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Só o rubro-negro sabe o que aconteceu ontem


O Flamenguista é o ser humano mais feliz do mundo nessa quinta feira.



Sim, teve pênalti roubado no início.




Sim, o time morreu no segundo tempo.




E sim, precisamos disso e da não marcação de um pênalti no Equador para passar por um fraquíssimo Emelec.




Mas, sinceramente, nenhum rubro-negro hoje vai ligar pra isso. Ele sabe, mas não vai dar a mínima. Por uma razão muito simples.




Só o flamenguista entende o que aconteceu ontem. Se você não for rubro-negro, jamais vai entender o que aconteceu nesse 31 de julho de 2019.




Ninguém sabe o que foram todos os vexames. A cada jogo de Libertadores todos os fantasmas vem na cabeça. O drama, o nervosismo, o medo do time não corresponder mais uma vez.




E o medo foi se confirmando de quarta passada pra cá. O 2x0. As notícias ruins. As lesões.




Mas se você não for flamenguista, também não vai entender que as coisas mudaram na última semana.




Costumo dizer que o rubro-negro que vai aos jogos sempre sabe como vai terminar como o jogo vai terminar. Ele já entra na arquibancada sabendo. E, ontem, apesar dos pesares, dava pra sentir a vitória saindo da garganta de cada rubro-negro.




Estávamos convictos. Estávamos certos.




Foram precisos 19min e o cara mais identificado com a torcida em anos pra vantagem do Emelec ir embora.




Jogo pra espantar todos os fantasmas. 26 anos sem eliminar um estrangeiro em mata mata de Libertadores. Até ganhar roubado em Libertadores é novidade pra gente (que venham os comentários atleticanos).




Jogo pra voltar a mística do Flamengo nos pênaltis. Até 2017, ficamos quase 20 anos sem perder.




Jogo pra voltar a sintonia entre time e torcida, já tão maltratada. Ontem a arquibancada levantou, se manteve e foi até o final.




Saldou Jesus, botou medo, fez o Emelec tremer e fez o juiz dar o pênalti. Foi a força quando time cansou no segundo tempo e com o jogo terminado o sentimento era de absoluta certeza que passaríamos.




"Hoje vai dar".




E deu. Explode a massa a rubra-negra.




Que se dane o mundo. Eu vi o Flamengo passar em uma mata de Libertadores contra um time de fora pela primeira vez na vida.




Esse jogo é o início de uma esperança, de ver o Flamengo como Flamengo de novo. Na montanha russa que é o Flamengo, ontem chegamos no ápice da alegria. E com todo respeito, ninguém faz festa como a gente




Que seja o início de um novo ciclo. Foi pouco. Mas no Flamengo nada é pouco. Nada é pequeno.




Entre o "Crise na Gávea" e o "Rumo a Tóquio" não existe meio termo.




E se ontem foi um jogo pra sentir, termino agora com um fato. Faz 9 anos que não estamos tão perto do mundial.




Que os deuses sejam bons e não deixem mais os fantasmas voltarem.




No mais,

Saudações Rubro-negras



(Foto: Pedro Martins)

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