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Domingo de Inverno



“Meu pai amado”, pensa Barroca. Foto: André Durão/GloboEsporte.com

 

Foi foda. Essa é a expressão para explicar o duelo Rio - São Paulo de hoje. Acordar cedo e ver um jogo chato e morno. Parece até impossível pensar que este foi “O maior jogo do mundo” nos anos 1960 e que contava com estrelas como Garrincha e Pelé. O Botafogo pouco tentou, mas não conseguiu se sobrepor a um Santos que tem uma equipe melhor tecnicamente.

Os dois treinadores são famosos por querer ter a bola e jogar um futebol protagonista. A questão de hoje é justamente essa palavrinha: protagonismo. Enquanto desde o início do ano é possível ver um Santos feroz, que vai pra cima e tem um dos melhores ataques da competição, o Glorioso é apático e, mesmo tendo maior posse de bola, peca muito na transição e é ineficiente do meio pra frente, tendo o terceiro pior ataque da competição. Lutar pelo G-6, do jeito que está, é fantasia.



Não venho aqui para crucificar o treinador do Botafogo, mas ele também deve ser cobrado. O time teve 21 dias para treinar e não apresentou evolução. Entretanto, a diretoria merece ser crucificada. É um absurdo o time terminar um jogo com Rodrigo Pimpão e Vitor Rangel no ataque. É um absurdo atrasar 3 meses de salário e recorrer a torcedores ilustres para pagar. Reforçando que o time só pagou, até hoje, 5 meses de salário. Como pagarão os outros 8?

O JOGO

O Botafogo pouco fez no primeiro tempo. Com muita dificuldade para sair jogando, Alex Santana se sobressaiu com um belo chute de fora da área (uma de suas virtudes que estava desaparecida) e também era o que melhor conduzia o time ao ataque. João Paulo (que parece não ter voltado da lesão ainda) foi inoperante e Cícero teve uma atuação defensiva mais segura, entretanto, pouco eficiente no quesito de transição de jogo e de saída de bola.

O ataque também pouco fez, com Erik sendo o que mais chamava atenção, sempre tentando ganhar na velocidade e distante daquele bom atacante de boa parte do primeiro semestre.


Enquanto isso, o Santos pressionava, mas também não causava tanto perigo, tendo finalizado menos vezes que o Botafogo.

No segundo tempo que a irritação veio de fato. Com 3 minutos, Lucas Veríssimo levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. Com um a mais em campo, era a chance do Botafogo conseguir matar o jogo. Mas não conseguiu. Em uma péssima substituição, Barroca tirou Alex Santana, o meia que mais produzia, para colocar Victor Rangel.

O time até tentou. Erik dominou sozinho na área e o juiz marcou mão em uma bola que bateu em seu ombro, em lance de interpretação e depois, Carli tentou cabecear, mas Aguilar tirou (inclusive, que zagueiraço é o colombiano).


O Peixe, com um a menos, começou a marcar em cima e dando pressão em cima do Botafogo e, em um contra ataque, Marinho cavou a falta para cima de Gilson, que já tinha amarelo e o Botafogo foi roubado. Marinho escorregou antes de encostar no Gilson. Heber Roberto Lopes, famoso por suas incompetências, puxou o segundo amarelo e expulsou Gilson, deixando tudo igual.

Pouco depois, aos 29 minutos do 2º tempo, Marinho, no que ele classificou um “mini míssil aleatório”, metele um golaço e abriu o marcador. O Fogão se lançou ao ataque, mas só deu espaço para o Santos, que pôde ampliar várias vezes, apesar de ser ineficaz.

Fim de jogo marcado por vaias. Justas, afinal, o time perdeu em casa e jogou muito mal. Quarta-feira tem decisão contra o Galo pela Sul-Americana. Que Barroca corrija as falhas do time e possamos sair vitoriosos para ainda poder sonhar com alguma coisa positiva para o ano de 2019. Faltam 29 pontos para livrar-se do rebaixamento. 

Seguimos e saudações alvinegras!


Nota de apresentação: Me chamo Guilherme, tenho 20 anos, sou de Juiz de Fora, Minas Gerais, estudante de história, botafoguense apaixonado e mais novo colunista do site! Será um prazer estar com todos aqui. Um abraço e boa semana!

Twitter: @guiabizaid

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