreni terão pela frente os franceses. O jogo será domingo às 12h no mesmo estádio em Luzhniki. As duas seleções estão invictas, será que teremos outra prorrogação?

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