Foto: Diário de Goiás |
Eu não assisti ao jogo entre Galo e Goiás, na noite de ontem. Porém, assisti ao pós-jogo do Fael Lima, no canal Camisa Doze (você pode assistí-lo clicando aqui), e ele citou o problema crônico de transição defesa-ataque que o Alvinegro tem. Inclusive, na coletiva de imprensa após a partida, o próprio Rodrigo Santana admitiu tal defeito. Ou seja, ele sabe do problema e provavelmente está tentando resolvê-lo desde que assumiu o cargo.
De certa forma, nosso treinador até conseguiu resolver minimamente nossos problemas quando Levir Culpi foi demitido. No entanto, já estamos na metade final do ano e não evoluímos mais. Ainda temos defeitos de longa data e a transição citada acima é o principal deles.
Por causa dessa estagnação, tenho visto algumas críticas (poucas, é verdade) ao trabalho do Rodrigo Santana e isso me incomoda. Não que ele seja inquestionável, longe disso. Mas a culpa do Galo ser ineficiente na transição não é culpa do nosso técnico.
Esse problema vem há muito tempo e inclusive contribuiu para a queda do Thiago Larghi, em 2018.
E acredito que a razão seja o fato do Galo não ter volantes com boa saída de bola. O único do elenco, Gustavo Blanco, está machucado há mais de um ano.
"Ah, mas e o Elias?" Elias é mais de conclusão, não de distribuição. Tanto que não funciona como meia.
De resto, só temos volantes de marcação. Zé Welison, Adilson (antes de se aposentar), Lucas Cândido e Ramón Martínez. E temos também Jair, que se sobressai um pouco aos demais nesse quesito.
Dessa forma, a solução se torna óbvia: a diretoria deve escolher melhor seus reforços e se aprofundar nas carências do elenco.
Exemplo: precisávamos de um lateral-esquerdo. Mas que tipo de lateral? Veloz? Defensivo? Ofensivo?
Essa filtragem técnica precisa ser feita antes de contratar alguém, pois a impressão que eu tenho é que Rui Costa e seus amiguinhos trazem jogadores aleatórios apenas para encher o elenco.
Ok, o Galo não tem dinheiro para trazer grandes jogadores. Mas, mesmo assim, eu duvido que não existam bons jogadores e com preço razoável em mercados menos abastados, como o sul-americano.
Resumindo, precisamos de jogadores que se encaixem no que o treinador quer. E não um amontoado de gente em determinadas posições. Não temos recursos para ter 50 jogadores em cada posição e nem para trazer um monte de jogador ruim que custa 300 mil por mês.
Já que nossa situação financeira não nos permite errar demais, nossa diretoria precisa ser mais criativa e eficaz nas contratações. Para isso, deve estudar a fundo seu elenco e ouvir bem o treinador quer. Só assim vamos evoluir tecnicamente.
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