2020, um ano após a revolucionária Copa do Mundo da França, mostra que a modalidade ainda precisa de muito apoio para alcançar um nível competitivo de respeito.
Nesta quarta feira (21), o São Paulo enfrentou o Taboão da Serra pela segunda rodada do campeonato paulista feminino na Arena Barueri. O tricolor paulista goleou as adversárias com um placar de 29 a 0. Já ao fim do 1º tempo era perceptível que ainda teria mais gols pela frente, uma vez que ao saírem para o intervalo o placar era de 17 a 0.
O resultado do jogo já revela por si mesmo a enorme diferença entre as duas equipes. A equipe da região metropolitana de São Paulo tem enfrentado muitas dificuldades para se manter no torneio, uma vez que não possuem patrocínios, não têm o mesmo nível técnico ou a estrutura para treinos como a equipe adversária, além de serem uma equipe nova - treinam juntas tem apenas um mês, conseguindo um campo para treino apenas há três dias atrás.
Na rodada anterior, o CATS estreou com a derrota de 2 a 1 para o Realidade Jovem, na próxima rodada, o time encara a Ferroviária, atual campeã do campeonato brasileiro. Dessa forma, o time se encontra sendo o lanterna do Grupo 1.
Essa não é a primeira vez que uma goleada chama atenção na modalidade. Em 2019, no campeonato carioca o Flamengo/Marinha goleou o Greminho por 56 a 0. Na época, a repercussão foi muito grande, gerando inúmeros questionamentos e revolta.
A solução para goleadas como essas duas pararem de ocorrer e atrair mais comentários preconceituosos contrários à modalidade, é que as federações tenham ações duras. Não tem como esperar que um time recém formado consiga estar a altura do atual vice campeão do campeonato.
Sem apoio, patrocínio, incentivo e boas condições não será possível resolver essa questão, além de expor as jogadoras às situações desconfortáveis - seja por conta dos resultados ou pelas condições de treinamento
Espero que ao viralizar placares como esses atraía-se olhares críticos e possíveis soluções, só assim a modalidade poderá chegar ao nível que merece, principalmente no país do futebol.
Fico por aqui, Larissa Campesan (@fclarisz_)
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