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Um museu de grandes novidades

Antes de começar o texto de fato gostaria de registrar o PÉSSIMO exemplo dado pela torcida do Flamengo hoje no Maracanã. Uma "rua de fogo" foi programada para a chegada do ônibus ao estádio da partida. Fala-se em mais de 500 pessoas nos arredores do estádio. Pensar que isso aconteceu num momento em que estamos com mais de 163 mil pessoas mortas devido a COVID é surreal e de uma irresponsabilidade sem tamanho.

Dito isso, vamos ao que interessa.

Quando em 1989 Cazuza gravou “O tempo não para” ele falava a respeito de uma sociedade que mesmo depois de certo período, vivia ainda presa aos mesmos costumes e manias. O primeiro Flamengo de Rogério Ceni (e como essa frase ainda me soa estranha...) mostrou vários costumes e manias de Flamengos do passado.

A dupla de zaga lembrava os momentos mais tensos de 2020 para os rubro-negros. Apesar de Gustavo Henrique e Leo Pereira terem sido os formadores da zaga campeã da Recopa Sul-Americana, ambos estão marcados pelos torcedores nos últimos tempos.

Com o jogo em andamento, um momento de flashback para 2018. Era com Vitinho que a maioria das ações ofensivas do Flamengo começava pelos pés do camisa 11 dando esperanças ao rubro-negro que o jogador pudesse ter encontrado seu lugar.

O torcedor também viu de volta sua dupla de ataque de 2019 voltar a atuar como ficou marcada no ano dos sonhos. Bruno Henrique e Gabigol finalmente estavam novamente lado a lado e eram o presságio de uma retomada do que ficou na final do Campeonato Carioca.

Reprodução: Alexandre Vidal/Twitter Oficial do Flamengo

Gabigol que fez questão em diversos momentos de deixar o gostinho de 2019 na boca de todos. Fez de tudo que estava acostumado: Perdeu gol, ficou impedido, reclamou, cavou pênalti e, é lógico, fez os mais de quarenta milhões de flamenguistas levantarem a plaquinha em casa.

Também era um time que mordia no alto, subia suas linhas e fazia marcação alta, não como 2019, mas como toda a história e essência do Flamengo mostra e pede.

Só que como diz a letra de Cazuza “eu vejo o futuro repetir o passado”. E eu vi novamente em uma Copa do Brasil um goleiro da base falhando no final da partida. Assim como em 2017 com Thiago contra o Cruzeiro, agora foi a vez de Hugo contra o São Paulo. Falha inaceitável de um goleiro que vinha entregando tanto e sendo absolutamente seguro. Falha que é do jogo, são dores do crescimento, como o próprio garoto admitiu, em entrevista – corajosa em certa medida – concedida a TV Globo no final da partida.

O Flamengo de Ceni mostrou virtudes e defeitos antigos, e o que a torcida espera é que, diferentemente da letra da música, as ideias de Ceni correspondam com os fatos que virão.

No mais,

Saudações Rubro-negras! 


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