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Heróis de uma nação: TÁ BEM DEMAIS, ARÃO!


No dia 24 de julho, o Flamengo – já sob o comando de Jesus e recém eliminado da Copa do Brasil – perdia por 2 a 0 para o Emelec e mais uma vez a eliminação na competição parecia certa. Nesse dia, lá pelo meio do segundo tempo, eu e meus amigos víamos o jogo em um bar, como é de costume em jogos fora de casa. Na mesa ao lado havia um botafoguense ao lado, vendo o jogo do seu time pelo celular, quando em algum dos muitos erros no jogo ele se vira e diz “Eu aguentei esse cara por um ano, agora quem tem que aturar são vocês”. Era Willian Arão.

Aquele que era o alvo, aquele que nunca esteve nos holofotes. Arão é aquele que sempre teve a desconfiança de quase toda a nação. É a peça mais antiga dos onze conquistadores da América. Junto com Abel, era sempre onde a torcida mirava seus xingamentos. Era o volante que mais parecia meia, que era reconhecido pelas chegadas surpresa (que já não eram tão surpresa assim). Sob questionamentos e críticas, nunca respondeu, seguiu trabalhando e deu a volta por cima. 

Com Jesus, a expectativa era que ele saísse do time pois “não se encaixava, não corria, não marcava”. Erramos, erramos muito. O portuga mostrou e liberou todo o potencial de Arão, transformando-o em peça fundamental para o time, fundamental a ponto de nos fazer esquecer de um certo ruivo – alguém lembra o nome dele? – que outrora era visto como potencial ídolo da torcida. Saída de bola, cobertura de espaços, bola aérea em ambos os lados da bola, Arão apareceu. 

Arão saiu de problema a solução. Deixou de ser “Tá mal, Arão!” para ser um dos nomes que a torcida grita no Maracanã com mais empolgação: “ARÃO! (seleção!)”. E ele retribui em campo. No jogo derradeiro, Arão mais uma vez foi muito bem, seguro e bastante prestativo. Ao segundo gol, a câmera, que busca Jesus, encontra o volante ao lado do Mister, já em lágrimas. Arão encontrou Jesus. Deixou de ser o jogador sem sangue para sentir o jogo e vibrar. Vibrar e brigar pelo time, ou alguém se esquece das discussões acaloradas com Gabigol em Goiânia ou com Filipe Luis em plena semifinal de Libertadores? 

Arão é só mais uma prova que a torcida do Flamengo não persegue, a torcida do Flamengo quer o bem, e na maioria das vezes não pede muito, brigamos porque queremos o bem. E assim foi. A flor desabrochou, Arão hoje é outro jogador, que sim, tem onde melhorar, mas que caiu de vez nas graças da torcida. Sem tantos holofotes, mas com a certeza de que todo flamenguista é grato a ele pelo que fez em 2019.

Arão foi feliz, nós fomos felizes. Arão é, assim como todo rubro negro, campeão da Libertadores e é mais um que entra pro grupo de heróis da nação.

No mais,
Saudações Rubro-negras





P.S.: com contribuição do amigo Hugo Góes

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