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Falhamos além do que se viu

A derrota aconteceu, não era tão esperada. Assim como na Copa passada, as expectativas estavam a mil, mas novamente a decepção. Fica o questionamento sobre as escolhas do treinador, o psicológico dos atletas e as decisões precipitadas.
Para ser campeão, você tem que ter um bom elenco, ou até mesmo pode ir longe estando mais focado que os demais. Mas também, saber se reinventar durante o torneio. Até temos um bom elenco, mas não entramos focados nesta partida, muito menos nos reinventamos.
O treinador que falava em psicológico, que fala bonito, que tem pinta de motivador, viu sua equipe ser eliminada sem líder, sem motivação, muito menos psicológico.
Entre os gigantescos defensores belgas, Jesus se apequenava ainda mais. Sem experiência e nem tamanho para ganhar disputas aéreas, fica o questionamento sobre um centroavante alto que não tivemos nesta copa.


Tite viu o Brasil cair diante da Bélgica
Foto: John Sibley
Em alguns momentos nesta Copa, alguns jogadores tiveram um desempenho interessante no qual lhes credenciariam uma chance no time titular, mas Tite bancou a ideia de que a sequência deveria ser respeitada, e mesmo que algum titular jogasse abaixo, deveria ser mantido.
O problema é que essa decisão pode ter sido tomada de forma errada, e agora com a eliminação fica mais evidente. O treinador da Seleção Belga mudou a formação, saiu do 3-4-3, escolheu o 4-3-3 para jogar nos contra-ataques, e de três chutes que foram no gol, dois acabaram entrando. Já o Brasil, dos 27 que finalizou, apenas 9 foram ao gol, mas o gigantesco Courtois fechou o gol.
Se é pra se vencer, não tem essa de dar sequência a jogador que tem regularidade, muito menos querer vencer jogando bonito. Você tem que abdicar de certas coisas pra chegar o mais longe possível, e é assim que a Bélgica faz pela segunda vez seguida. Sofreu contra o Japão, mas teve que ir na raça, colocando jogadores altos na área, aproveitando erros do adversário, e depois contra o Brasil, fez o mesmo e conseguiu.
E o que fica para a gente? Mata-mata é momento para se usar o que tem de melhor no momento, se tem alguém no banco, coloca no jogo. Se o adversário vai jogar de uma forma, joga de um jeito que as coisas fiquem mais fáceis. O problema de nunca mudar, de não querer ouvir palavra "grande" antes de mudança, é essa. Tite optou por manter um futebol que vinha dependendo de um único jogador, e hoje com este não atuando tão bem, não fomos longe. Claro que houveram gols perdidos, e seria fácil dizer que não vencemos por conta destes, mas faltou psicológico, faltou um líder, faltou um capitão. E para 2022, que mudanças sejam feitas, e que a palavra "grande" seja colocada em prática. Pois precisamos de grandes alterações, e não é só jogador ou forma de jogar, é ter a nossa CBF dando um pulo, e não um passo a mais do que as outras federações do mundo a fora.

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