Edson disputa bola em jogo contra o Atlético-MG | Foto: Heber Gomes/@acgoficial |
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Que jogo, meus amigos! Que jogo!
Atlético-GO e Atlético-MG fizeram um dos melhores jogos da Série A 2020/21 na noite deste sábado (19) no Estádio Olímpico, em Goiânia.
Pelo menos em gols a partida não deixou a desejar, sobretudo no 2º tempo.
Inicialmente, o Vagner Mancini manteve a formação de 4-2-3-1 com a mesma estratégia: atrair o adversário para o campo de defesa e pegá-lo desprevenido.
A forma como o Galo atua ainda auxiliou nesse estilo de jogo do Dragão, tanto que o time goiano fez um 1º tempo impecável.
Desde o início, o treinador Rubro-Negro cobrou velocidade na transição, algo que faltou na última partida diante do Fluminense.
Mancini também queria que o time jogasse nas costas dos laterais do xará mineiro, que apoiam bastante.
Entretanto, era óbvio que a equipe não conseguiria manter a intensidade durante os 90 minutos, ainda mais pela sequência de jogos que o Atlético-GO teve (e terá).
Erros individuais
Já na visão de Mancini, os erros individuais foram mais determinantes do que a parte física dos atletas.
“A diferença do jogo foram os erros. Quando o Atlético-MG cometeu, nós não aproveitamos. E eles acabaram aproveitando os nossos e isso acabou sendo fatal para partida”, pontuou o treinador.
Sobre as falhas do adversário não aproveitadas, talvez ele tenha se referido ao gol perdido por Ferrareis, cara a cara com Éverson.
Um lance que realmente não se pode perder em partidas como essa.
Na etapa final, após o 2º gol, o time até abdicou da marcação alta para jogar atrás, mas quando bate o cansaço os erros individuais aparecem.
A cabeça pensa, mas o corpo reage de outra forma.
"Alteramos a equipe para o 5-4-1 para que tivesse possibilidade do Nicolas encurtar Savarino e Keno, porque naquela oportunidade eles já incomodavam a gente, mas nós tivemos o erro coletivo", avaliou Mancini.
Exemplo disso foi o pênalti cometido por Eder, a falha de marcação coletiva no gol de Nathan, a recuada curta de Oliveira que Eder não conseguiu acompanhar, e assim vai.
Na bronca
Sobre a sequência de jogos, Mancini já havia reclamado que o elenco não era grande o suficiente para ter opções de reposição.
Como se já não tivesse esse problema, o treinador ainda externou outro descontentamento: de que alguns jogadores não vêm correspondendo.
Sobrou para o meia Everton Felipe (com razão), mas Mancini deixou claro que são atletas (no plural), mas não especificou os demais.
"Não gosto de falar individualmente dos jogadores, mas vou abrir uma exceção porque eu espero um rendimento melhor do Everton, assim como de outros que não vou citar o nome", respondeu o técnico ao repórter Juliano Moreira, da Rádio Bandeirantes 820.
Desempenho dos jogadores
1- Jean: fez duas grandes defesas, uma em cada tempo, e não teve culpa nos gols. Nota 7;
2- Dudu: ruim no apoio mas foi bastante exigido na defesa, já que foi o lado mais atacado pelo Galo. Saiu no início da etapa final com uma contusão. Nota 5;
3- João Victor: fez partida segura, mas esteve na falha coletivo no 2º gol sofrido. Nota 6;
4- Eder: ótimo zagueiro, porém apresentou erros individuais como o pênalti cometido. Coloco a culpa no desgaste físico. Nota 5,5;
6- Nicolas: bom no apoio, contudo falho na parte defensiva. Nota 5,5;
5- Edson: cão de guarda. Não faltam marcação e disposição. Nota 6,5;
8- Oliveira: marcou um golaço e falhou em um gol. Bastante voluntarioso por atuar fora da posição. Nota 7;
10- Chico: bom jogador, entretanto pode assumir mais responsabilidades dentro do jogo. Nota 6;
7- Janderson: deu uma assistência, todavia com menos intensidade, talvez pelo cansaço. Nota 6,5;
9- Renato Kayzer: já de saída, fez uma partida apagada. Nota 5;
11- Gustavo Ferrareis: fez 1 gol e foi o melhor em campo do Dragão. Nota 7,5;
14- Gilvan: obrigado a fazer a função de lateral novamente e deixou o dele. Nota 6;
18- Matheuzinho: fez ótima finalização no fim do jogo, mas está longe de ser aquele Matheuzinho. Nota 5,5;
19- Matheus Vargas: assistiu o jogo de dentro do campo. Nota 5;
20- Everton Felipe: deu assistência no cruzamento de escanteio, porém muito apático e pouco rendeu. Nota 5;
Tec. Mancini: fez o que pôde com o que possui, já que o elenco é reduzido tecnicamente e numericamente. Desgaste físico dos atletas era inevitável. Nota 7.
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