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"Essa é a nossa sina"

(Foto: André Durão/ Reprodução: Globoesporte.com)

“O Fluminense não nasceu para ser unanimidade nem massa de manobra do interesse demagógico das elites opressoras. O Fluminense nasceu para atravessar a harmonia do bloco dos contentes. Nasceu para incomodar o senso comum. Essa é a nossa sina”.
(Nélson Rodrigues)

COVID, TJD, FERJ, FLA. O dia de ontem mostrou mais uma vez do que é feita a história do Fluminense, os troféus que lotam o museu nas Laranjeiras são importantes mas estão longe de definirem o que é o Tricolor. O Flu é feito de superação, sempre foi assim e sempre será. Essa é a nossa sina.

O dia de ontem mostrou que o futebol no estado do Rio de Janeiro tem um dono, o Clube de Regatas do Flamengo faz o que quer e as leis se curvam perante seu desejo. A MP articulada junto ao presidente da República para driblar os direitos contratuais da Globo só tem validade quando beneficia os remadores gaveanos, o bloco composto por FERJ e o TJD apoiou  as infundadas reclamações de Landim e associados para que a possante "FlaTV" pudesse transmitir o jogo em uma manobra vil. A questão se arrastou pelo dia inteiro, uma hora antes da partida o STJD trouxe o mínimo de decência para esta várzea comandada por "Rubinho". A MP era deles, porém, o direito era nosso. 

Após derrotarmos os interesses dos "poderosos", tinha chegado o momento de defrontar o indefectível Rubro-Negro. Nessa missão o Fluminense beirou a perfeição, o criticado Odair anulou as jogadas armadas pelo "Mister" (aquele mesmo, aquele que fez o lateral do BOAVISTA ficar perdido) e o possante Flamengo viveu do expediente de ficar alçando bola na área. Em um desses cruzamentos, o Flamengo fez o seu gol porque os atletas tricolores estavam exaustos, os rubro-negros treinavam há mais de um mês e os seus rivais de ontem tiveram apenas 8 seções de treino. 


Preocupados com a saúde de seus atletas e com o exemplo que poderia dar, o Fluminense comprou o risco de voltar a jogar sem ter o ritmo ideal de jogo, enquanto isso o seu oponente de ontem começou a treinar em um momento que o número de cariocas mortos pela Covid não parava de crescer no estado do Rio de Janeiro. Qualquer outro clube do mundo se sentiria amedrontado com essa situação, o Fluminense é diferente nesse sentido. O Tricolor se alimenta da adversidade, ama o contraditório e quanto mais é humilhado mais luta para ser exaltado. 

A Taça Rio de ontem está longe de ser o maior título da história do Tricolor, porém, ela define exatamente o que é esse clube. O favoritismo do nosso rival era quase unanimidade e as elites opressoras tentaram tomar o que era nosso por direito. Atravessamos a harmonia do bloco dos contentes, essa é a nossa sina.

Isso é Fluminense.

Saudações Tricolores.

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