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Supremacia


Tem muita coisa pra falar sobre esse jogo. Tem muito pra falar sobre esse time, o técnico, o ambiente, a magia. Tudo isso entrou em campo ontem no Maracanã. Mas a verdade é que a tarde desse domingo pode ser definida por uma palavra: Supremacia.

Fui ao Maracanã com a mesma roupa de Flamengo 6x1 Goiás pela superstição. Time de verde, domingo, em casa. Fiquei com os amigos até no mesmo lugar. 

Tolo. Como se fossemos precisar de sorte. A verdade é que se colocassem esse Flamengo e esse Palmeiras para jogarem 10x e ganharíamos as 10. O jogo de ontem foi uma surra.

Dois times. Um representando o atraso, com um técnico ultrapassado de um futebol pobre. O outro, nós graças a Jesus e a Deus, o moderno, o ousado, o belo.

Um susto aos 2min. E foi só. Depois do gol anulado do Palmeiras, desfilamos pelo resto do jogo.  E começou a mágica combinação que esperamos daqui pra frente, simbolizada no primeiro gol. Torcida, time e técnico.

Pressão de um time bem treinado. Rapidez de Bruno Henrique. Inteligência de Arrascaeta. Categoria de Gabigol. 1x0.

Detalhe: o gol saiu quando a torcida cantava para os 10 do ninho do urubu. Saiu o gol e a torcida não parou. Das coisas mais linda que vivi no Maracanã.

O jogo estava resolvido. Parecia que não havia ninguém do outro lado e vínhamos para dar espetáculo. Diego Alves não trabalhava, zaga e laterais saíam da pressão com toda tranquilidade. Arão dava equilíbrio e Gerson reinava no meio. Cabeça em pé, bola no chão, e domínio completo da meiuca. Na frente, os quatro faziam a torcida se deliciar com um Felipe Melo completamente perdido. 

Aos 31, Gabigol o deixaria não só perdido mas enlouquecido. Não adianta de nada em questão de jogo, mas o futebol não seria o mesmo sem lances como esse. O Maracanã inteiro parou pra rir da cara de doente de Felipe Melo, sem poder fazer nada frente as pedaladas de Gabigol.

Aos 38, velocidade de Bruno Henrique e gol de Arrascaeta. Aos 43, ainda no primeiro tempo, a torcida já gritava olé. Nem parecia que era jogo grande. Era fácil e era gostoso. Sem apreensão nenhuma.

O segundo tempo seria apenas uma mera formalidade. 45min de prazer do rubro-negro que via seu time brincar de ser melhor que o rival. Fez mais um sem esforço e dava a impressão de que a hora que quisesse faria mais. O time se deu o luxo de se poupar em campo. 

Enquanto isso, lá em cima a massa fazia a festa. Gritos de "olé", olas, e cânticos de felicidade. 66mil davam show e agradeciam Jesus e seus 11 (não doze) por mais uma tarde de baile no Maracanã. 

E assim acabou. Um 3x0 sonoro, placar clássico que demonstra a sonora aula de futebol vista em campo.

O time do Flamengo é tão bom que nada parece mais tão difícil. Não fomos ao jogo ver uma peleja, mas uma parada, um desfile, uma obra de arte. 

O Flamengo fez o Palmeiras parecer ninguém. E era mesmo. Ontem só jogou um, absoluto, forte e espetacular.

Supremos.

No mais,
Saudações rubro-negras.

(Fonte da imagem: Alexandre Vidal/Flamengo)

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