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Os jogos da minha vida #1: Galo 3x2 Fluminense

Foto: Galo News
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Bem, amigos do Linha de Fundo, em tempos de coronavírus, quarentena e, consequentemente, da completa ausência de futebol, resolvi fazer um exercício de nostalgia e relatar aqui os grandes jogos do Galo que eu já vi na minha vidinha patética. Inicialmente, eu estava fazendo um texto único em forma de ranking, mas eu percebi que as histórias estavam ficando muito longas, então achei melhor fazer um texto especial para cada jogo que EU julgo significativo, ou seja, se certa partida é irrelevante para você, não precisa me xingar. Discorde aí na sua casa.

Para começar essa série, escolhi Galo x Fluminense, válido pela 32ª rodada do Brasileirão de 2012. Era o jogo que definiria nossa vida naquele campeonato. Se perdêssemos, o Tricolor praticamente garantiria o caneco. Se ganhássemos, teríamos um fôlego a mais nas rodadas finais para tentar conquistar o título.

Foto: IG Esporte
Sabendo da importância do jogo, o Alvinegro foi para cima. Criou boas chances, Jô e Bernard pararam na trave e um gol de falta do Ronaldinho foi anulado. O Fluminense, por sua vez, tinha ótimos jogadores, mas não era uma máquina. No entanto, era bem eficiente no contra-ataques. E assim, abriu o placar, no começo do segundo tempo.

O gol do adversário foi uma ducha de água fria nos torcedores que estavam no estádio e em mim, que estava de longe, num sítio, vendo o jogo pela TV. 

Mas os jogadores não desistiram. Donizete acertou outra bola na trave. Logo depois, Ronaldinho achou Jô, que bateu cruzado e empatou. O Independência quase veio abaixo, enquanto eu comemorava gritando, solitário, no chão da sala. 

Eu sentia que a virada estava próxima. O trio formado por Ronaldinho, Bernard e Jô estava afiado. E foi nessa ordem que o segundo gol veio, aos 36 minutos. O então R49 abriu para o anemia nas pernas, que cruzou para a cabeçada do camisa 32: 2x1.

Carregado de inocência futebolística, eu imaginei que o jogo já estava resolvido. Faltavam poucos minutos para o fim e o Galo era melhor. Era só segurar o resultado e estaríamos comemorando uma boa e suada vitória.


Foto: Blog dos Esportes
Entretanto, minha cabeça de 12 anos de idade tinha esquecido que o Fluminense era muito cirúrgico. Aos 40 minutos, Fred empatou. 

"Pronto, acabou. Tamo fu****", pensei.

A nossa sorte era que Ronaldinho estava  encapetado naquele dia. Aos 47 minutos, ele olhou para a área, viu Leonardo Silva passando, e deu um p*** lançamento f*** do c****** para o camisa 3 cabecear para o fundo do gol, explodindo o Indepa e nos dando uma incrível vitória por 3x2.

Nada como um triunfo com doses cavalares de emoção para iludir toda a torcida, especialmente este que voz fala. Enquanto comemorava junto com meu pai e meu tio, pensei que aquele jogo seria o pontapé inicial para uma incrível arrancada e que conseguiríamos tirar os seis pontos que nos separavam da liderança. Mas nada disso aconteceu, pois o Galo vacilou muito, principalmente em jogos contra times menores, e a equipe de Thiago Neves e Fred foi campeã alguns jogos mais tarde. Mas como eles rebaixaram o rival sete anos depois, posso dizer que estamos quase empatados.

Beijos.

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