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Covid, esporte e isolamento

Leitos sendo montados no estádio do Pacaembu 

Sempre fui fã de história, estudar grandes feitos, guerras ou crises. Com 21 anos, eu cheguei a comentar com a minha mãe "nunca vivi nada que impactou a história da humanidade", era possível falar isso há 1 mês. Hoje estou vendo, e não é legal.

Há um mês os esportes seguiam normalmente, no Brasil, estaduais e Copa do Brasil, minha maior preocupação era o time do Vila que não se encaixava, Covid-19 parecia algo restrito a Ásia, talvez atrapalharia as Olimpíadas, até que tudo mudou.

O surto com picos na Ásia começa a se espalhar pela Europa e agora nos encontramos nesse caos incerto. Jamais imaginei viver semanas que não há um mísero esporte ao vivo, jamais pensei ver locais esportivos transformados em leitos de UTI. 

Sou uma mera professora de Educação Física (só está faltando a colação que foi adiada, risos), que ocupa o tempo livre escrevendo textos. Não sou especialista em vírus, infectologia, gráficos e sistema de saúde. 

Mas com tudo isso, tenho uma certeza, toda vida importa. Obviamente nosso esporte foi afetado e pode ter ido para o ralo e adeus ano de 2020, nossa economia também pode ter ido para a UTI. Mas ambos não são mais importantes que uma vida.

A conta é simples, pensa em cada pessoa que amamos, imagina a perca abrupta de uma, vai doer né? Quando tiramos da estatística e trazemos para o nosso, se torna real. 

Por isso não vale a comparação, "perdemos X pessoas em acidentes", de toda forma são vidas perdidas. Não há comparação, no momento até os sintomas não são frequentes, está saindo cada vez mais relatos de mortes que saem do grupo de risco, por isso, fiquem em casa, o próximo a entrar na estatística pode ser um seu e você vai se arrepender de ter escutado quem passou a vida olhando para o próprio umbigo falando "Você está demitido".

Que possamos passar por isso, voltar a sorrir com vitórias. Que a fé e esperança permaneça no coração de todos.

@analivia_dias

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