Fase
tenebrosa
Flu finaliza 24 vezes, sofre gol no fim e perde mais uma no BrasileirĂ£o
Flu finaliza 24 vezes, sofre gol no fim e perde mais uma no BrasileirĂ£o
Foto:
globoesporte.globo.com
Dias depois de ser eliminado na
Sul-Americana, o Fluminense voltou a jogar no MaracanĂ£, dessa vez, contra o
AvaĂ, lanterna do Campeonato Brasileiro. A necessidade da vitĂ³ria e o perigo da
zona do rebaixamento forçaram o treinador Oswaldo de Oliveira a escalar uma
equipe mais vertical, com NenĂª, Ganso, Wellington Nem e JoĂ£o Pedro.
No papel, o time estava mais leve e
ofensivo. Nas arquibancadas, era nĂtido que os torcedores esperavam alguma
alegria naquela fria noite de segunda-feira. No entanto, foi a equipe
catarinense que chegou com perigo pela primeira vez: Caio Paulista fez boa
jogada pela esquerda e chutou forte, cruzado, dando trabalho Ă zaga tricolor.
Depois do susto, o Flu começou a
dominar as ações do jogo e acumular chances perdidas. A mais clara delas veio
aos 37 minutos, com NenĂª. O meia-atacante recebeu belo toque de letra de JoĂ£o
Pedro, quase na pequena Ă¡rea, penteou a bola e tentou encobrir o goleiro
Vladimir, que defendeu o chute no reflexo.
Com o grito de gol entalado na
garganta, a torcida parecia nĂ£o aguentar mais os erros de pontaria dos
jogadores. SĂ³ no primeiro tempo foram 15 finalizações, sendo 4 chances reais
para abrir o placar. Os jogadores controlavam a bola, criavam jogadas, tinham
espaço para finalizar, mas erravam. Era quase inexplicĂ¡vel o que acontecia
dentro de campo. Quase.
O maior adversĂ¡rio estava dentro da
cabeça dos jogadores: o psicolĂ³gico. A recĂ©m-eliminaĂ§Ă£o para o Corinthians,
demissĂ£o de Fernando Diniz, derrota para CSA, fatores que contribuĂam para a
falta de confiança na hora de arriscar um chute improvĂ¡vel, uma jogada
individual, um passe mais difĂcil. O time
estava travado por ele mesmo.
Na metade final da segunda etapa,
Oswaldo de Oliveira promoveu as entradas de Marcos Paulo e Caio, ambos com a
responsabilidade de mudar o panorama do jogo. E pelo menos um deles conseguiu,
sĂ³ que do jeito errado.
Em
uma das poucas investidas do AvaĂ, Iury foi lançado pela direita e chegou Ă
linha de fundo. AtrĂ¡s dele, estava Caio, volante formado na base Tricolor, que
se afobou ao dar o carrinho dentro da Ă¡rea e derrubou o atacante. PĂªnalti
claro. O Ă¡rbitro Raphael Claus ainda quis dar esperança aos tricolores que
acompanhavam a partida e nĂ£o apitou no momento da infraĂ§Ă£o, mas nĂ£o teve
alternativa alĂ©m de confirmar a penalidade apĂ³s a checagem do VAR. JoĂ£o Paulo
assumiu a cobrança e converteu. O AvaĂ abria o placar em pleno MaracanĂ£.
Foto: Rudy Trindade
Sem forças, o Fluminense se atrapalhava com a bola e
decepcionava sua torcida mais uma vez, mais uma vez contra um time do Z-4, mais
uma vez jogando em casa, mais uma vez por 1 a 0.
A
derrota mantĂ©m o Flu na 18ª posiĂ§Ă£o do Campeonato Brasileiro com apenas 12
pontos. O fantasma da SĂ©rie B nĂ£o Ă© um pesadelo, mas uma realidade. Ă€ exemplo
do que foi em 2009, o Tricolor terĂ¡ pela frente mais uma jornada no nĂvel do
impossĂvel e sĂ³ o tempo pode dizer se o desfecho serĂ¡ igual.
ST
Caio
Ramos
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