Na tarde deste sĂ¡bado, o Fluminense encarou a equipe do GrĂªmio no estĂ¡dio Nilton Santos, em jogo vĂ¡lido pela 27ª rodada do BrasileirĂ£o.
Em campo, alĂ©m da vitĂ³ria, o Fluminense lutava pela consolidaĂ§Ă£o na primeira metade da tabela e a aproximaĂ§Ă£o do G6. Pelo lado gaĂºcho TĂ©cnico Renato Portaluppi nĂ£o escondeu a preferĂªncia pela Copa Libertadores, mas ainda assim, apostava nas chances de vitĂ³ria, que recolocaria o tricolor gaĂºcho na briga pelo tĂtulo nacional.
Mais uma vez com trĂªs zagueiros, o Fluminense contava com a participaĂ§Ă£o de seus laterais para criar as jogadas. No entanto, Ayrton Lucas e LĂ©o estavam encaixotados em meio Ă boa marcaĂ§Ă£o adversĂ¡ria. Resultado: jogo travado, sem profundidade e consequentemente, sem emoções.
A equipe gremista atĂ© tentava exercer sua principal caracterĂstica de troca de passes e posse de bola, mas como PepĂª e Alisson mal passavam do meio-campo, ficava quase impossĂvel o GrĂªmio sequer dar um chute a gol.
Na volta para o segundo tempo, ambos os treinadores prometiam um jogo mais ofensivo e ambicioso, e a julgar pelos primeiros 10 minutos, a entrega foi melhor do que a encomenda.
Em poucos minutos, as duas equipes criaram mais oportunidades do que em toda etapa inicial. PepĂª e Alisson, que antes exerciam funĂ§Ă£o de reboque de lateral, passaram a jogar mais abertos, como pontas. Assim, Ayrton Lucas e LĂ©o se soltaram na partida, possibilitando chances perigosas nos dois lados.
A trocaĂ§Ă£o estava intensa, mas era o GrĂªmio que dava os melhores golpes. Renato Portaluppi nĂ£o se continha e esbravejava a cada gol desperdiçado. Pelo Flu, Marcelo Oliveira sofria para reanimar o time, que dava indĂcios de desgaste fĂsico. Everaldo era o mais atingido, estava visivelmente morto dentro de campo. Parecia Ă³bvio uma substituiĂ§Ă£o, mas nĂ£o aconteceu.
Aos 20 minutos, o lance capital: Everton, destaque do GrĂªmio na temporada, sai do banco e assume sua posiĂ§Ă£o dentro de campo. Ali, naquela substituiĂ§Ă£o, surgia o diferencial, a mudança de patamar, a chave para a vitĂ³ria.
O Fluminense se defendia de maneira preocupante, o GrĂªmio rondava a Ă¡rea de JĂºlio CĂ©sar, paciente, esperando a melhor hora para dar o bote. E que hora!
Aos 48, Thonny Anderson recebeu na entrada da Ă¡rea, pensou e enfiou a bola entre os zagueiros ao encontro de Everton. O menino prodĂgio dominou e, em milĂ©simos de segundos, fez mĂ¡gica. Um toque de calcanhar, desconcertante, cruel, sem chances para o goleiro. Um gol digno de jogador que se tornou um dos principais atacantes do paĂs, de seleĂ§Ă£o brasileira, de nĂvel europeu.
A derrota quebra uma sequĂªncia de bons jogos da equipe carioca e amplia a diferença em relaĂ§Ă£o ao G6, podendo chegar a 11 pontos nesta rodada. No entanto, um detalhe pode revirar essa dura realidade: dos 11 jogos que restam no BrasileirĂ£o, em 7 o Fluminense jogarĂ¡ no Rio de Janeiro. Ou seja, oportunidades nĂ£o faltarĂ£o para o time subir na tabela e evitar qualquer tipo de tensĂ£o no fim do ano. Agora Ă© com eles.
![]() |
Foto retirada do site Globoesporte.globo.com |
ST,
Caio Ramos
0 ComentĂ¡rios