Faça Parte

Perdendo a Cabeça Pela "Liberdade"





O ano de 1789 ficou marcado na história da humanidade como sendo o período em que se iniciou a Revolução Francesa, a busca pela "Liberdade" era legítima mas esse conceito suplantou a realidade e muitas mortes aconteceram. Mais de 200 anos depois, a  "Liberdade" novamente aparece carregando um número expressivo de mortes.



O Brasil sofre uma pandemia sem precedentes em sua história, mais de 20 mil mortes já formam um capítulo estarrecedor na trajetória de vida desse país. Apesar desse cenário, dirigentes do futebol carioca  querem exercer o seu direito a "Liberdade", não importa as imposições legais ou morais que um período desse cobre das pessoas, eles seguem seus desejos e o resto dos indivíduos que se curvem perante suas vontades 


A "Liberdade" foi um dos estandartes da Revolução Francesa. Antes do movimento guiado pelos ideais iluministas, o povo francês vivia um período de carestia em um contexto em que não havia forma de ascensão social como nós conhecemos hoje, acabar com os privilégios reais, clericais e se libertar das amarras dos resquícios feudais eram os nobres objetivos dos revolucionários. 



Mesmo que compreensível, a falta de um critério para se definir em que contexto seria aplicada essa "Liberdade' gerou mais de 16 mil mortes pela guilhotina , até mesmo líderes revolucionários como Robespierre perderam as suas cabeças para a "Navalha  Nacional" (apelido da guilhotina naquele período).



Landim, Campello, Robespierre. Todos eles gritam por "Liberdade" em meio aos cadáveres, esses indivíduos pensam que as atitudes que tomam influenciam somente suas respectivas vidas, não se preocupam com as outras pessoas. Enquanto a "Dupla Contemporânea" pensa somente nas cifras, a "Liberdade" como forma de driblar o isolamento que é necessário nesse período, Robespierre e seus correligionários utilizavam a "Liberdade" como uma espécie de desculpa razoável para as mortes que eram executadas na França Revolucionária.


Flamengo e Vasco não podem voltar as atividades futebolísticas normais nesse período, suas "Liberdades" podem influenciar vidas assim como a Guilhotina empilhava corpos em Paris no final do século XVIII. Se Landim e Campello não dão a mínima importância para a vida dos outros, eles precisam ter em mente que, assim como Robespierre morreu degolado pela sua amada guilhotina, a Covid-19 pode matá-los também. As suas "Liberdades"  poderão ser  delimitadas pelas tábuas frias de um caixão.

Como disse a revolucionária Manon Roland indo para a guilhotina sob as ordens de seus antigos colegas revoltosos:

-"Oh Liberdade! Quantos crimes se cometem em teu nome?!"



Postar um comentário

0 Comentários