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Cabeça erguida

Momento ímpar na temporada para o tricolor do Pici que precisa organizar a casa e seguir em frente. 

Fortaleza foi eliminado pelo seu arquirrival na semifinal da Copa do Nordeste e vieram à tona muitas questões sobre a forma de jogo implementada pela equipe (não somente na dita cuja partida semifinal, mas, também no retorno do futebol pós pandemia).
A partida mostrou muitos erros da nossa equipe (escolhas técnicas e táticas, e na autoconfiança exacerbada que esse time possui).

Essa eliminação serviu para analisarmos friamente as nossas deficiências e abrir nossos olhos para o restante da temporada, pois, teremos um brasileirão com calendário bem apertado em conjunto com a copa do Brasil e ainda as duas partidas finais do campeonato estadual.

1. Escolhas Técnicas e Táticas 

Compreendo perfeitamente que a parte física dos atletas não está 100% consolidada, que estamos voltando de uma pausa por conta da pandemia, entretanto, ninguém gosta de perder e muito menos para o rival e muito menos em uma semifinal... Preservar para o segundo tempo foi uma escolha arriscada visto que 1 gol na primeira etapa mudaria o cenário e mudou...
Todo mundo sabe que jogamos num 4-2-4, com a construção de jogo começando pelo goleiro e fazemos uso de bolas longas no costado das linhas adversárias. Dessa forma, precisamos ter mais repertórios, pois, os rivais sabem que se jogarem com linhas baixas e fechando bem os espaços vão anular nosso estilo e assim ter mais chances de vencer, contra o Sport foi dessa forma e somente não perdemos por conta de detalhes e contra o arquirrival não tivemos a mesma sorte.
Novamente tomamos gol de bola parada, do mesmo jogador adversário e o nosso mesmo zagueiro ''perdido'' na marcação e nem saltando na bola...
Alguns jogadores estão rendendo bem abaixo do esperado e outros jogadores estão pedindo passagem para serem titulares.
Compreendo que precisamos de reforços nas laterais, meio-campo ''clássico'' e de mais um jogador de velocidade pelas pontas e que a diretoria está se esforçando ao máximo para isso.

2. Autoconfiança 

Compreendo que é do estilo de jogo do time tocar bem a bola, buscar espaços, ter paciência, entretanto, parece que o time fica conformado com o resultado e não muda de postura com o decorrer da partida, fica numa mesmice e além do mais arrisca passes sem necessidade, perde bolas bestas no campo de defesa, reclama muito de qualquer possível falta e assim se desgasta ainda mais para recuperar a bola.

Essa derrota foi para mostrar que não estamos por ''cima da carne seca'' e que precisamos estar bem em todos os aspectos (físicos, técnicos, táticos e emocionais). A campanha antes da pandemia e sobretudo a vitória no primeiro clássico deram uma impressão de que estávamos na ponta dos cascos. Estamos no caminho certo, resta agora com calma e tranquilidade para corrigir nossas falhas e nos preparar para 38 rodadas do campeonato brasileiro e tentar cumprir nossa meta de se manter e quem sabe beliscar uma vaga em competições sul-americanas.
Fortaleza volta para a capital cearense de olho no Brasileirão — Foto: Bruno Oliveira/FortalezaEC
Fortaleza estreia no campeonato no dia 8 diante do Athlético-PR em Fortaleza. (Bruno Oliveira/ FortalezaEC) 

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