O futebol é do povo e para o povo. E é somente com essa combinação que o esporte tem seus momentos mais marcantes.
Um dos grandes impactos
da pandemia no mundo dos esportes foi a realização de eventos sem público. A
partir disso, vimos uma profusão de maneiras para que os torcedores que agora
teriam que acompanhar os jogos de suas casas, sentissem a atmosfera de uma
partida normal, com torcida nos estádios.
E as formas achadas foram
as mais diversas: DJs nos estádios, colocando músicas das torcidas, mosaicos cobrindo
as arquibancadas vazias, bandeiras, bonecos de papelão com os rostos dos torcedores,
entre outros artifícios.
Mas nada, eu repito, nada
supera ter torcedores apoiando suas equipes. Torcedores de verdade, aqueles que
cantam, vibram, reclamam, chutam cadeiras, pulam e estão lá para o bem e para o
mal.
E foi isso que a Premier League
mostrou para quem quisesse ver: A torcida move e faz o jogo ser o que apaixona a
tantos ao redor do mundo.
Neste final de semana
tivemos, entre outros, dois jogos que deixaram isso bem claro. Dois dérbis,
expectativas altas, porém com suas particularidades. De um lado, City x United
no sábado, brigando pelas primeiras posições do campeonato e com elencos
badalados. Do outro, Crystal Palace x Tottenham no domingo, que apesar de serem
da mesma cidade, tem ambições completamente diferentes no campeonato. Enquanto
os visitantes eram os líderes do campeonato, o time azul e vermelho estava no
meio da tabela.
Na Inglaterra ainda há restrições
de público, porém, de acordo com as cidades, existe a possibilidade de uma
pequena parcela do estádio estar liberado. Enquanto em Manchester os jogos
ainda estão ocorrendo de portões fechados, em Londres o público liberado chega
a dois mil presentes. E isso fez toda a diferença.
No jogo do sábado, uma partida
absolutamente sonolenta, fria e monótona. Poucas chances para ambos os lados,
com pouca inspiração pelos jogadores. Enquanto isso, em Londres, o panorama era
completamente oposto. O Tottenham saiu na frente do placar e, como um time de José
Mourinho que se preze, recuou e trouxe o Crystal Palace para seu campo.
Com o apoio da torcida,
que se encontrava em sua maioria atrás do gol que o Palace atacou no segundo
tempo, o time da casa empatou a partida e trouxe uma das imagens mais emblemáticas
do final de semana: Os jogadores comemorando próximos aos torcedores.
O primeiro pensamento que
veio a cabeça com esse momento foi, obviamente, o desrespeito ao distanciamento
social recomendado em tempos de Covid-19. Mas o futebol e seu torcedor não
respeita a razão, e é esse momento pode ficar marcado, numa semana tão marcante
para o mundo, não só na questão futebolesca, como uma retomada da normalidade
que nos acostumamos a ver todos os dias.
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