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Como pode tudo mudar?

Aurélio Alves


Caros tricolores, o Fortaleza encerrou na noite da última quinta-feira a sua participação no campeonato brasileiro de 2020, de forma bastante decepcionante, apesar de escapar do rebaixamento, em campo (pois não sabemos o resultado do imbróglio envolvendo o jogo do Vasco versus Internacional) com 41 pontos, 10 vitórias, 11 empates e 17 derrotas, 34 gols marcados e 44 gols sofridos. Não teremos muito tempo para se lamentar, pois, a temporada de 2021 já começa de fato na próxima quarta-feira (3/3/21) pela primeira rodada da Copa do Nordeste, diante do CRB, às 19:30 na arena Castelão. 

O primeiro turno da nossa equipe tinha sido bastante positivo, após diversos jogos juntando copa do Nordeste, copa do Brasil e o início do campeonato brasileiro, o time seguiu firme, conseguindo resultados importantes dentro de casa e dava esperanças de que poderia brigar por uma posição confortável entre os 10 primeiros colocados. Esse time caiu de pé diante do São Paulo na Copa do Brasil e havia ganhado de Palmeiras, Internacional, Atlético-MG dentro de casa mostrando muita força mental, buscando jogos complicados, ganhando com jogadores a menos e representava o que a torcida queria e merecia ver dentro de campo. O título do texto se baseia na frustração diante da campanha do time no segundo turno, após a perda do técnico Rogério Ceni ao Flamengo após o jogo diante do Athlético-PR. 

Depois desse baque, o time, diretoria, tiveram que se adaptar de forma totalmente inédita a novos treinadores e uma nova realidade dentro da própria competição. Equipe como um todo caiu de rendimento, perdeu foco, perdeu sua identidade, confiança, começou a errar fundamentos bestas, não teve mais liderança dentro e fora de campo e apresentou diversos problemas que antes não haviam existido de forma tão gritante no clube (indisciplina, surto de COVID-19, lesões) e assim o time foi despencando na tabela de classificação. Diversas escolhas erradas, desinformação, apatia dentro e fora de campo foram a tônica da equipe na segunda metade do certame, com um desempenho pífio de apenas 4 vitórias (3 delas contra concorrentes diretos, Botafogo, Vasco e Coritiba e de um Santos bem reserva), 5 empates (alguns em casa de forma bastante decepcionante) e 12 DERROTAS (algumas acachapantes, como contra o Palmeiras, Internacional).

Todos os técnicos que passaram não conseguiram impor o seu estilo de forma completa (Chamusca e Enderson), ambos queriam jogar da mesma forma que estávamos acostumados no 4-2-4, mas, o time ficava muito exposto e a zaga em péssima fase falhava e falhou em lances cruciais. Pagamos o preço nesse final temporada por termos um elenco curto, com poucas opções de substituição, por demorar para confirmar contratações e assim contratar na pressa e sem tanta qualidade, pecamos por dar cadeira cativa na titularidade para alguns jogadores e não dar mais oportunidades a quem queria mostrar serviço (vide Luiz Henrique e Igor Torres), a se manter em um esquema manjado e sem alternativas de modificação, pecamos por confiar somente no desempenho que foi muito bom em 2019 onde esse time chegou no seu ápice técnico, tático e em 2020/2021 não conseguiu repetir esse desempenho.

Fomos prejudicados pela ausência de torcedores e a falta de recursos financeiros também teve uma parcela nesse desempenho, mas não podemos esquecer que todos os times foram e estão sendo afetados por isso e conseguiram resultados importantes na temporada. Creio também que nos acostumamos mal com tantas conquistas Para finalizar o texto, dizer somente que o nosso goleiro Felipe Alves foi o jogador mais regular e importante do campeonato. Isso explica muito o que foi o Fortaleza no certame nacional. Dias melhores virão e estaremos aqui em todos eles.

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